Sumário:
- Introdução
- Mercado de biocombustíveis
- Demandas nos Estados Unidos e União Europeia
- Previsões da consultoria Bain & Company
- Papel do mercado brasileiro
- Vantagens do Brasil na indústria de biocombustíveis
- Riscos relacionados ao suprimento de matéria-prima
- Competição com a produção de alimentos
- Importações e exportações de matéria-prima de biocombustíveis
- Expectativas para Estados Unidos e União Europeia
- Papel das políticas governamentais e regulações
Introdução
O mercado de biocombustíveis deverá crescer cinco vezes até a metade deste século, impulsionado pelo consumo de diesel renovável e de combustível renovável de aviação (SAF, na sigla em inglês), segundo estudo recente da consultoria Bain & Company.
O mercado de biocombustíveis deverá crescer cinco vezes até a metade deste século, impulsionado pelo consumo de diesel renovável e de combustível renovável de aviação (SAF, na sigla em inglês), segundo estudo recente da consultoria Bain & Company.
A demanda deve crescer de maneira progressiva especialmente nos Estados Unidos e na União Europeia, que já têm regras que incentivam a produção de biocombustíveis.
A Bain prevê que, até 2030, a capacidade de produção de biocombustíveis pode alcançar um volume pelo menos seis vezes maior que o atual. A demanda global de biocombustíveis, por sua vez, deve crescer entre 3% e 6% por ano até 2050, com potencial de, no fim desse período, ser cinco vezes superior aos níveis atuais.
A estimativa tem como base o número crescente de novos projetos — no relatório, a consultoria listou mais de 120, sendo alguns deles fruto de parcerias operacionais entre empresas.
O mercado brasileiro terá papel relevante na expansão internacional dessa indústria: Brasil, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático fornecerão cerca de 50% do volume total de insumos para biocombustíveis, de acordo com o estudo.
“O Brasil tem vantagens significativas para se consolidar como um líder global no setor. A abundância de terras agricultáveis, a alta produtividade do agronegócio e a extensa infraestrutura de distribuição constituem fatores-chave que impulsionam o potencial brasileiro”, diz o estudo. Segundo o texto, as terras degradadas podem ser usadas para culturas com alto potencial energético como macaúba, palma e mamona, entre outros.
O sucesso na produção de biocombustíveis depende de uma combinação de acesso a matéria prima abundante, de baixo custo e de baixa pegada de carbono, o que o Brasil poderá ter, realça a Bain.
Por outro lado, a consultoria alerta para o risco – que outros países também enfrentam – de limitações no fornecimento de matéria-prima no médio prazo, o que pode pressionar os preços globalmente. Cerca de 80% do suprimento para produção de biocombustíveis vem hoje de matérias-primas de primeira geração, como soja e cana-de-açúcar.
Outro risco é a competição da produção de biocombustíveis com a produção de alimentos, que terá demanda crescente e na qual o Brasil também deverá exercer um papel global, diz.
“Espera-se que EUA, União Europeia e outras nações desenvolvidas aumentem suas importações de matéria-prima de biocombustíveis, enquanto Brasil, países do Sudeste Asiático e África devem ampliar sua relevância como exportadores”, aponta o relatório.
A expectativa é de que Estados Unidos e União Europeia devem permanecer com escassez líquida até 2050, enquanto o resto do mundo desempenha um papel crítico na redução das restrições à oferta global.
As políticas governamentais e mudanças de regulação devem ser vitais tanto para incentivar o uso de matérias-primas de segunda geração, incluindo resíduos, culturas de rotação e cultivos energéticos em áreas degradadas, quanto na redução de custos de produção por meio de instrumentos como incentivos fiscais, créditos, taxação ao carbono e reserva de mercado.
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O mercado de biocombustíveis deverá crescer cinco vezes até a metade deste século
De acordo com um estudo recente da consultoria Bain & Company, o mercado de biocombustíveis está previsto para ter um crescimento impressionante nos próximos anos. Impulsionado pelo consumo de diesel renovável e de combustível renovável de aviação (SAF), espera-se que o mercado cresça cinco vezes até a metade deste século.
