Sumário
Identifique as seções principais
- Tendência de queda nas cotações do boi gordo
- Fatores que influenciam a queda de preço
- Impacto da redução dos preços da carne de frango
- Contexto internacional das cotações do boi gordo
- Expectativas para o futuro do mercado
Introdução
A queda nas cotações do boi gordo e seus impactos
Ao longo dos últimos dias, as cotações do boi gordo têm apresentado uma tendência de queda preocupante para o mercado doméstico. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço do quilo comercializado a peso vivo recuou mais 2,6% nesta semana, conforme levantamento divulgado pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Essa queda expressiva reflete a retração do consumo de carne bovina tanto no Brasil quanto no exterior.
A maior queda no preço do boi gordo em cinco anos
Segundo o professor Julio Barcellos, coordenador do NESPRO, a queda atual no preço do boi gordo é a mais significativa dos últimos cinco anos, especialmente nos últimos 20 dias. Essa tendência também pode ser observada em outros levantamentos, como o Indicador do boi gordo CEPEA/B3, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Essa queda acentuada de preço está relacionada a diversos fatores, como a grande oferta de gado no país em preparação para a safra de verão e a redução dos preços pagos pela China, principal importador da carne bovina brasileira.
O impacto da redução dos preços da carne de frango
Além disso, a redução dos preços da carne de frango tem levado os consumidores a migrarem para essa proteína, o que aumenta ainda mais a oferta e reduz a demanda pelo boi gordo. Essa migração de consumo foi observada no mês de julho, quando as cotações do frango em pedaços e do frango inteiro apresentaram quedas significativas e contribuíram para a deflação no grupo de alimentos e bebidas.
O panorama internacional das cotações do boi gordo
Além do mercado brasileiro, as cotações do boi gordo também estão em baixa nos países vizinhos, como Uruguai, Argentina e Paraguai. Essa tendência internacional, aliada aos fatores internos do Brasil, contribui ainda mais para a oferta excessiva de gado e a queda nos preços.
Expectativas para o mercado futuro
Segundo o professor Barcellos, a tendência de queda nos preços do boi gordo deve persistir até o final de setembro, quando se espera uma diminuição da oferta de gado. Somente a partir de outubro, com a redução da oferta e um possível aumento do poder aquisitivo dos consumidores, é esperado um cenário mais favorável para o mercado. No entanto, as incertezas e os impactos da pandemia de COVID-19 no setor alimentício ainda são fatores que devem ser considerados.
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As cotações do boi gordo seguem em declínio no mercado doméstico. No Rio Grande do Sul, o preço do quilo comercializado a peso vivo recuou mais 2,6% nesta semana, para R$ 7,35, de acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Nos últimos 70 dias, a queda acumulada é de cerca de 20%, refletindo, principalmente, a retração do consumo de carne bovina tanto em nível nacional quanto internacional.
“Nos últimos cinco anos, esta é a maior queda no preço do boi num período tão curto”, destaca o professor Julio Barcellos, coordenador do NESPRO, observando que o declínio se acentuou nos últimos 20 dias. A tendência também é captada em outros levantamentos, como o Indicador do boi gordo CEPEA/B3, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Baseado no mercado paulista, o indicador recuou 9,3% na primeira quinzena de agosto, a retração mais forte já registrada pela série histórica da pesquisa para a primeira metade de um mês desde dezembro de 2008.
Segundo Barcellos, a perda de valor do boi gordo é explicada, em parte, pela grande oferta de gado em todo o país, em razão da preparação das propriedades rurais para o plantio da safra de verão, que começa em setembro. Também pesa nesse cenário a diminuição dos preços pagos pela China, principal importador da carne bovina brasileira. “Os estoques de alimentos estão bons no mundo, não há mais aquela euforia de estocar alimentos. Os consumos ficam mais equilibrados, sem grandes ciclos de alta”, diz Barcellos.
Além disso, afirma o professor, a redução dos preços da carne de frango vem levando consumidores a migrar para essa proteína. Com quedas de 2,64% e 2,27% em julho, respectivamente, o frango em pedaços e o frango inteiro foram alguns dos itens que mais contribuíram para a deflação de 0,46% do grupo alimentação e bebidas que compõe o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período.
As cotações do boi gordo também estão em baixa nos vizinhos Uruguai, Argentina e Paraguai, segundo o coordenador do NESPro. No mercado interno, a preocupação com uma possível continuidade da tendência estimula ainda mais a oferta. “No Brasil Central, esses preços caíram bastante, e isso acaba repercutindo no Rio Grande do Sul. O quilo do boi no estado de Rondônia, por exemplo, está abaixo de R$ 6”, compara Barcellos. Para o professor, esse recuo deve persistir até o final de setembro. “Isso talvez só seja revertido a partir de outubro, quando essa grande oferta de gado se minimizar e aí já com aumentos do poder aquisitivo (do consumidor)”, avalia.
