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Brasil tem superavit recorde puxado pelo Agro

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Publicado em 04/07/2023

A balança mercantil – diferença entre exportações e importações – encerrou junho com superávit de US$ 10,592 bilhões, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Negócio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor do mês de junho e representa um aumento de 19,1% em relação ao mesmo mês do ano pretérito, pela média diária.

Com o resultado de junho, a balança mercantil encerrou o primeiro semestre com superávit aglomerado de US$ 45,514 bilhões, resultado recorde para o período desde o início da série histórica, em 1989.

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No resultado mensal, o recorde ocorreu apesar da queda tanto das exportações quanto das importações em junho. No mês pretérito, o Brasil vendeu US$ 30,094 bilhões para o exterior, queda de 8,1% em relação ao mesmo mês de 2022 pela média diária. As compras do exterior somaram US$ 19,502 bilhões, queda de 18,2% no mesmo critério.

Do lado das exportações, a queda nas commodities (bens primários com cotação internacional) foi o principal fator responsável pela queda. Depois de espancar recorde no primeiro semestre do ano pretérito, em seguida o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses, provocando queda nas vendas externas. A safra recorde de soja contribuiu para sustar a queda nas exportações.

No mês pretérito, o volume de mercadorias exportadas subiu exclusivamente 6,7%, enquanto os preços caíram 15,2%, em média, em relação ao mesmo mês do ano pretérito. Nas importações, a quantidade comprada caiu 3,3%, mas os preços médios caíram 17,7%.

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Setores

Na verificação entre o setor agrícola, a safra recorde de grãos pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 30,4% em junho em relação ao mesmo mês de 2022, enquanto o preço médio caiu 18,2%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 5,7%, com o preço médio recuando 7,1%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e petróleo, o volume exportado subiu 12%, enquanto os preços médios caíram 28,3%.

Os produtos que mais se destacaram nas exportações agrícolas foram milho em grão (-13,5%), moca em grão (-26,2%) e algodão em ramada (-28,3%). Exceto no caso do moca, afetado pela safra menor, essa queda se deve principalmente aos preços. O destaque positivo foi a soja, cujas exportações subiram 10,1% de junho do ano pretérito a junho deste ano devido à safra recorde, embora o preço médio tenha tombado 20,7%.

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Na indústria extrativa, as maiores quedas foram registradas em minério de ferro e concentrados (22,8%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (25%). Em ambos os casos, a quantidade exportada aumentou, mas os preços médios caíram com a arranjo das cotações internacionais em seguida o primeiro natalício da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Na indústria de transformação, as maiores quedas ocorreram em combustíveis (47,9%), gorduras e óleos vegetais industrializados (49%) e ferro industrializado (36%).

Nas importações, as maiores quedas foram registradas em trigo e centeio, não moídos (58,8%), milho não moído (92,5%) e látex, borracha proveniente e gomas naturais (63,9%), na lavoura; carvão não aglomerado (56,8%), petróleo bruto (46,8%) e gás proveniente (29,6%), na indústria extractiva; e combustíveis (21,7%), compostos organoinorgânicos (26%) e fertilizantes ou adubos químicos (66,1%) na indústria de transformação.

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Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, a queda se deve principalmente à queda de 55,2% nos preços. A quantidade importada caiu 24,3% em maio na presença de junho do ano pretérito. Com informações da Dependência Brasil.


**Oriente texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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