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Chocolate sustentável do Brasil amplia participação no mercado internacional

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Foto: Adriano Venturieri/Embrapa/Divulgação

O chocolate brasílico está conquistando corações mundo afora não só pelo sabor, mas também pelo compromisso com um horizonte mais sustentável. Enquanto os amantes do chocolate apreciam as mais variadas formas dessa deliciosa iguaria, nos bastidores da produção industrial brasileira cresce a preocupação com a sustentabilidade.

Essas práticas estão chamando cada vez mais a atenção do mercado internacional. Dados do Ministério da Indústria, Transacção Exterior e Serviços (MDIC) mostram que houve propagação, nos últimos anos, nas exportações de chocolate e outras preparações alimentícias que contêm cacau. Em 2022, o valor das exportações chegou a US$ 142 milhões, o maior em uma dezena. O volume também aumentou: foram exportadas 36,1 milénio toneladas só no ano pretérito.

Porquê forma de incentivar a produção vernáculo de cacau com denominação de origem, a Confederação Vernáculo da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), em parceria com a Escritório Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), promoverão a Rodada de Negócios Origem Brasil. O encontro acontece entre os dias 20 e 23 de julho, no Núcleo de Convenções de Ilhéus (BA), durante o maior evento de chocolate e cacau da América Latina, o Chocolat Festival.

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A CNI também apoia o projeto Indústria Virente, trazendo os destaques da indústria brasileira para a sustentabilidade. O setor produtivo industrial é um dos pioneiros a assumir a responsabilidade de estimular a implementação dos compromissos climáticos do país. Essa tem sido uma prioridade para diversos segmentos industriais, que mantêm agendas ambientais com enorme potencial para conduzir o processo em diversos setores rumo a uma economia de inferior carbono.

masmorra produtiva sustentável

A expansão sustentável da produção cacaueira trouxe inúmeros benefícios para a região amazônica ao coligar a geração de empregos e renda à conservação da floresta. É o que aponta o estudo “A expansão sustentável do cacau (Theobroma cacao) no estado do Pará e sua imposto para a recuperação de áreas degradadas e redução de queimadas”, realizado pela Embrapa Amazônia Oriental e parceiros em 2022.

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Segundo o estudo, o estado do Pará se destaca atualmente uma vez que o principal produtor de cacau do país, contribuindo com mais de 50% do totalidade movimentado, o que corresponde a aproximadamente R$ 1,8 bilhão de um montante de R$ 3,5 bilhões.

Outrossim, aproximadamente 70% do cultivo é feito por agricultores familiares e em sistemas agroflorestais, utilizando áreas degradadas. Porquê resultado dessas práticas, ocorre a recuperação produtiva dessas áreas, contribuindo para a redução dos problemas relacionados ao uso do queimada e ao progressão do desmatamento nessa região.

Conheça alguns dos chocolateiros brasileiros que estão revolucionando o mercado com suas práticas sustentáveis:

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cacau Divulgacao Warabu Chocolates
Foto: Divulgação/Warabu Chocolates

Warabu

A Warabu Chocolates é uma das chocolaterias que adota o sistema agroflorestal em sua produção. Fundada em 2018 no Pará, os sócios Jorge Neves e Linda Gabay unem produção sustentável, qualidade e o rico patrimônio regional.

A empresa utiliza uma vez que matéria-prima o cacau silvestre, cultivado por 187 famílias de agricultores familiares de Altamira (PA). “A vantagem do cacau silvestre, que cresce na floresta, é que ajuda na renda dos agricultores que vivem da coleta e venda dessa matéria-prima”, diz o sócio-fundador Jorge Neves.

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Além de valorizar o cacau nativo da região e as comunidades locais, adotando práticas de negócio justo e eliminando atravessadores na masmorra produtiva, a Warabu garante a rastreabilidade dos ingredientes e produz chocolate orgânico sem glúten, lactose, conservantes e corantes.