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O cenário atual das cotações do boi gordo no mercado doméstico
As cotações do boi gordo continuam em queda no mercado doméstico brasileiro. No Rio Grande do Sul, o preço do quilo comercializado a peso vivo registrou uma queda de 2,6% nesta semana, chegando a R$ 7,35, de acordo com dados do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) divulgados nesta quinta-feira (17). Essa queda acumulada de cerca de 20% nos últimos 70 dias reflete a retração tanto do consumo de carne bovina a nível nacional quanto internacional.
Uma queda histórica no preço do boi gordo
O professor Julio Barcellos, coordenador do NESPRO, destaca que essa é a maior queda registrada no preço do boi em um período tão curto nos últimos cinco anos. Nos últimos 20 dias, essa queda se acentuou ainda mais. Essa tendência também é observada em outros levantamentos, como o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), que registrou uma retração recorde de 9,3% na primeira quinzena de agosto.
Fatores que explicam a queda no preço do boi gordo
Segundo Barcellos, essa queda no valor do boi gordo é atribuída, em parte, à grande oferta de gado em todo o país, devido à preparação das propriedades rurais para o plantio da safra de verão, que tem início em setembro. Além disso, a diminuição dos preços pagos pela China, principal importador da carne bovina brasileira, também influencia nesse cenário. Barcellos ressalta que os estoques de alimentos estão em uma situação favorável no mundo, sem a necessidade de estocá-los em grandes quantidades, o que resulta em um consumo mais equilibrado, sem grandes ciclos de alta.
A migração para a carne de frango e os impactos na oferta de boi gordo
Outro fator que contribui para a queda no preço do boi gordo é a redução nos preços da carne de frango, o que tem levado os consumidores a migrarem para essa proteína. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne de frango em pedaços e o frango inteiro registraram quedas de 2,64% e 2,27%, respectivamente, em julho, o que contribuiu para a deflação do grupo alimentação e bebidas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A queda no mercado interno e a oferta de boi gordo nos países vizinhos
O coordenador do NESPro também destaca que as cotações do boi gordo estão em baixa nos países vizinhos, como Uruguai, Argentina e Paraguai. No mercado interno, a preocupação com a continuidade dessa tendência estimula ainda mais a oferta. O preço do quilo do boi no estado de Rondônia, por exemplo, está abaixo de R$ 6. Barcellos prevê que essa queda no preço do boi gordo deve persistir até o final de setembro, podendo ser revertida a partir de outubro, quando a oferta de gado diminuir e o poder aquisitivo dos consumidores aumentar.
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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Conclusão
O mercado do boi gordo apresenta uma queda significativa nas cotações, tanto no Brasil quanto em países vizinhos. Essa redução é resultado da grande oferta de gado no país, devido à preparação das propriedades para o plantio da safra de verão. Além disso, a diminuição dos preços pagos pela China, principal importador da carne bovina brasileira, também contribui para essa tendência. A redução dos preços da carne de frango também leva os consumidores a migrarem para essa proteína, acrescentando ainda mais pressão no mercado do boi gordo. A expectativa é de que essa queda persista até o final de setembro, quando a oferta de gado se estabilizar.
Perguntas e Respostas
Por que as cotações do boi gordo estão em declínio?
As cotações do boi gordo estão em queda devido à grande oferta de gado no país, em preparação para o plantio da safra de verão, e à diminuição dos preços pagos pela China.
Qual é a expectativa para o mercado do boi gordo nos próximos meses?
A expectativa é de que a queda nas cotações do boi gordo persista até o final de setembro, quando a grande oferta de gado se estabilizar.
Como a redução dos preços da carne de frango afeta o mercado do boi gordo?
A redução dos preços da carne de frango leva os consumidores a migrarem para essa proteína, o que aumenta a pressão no mercado do boi gordo.
Quais países também estão enfrentando queda nas cotações do boi gordo?
Os vizinhos Uruguai, Argentina e Paraguai também estão enfrentando queda nas cotações do boi gordo.
Quando se espera uma reversão na queda das cotações do boi gordo?
É esperado que a reversão na queda das cotações do boi gordo ocorra a partir de outubro, quando a grande oferta de gado se minimizar e o poder aquisitivo do consumidor aumentar.
