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Conab estima uma produção de grãos superior a 312 milhões de toneladas na safra 22/23

Com a entrada na fase final da colheita da primeira safra, a produção de grãos no Brasil no ciclo 22/23 está estimada em 312,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 40,1 milhões de toneladas em relação à safra 21/22, alta de 15 %. As informações são do Levantamento Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (13), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No caso da área plantada, a expectativa é de crescimento de 3,3%, o que corresponde à incorporação de 2,5 milhões de hectares, chegando a 77 milhões de hectares. O bom desempenho é explicado não apenas pelo aumento da área, mas também pela melhora na produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. No entanto, o resultado consolidado ainda depende do comportamento do clima, fator preponderante para o desenvolvimento das lavouras de 2ª e 3ª safras.

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A soja continua sendo o produto de maior volume colhido no país, com produção estimada em 153,6 milhões de toneladas. Com um índice de colheita de 78,2%, conforme aponta o Progresso da Safra divulgado esta semana pela Companhia, a boa produtividade das lavouras continua se confirmando e está estimada em 3.527 kg/hectare.

Para o milho, a Conab aponta aumento tanto de área quanto de produção. O cultivo do cereal está estimado em 21,97 milhões de hectares, um aumento de 1,8%, com aumento da área semeada na 2ª safra e redução na 1ª. A safra total de grãos está estimada em 124,88 milhões de toneladas, influenciada pelo aumento da produção de 8,8% na 1ª safra e 11% na 2ª, atingindo 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente.

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Outro produto em crescimento é o sorgo, influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um produto mais resistente à seca, a produção do grão pode ultrapassar 3,7 milhões de toneladas nesta safra. Já para o arroz, a produção estimada é de 9,94 milhões de toneladas. O menor volume produzido é explicado pela queda na área destinada ao produto, aliada às condições climáticas adversas registradas no desenvolvimento da safra, principalmente no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão. Também houve queda na área total a ser semeada com feijão, que pode chegar a 2,76 milhões de hectares. Somando as 3 safras, a produção deve ser de 2,95 milhões de toneladas.

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A Companhia ajustou as estimativas de exportação de soja para a safra 2022/23, com expectativa de atingir um volume de 94,35 milhões de toneladas. A estatal também alterou as projeções para o consumo interno de óleo de soja, que passou de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas.

A redução é explicada pela menor demanda interna após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumentar, a partir de maio, o percentual de biodiesel ao diesel de 10% para 12%, e não de 15% como utilizado nas estimativas . anterior.

Com a queda, as expectativas de exportação de petróleo subiram para 2,6 milhões de toneladas. O aumento é motivado pela maior venda do produto ao mercado externo no primeiro trimestre de 2023, com aumento de 42,74% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento é motivado pela quebra da safra de oleaginosas na Argentina.

Além disso, a menor safra argentina também deve influenciar os embarques de farelo de soja para o mercado externo, que podem chegar a 20,74 milhões de toneladas.

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