Suas premiações e certificações internacionais de produtos orgânicos e veganos atestam o rigoroso controle de qualidade de sua produção bean-to-bar (do grão à barra), e tem uma vez que planos futuros a exportação e a ampliação do portfólio.

cacau barra chocolate Divulgacao LaBarr Chocolates
Foto: : Divulgação /LaBarr Chocolates

LaBarr

A LaBarr Chocolates é uma chocolateria brasileira fundada em 2016 com o objetivo de concordar a produção agroflorestal. Em seguida se aprofundar no universo do cacau fino, fazendo cursos e testes para chegar a um chocolate de qualidade, os sócios Adriana Labarrère de Albuquerque e Leandro Alves descobriram a filosofia bean-to-bar e a valor de escolher fornecedores que garantam boas condições de trabalho aos seus produtores.

“Nosso diferencial é a rastreabilidade. Garantimos que o consumidor saiba exatamente de onde vem o cacau e tudo que envolve a masmorra produtiva, desde a colheita até o resultado final”, explica Labarrère, proprietário da empresa. Eles dão preferência ao cacau produzido na Bahia, sabido uma vez que Cacau Cabruca – método de plantio que garante a sustentabilidade da produção.

Segundo Labarrère, esse método é feito retirando as matas baixas para plantar cacau à sombra das matas altas, dando oportunidade para policultivos. Com isso, a empresa contribui para a redução do desmatamento e a conservação da Mata Atlântica.

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A LaBarr é associada ao Bean to Bar Brasil, conglomerado de empresas tal qual objetivo é conscientizar os consumidores sobre a valor socioambiental do chocolate fino e a escolha de produtos de qualidade. “Quanto mais as pessoas entenderem isso, mais empregos serão gerados, mais e mais mão de obra qualificada se tornará e a Mata Atlântica será conservada”, acrescenta Labarrère.

chocolate Divulgacao Amma Chocolates
Foto: Divulgação/Amma Chocolates

Amma

Na mesma risca de chocolatiers que apoiam a produção agroflorestal, a pioneira no Brasil no resgate do cacau fino, a Amma Chocolates, se destaca pela experiência sensorial que proporciona ao conectar o consumidor à origem do cacau.

O possuidor da empresa, Diego Badaró, conta que o negócio da família existe desde 2002 em uma pequena herdade na Bahia, mas foi fundado oficialmente em 2008. Da Europa e Estados Unidos.

“Em países tropicais, que têm produção própria e não precisam importar produtos do exterior, é provável fabricar uma volubilidade muito maior de sabores”, disse Badaró.

“Portanto tivemos que harmonizar o que sabíamos da literatura, que era muito voltada para os mercados europeu e norte-americano, porque não fazia sentido entrar nesses parâmetros de produção. O cacau tropical tem a efervescência da floresta, tem luz, vitalidade e nuances tropicais que trazem a vibração e a sensação da natureza no sabor, e foi mal definimos o perfil dos nossos chocolates”, completa.

Hoje, a empresa tem capacidade de produção de mais de 400 toneladas de chocolate por ano, das quais muro de 10% são destinadas à exportação, além de possuir diversas certificações uma vez que kosher e halal, produzidas de convénio com determinadas regras baseadas em orientações religiosas de judeus e muçulmanos, respectivamente. Entre as metas para o horizonte está o lançamento de uma plataforma de rastreabilidade que permite ao consumidor ter aproximação, por meio de um código, a todas as etapas da masmorra produtiva do chocolate, desde o plantio até a chegada à fábrica. Badaró acredita que o lançamento acontecerá até o final deste ano.

A missão da empresa sempre foi proteger as florestas, reduzindo os impactos negativos no ecossistema de produção de cacau. Para Badaró, o resultado representa um elemento fundamental para a conservação das florestas, pois permite a policultura e também promove o desenvolvimento econômico dos produtores da região. Fabricar produtos que respeitem a natureza é o que move a empresa.

Nesse sentido, a Amma desenvolveu uma embalagem compostável, entre 2015 e 2019, quando fez a transição completa das embalagens de papel e plástico. É um recipiente feito de plástico vegetal feito de celulose, que se decompõe completamente em menos de 6 meses. Badaró explica que o uso dessa embalagem garantiu a economia de 2 milhões de litros de chuva e a eliminação de 6 toneladas de papel e 1,5 tonelada de plástico.

“Essa simples mudança gera um impacto positivo muito grande. Fizemos uma estudo prévia em 2019 e constatamos que tem um impacto muito positivo na pegada de carbono, porque o resultado vem de áreas de conservação”, disse Badaró.

da CNI


Fonte: Agro

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