Após um início de semana estável, o comprador pagou R$ 5 a mais pela arroba do boi gordo “comum” comercializado no interior de São Paulo, que hoje vale R$ 280, preço bruto.
Na avaliação de analistas, a tendência de alta nas cotações da arroba é motivada pela redução da oferta de boi gordo.
Ainda segundo dados da Scot, no mercado paulista as vacas gordas e novilhas ainda estão cotadas a R$ 260 e R$ 270, respectivamente (preços brutos e futuros).
Bovinos destinados ao mercado chinês (abatidos mais jovens, até 30 meses) valem R$ 285/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescenta Scot.
Segundo apuração do IHS Markit, nesta quarta-feira, considerando todos os importantes mercados de gado do Brasil, o mercado de gado vivo registrou maior atraso no fluxo de vendas de gado.
“Embora alguns picos isolados de negócios tenham sido captados, o mercado ficou marcado pela baixa liquidez causada pela ausência de compras de muitos frigoríficos, o que serviu apenas para gerar uma acomodação nos preços da arroba” informa o IHS.
Na avaliação do IHS, o foco agora dos compradores de gado é avaliar o comportamento da demanda interna por carne bovina e seus possíveis reflexos no mercado de animais terminados.
Entre os principais polos pecuários do Brasil, variações positivas da arroba foram observadas nos estados de MG, MT, PR e TO, segundo dados levantados pelo IHS.
Em Minas Gerais, as indústrias ainda alegam dificuldade em originar volumes mais expressivos de boi gordo, o que motivou novas altas nos preços da arroba, informa o IHS.
No território mineiro, diz a consultoria, as escalas de abate atendem entre 3 e 5 dias. Para lotes com bom acabamento e rendimento, chegavam a R$ 285/@, valor bruto, em Belo Horizonte, acrescenta o IHS.
No Estado do Tocantins, as escalas de abate duram em média 4 dias, o que fez alguns frigoríficos locais trabalharem com valores para boi gordo entre R$ 270-275/@, bruto.
Logo após a conclusão de alguns negócios, porém, indústrias locais retiraram as novas ofertas de preços, informa IHS
Na praça mato-grossense, informa a consultoria, os compradores já concluíram as escalas da próxima semana, dando preferência ao sexo feminino.
No Paraná, embora os preços da vaca tenham caído, os preços dos machos e das novilhas seguem firmes, sustentados pela demanda externa.
Nas demais regiões, continua o IHS, houve estabilidade nas cotações do boi gordo, influenciadas pela menor liquidez dos negócios e pela oferta mais enxuta do boi gordo.
Conforme já mencionado neste texto, nesta fase final de novembro, o foco dos agentes de mercado passa a ser os resultados do escoamento atacadista/varejo da produção de carne bovina.
Se houver maior consistência na demanda por proteína vermelha, existe a possibilidade de formação de valores mais firmes na arroba do boi gordo ao longo do último mês de 2022.
Na B3, as cotações dos contratos futuros de boi gordo encerraram a sessão desta terça-feira em baixa.
Movimentos de ajustes de posições ou realização de lucros ainda ocorrem, pois o setor passa a aguardar novidades em relação às exportações brasileiras de proteínas, além do consumo interno.
O contrato de boi gordo com vencimento em dezembro/22, assim como os demais, continuam operando acima de R$ 300/@, o que também contribui para a cautela dos agentes no mercado físico.
No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos permaneceram estáveis nesta quarta-feira.
O volume de negócios segue evoluindo dentro das expectativas do setor, o que garante sustentação aos preços da carne bovina, informa o IHS.
“Não há relatos de sobras nas câmaras frigoríficas, mas a estratégia é manter a consistência do fluxo e só então testar novas altas (nos preços dos cortes)” observa o IHS.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta quarta-feira, 30/11
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
carne bovina a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Tangará:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-B. Garças:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 249/@ (dinheiro)
vaca a R$ 229/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 230/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
vaca R$ 261/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (dinheiro)
RS-Porto Alegre:
carne bovina a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (dinheiro)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
TO-Gurupi:
carne bovina a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (dinheiro)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 222/@ (dinheiro)
RJ-Campos:
carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (dinheiro)
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