A demanda nos Estados Unidos e na União Europeia
Espera-se um crescimento progressivo da demanda por biocombustíveis, especialmente nos Estados Unidos e na União Europeia, onde já existem regras que incentivam a produção desse tipo de combustível. A Bain prevê que, até 2030, a capacidade de produção de biocombustíveis pode ser até seis vezes maior do que atualmente.
A expansão internacional e papel do Brasil
A expansão internacional da indústria de biocombustíveis terá um papel relevante do Brasil, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático, que fornecerão cerca de 50% do volume total de insumos para biocombustíveis, de acordo com o estudo.
O Brasil é destacado como um dos potenciais líderes globais no setor, devido à abundância de terras agricultáveis, à alta produtividade do agronegócio e à extensa infraestrutura de distribuição. Além disso, o país possui terras degradadas que podem ser utilizadas para cultivar culturas com alto potencial energético, como macaúba, palma e mamona.
Desafios e riscos
Apesar do potencial de crescimento do mercado de biocombustíveis, existem desafios e riscos a serem considerados. Um deles é o risco de limitações no fornecimento de matéria-prima no médio prazo, o que poderia pressionar os preços globalmente. Atualmente, cerca de 80% do suprimento para a produção de biocombustíveis vem de matérias-primas de primeira geração, como soja e cana-de-açúcar.
Outro desafio é a competição entre a produção de biocombustíveis e a produção de alimentos. Espera-se que a demanda por alimentos cresça, e o Brasil também terá um papel global nesse setor.
Expectativas para o futuro e políticas governamentais
Espera-se que os Estados Unidos e a União Europeia continuem com escassez líquida de biocombustíveis até 2050, enquanto outros países terão um papel crítico na redução das restrições à oferta global. Para incentivar o uso de matérias-primas de segunda geração e reduzir os custos de produção, será necessário implementar políticas governamentais e mudanças regulatórias, como incentivos fiscais, créditos, taxação ao carbono e reserva de mercado.
Em resumo, o mercado de biocombustíveis tem um enorme potencial de crescimento, impulsionado pelo consumo de diesel renovável e combustível renovável de aviação. A demanda global por biocombustíveis deve crescer significativamente até 2050, e o Brasil terá um papel relevante na expansão internacional dessa indústria. No entanto, existem desafios e riscos a serem superados, como a competição com a produção de alimentos e a disponibilidade de matéria-prima. A implementação de políticas governamentais e mudanças regulatórias será fundamental para impulsionar o crescimento e a sustentabilidade desse mercado.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Conclusão
O estudo da consultoria Bain & Company prevê um crescimento expressivo do mercado de biocombustíveis até a metade deste século. Impulsionado pelo consumo de diesel renovável e combustível renovável de aviação, espera-se que a demanda cresça progressivamente, especialmente nos Estados Unidos e na União Europeia. A capacidade de produção de biocombustíveis pode alcançar um volume seis vezes maior que o atual até 2030 e a demanda global deve ser cinco vezes superior aos níveis atuais até 2050. O Brasil terá um papel relevante nesse mercado, com vantagens significativas para se consolidar como líder global.
Perguntas e Respostas
1. Qual é a previsão de crescimento do mercado de biocombustíveis até a metade deste século?
Segundo o estudo da consultoria Bain & Company, o mercado de biocombustíveis deverá crescer cinco vezes até a metade deste século.
2. Quais são os principais impulsos para o crescimento do mercado de biocombustíveis?
O consumo de diesel renovável e de combustível renovável de aviação impulsionará o crescimento do mercado de biocombustíveis.
3. Quais países devem fornecer cerca de 50% do volume total de insumos para biocombustíveis?
De acordo com o estudo, Brasil, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático devem fornecer cerca de 50% do volume total de insumos para biocombustíveis.
4. Quais são os riscos enfrentados pela produção de biocombustíveis?
Os principais riscos são as limitações no fornecimento de matéria-prima no médio prazo e a competição com a produção de alimentos.
5. Quais políticas devem ser adotadas para incentivar o uso de matérias-primas de segunda geração e reduzir os custos de produção?
As políticas governamentais e mudanças de regulação, como incentivos fiscais, créditos, taxação ao carbono e reserva de mercado, são vitais para incentivar o uso de matérias-primas de segunda geração e reduzir os custos de produção de biocombustíveis.