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Agrishow: Investimento em Integração Lavoura-Pecuária compensa?

    Integração Lavoura-Pecuária: retorno a médio e longo prazo compensa aportes 'de peso', dizem adeptos | Agrishow

    Jornada da Integração Lavoura-Pecuária no Brasil

    A prática da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) vem se destacando cada vez mais no cenário agrícola brasileiro, trazendo benefícios econômicos e sustentáveis para os produtores rurais. Neste artigo, vamos explorar a evolução e os benefícios dessa técnica, que combina atividades agrícolas e pecuárias dentro da mesma propriedade rural.

    O que é a Integração Lavoura-Pecuária?

    A ILP consiste na combinação estratégica de atividades agrícolas e criação de animais, possibilitando a diversificação da produção e otimização dos recursos naturais disponíveis. Podendo ser realizada por consórcio, sucessão ou rotação, a ILP promove uma interação sinérgica entre culturas e animais, maximizando os benefícios para o solo e a produtividade.

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    A evolução da ILP no Brasil

    A Integração Lavoura-Pecuária no Brasil não foi uma novidade repentina, mas sim resultado de um processo de desenvolvimento ao longo dos anos. Inicialmente adotada em regiões onde a agricultura e a pecuária conviviam, a ILP se expandiu no país como resposta aos desafios enfrentados pelos produtores, como a necessidade de diversificação da produção e redução de custos. O Brasil se destaca por ser o único país capaz de realizar até três safras por ano utilizando a ILP, proporcionando benefícios a médio e longo prazo para os agricultores.

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    Benefícios da Integração Lavoura-Pecuária

    A integração lavoura-pecuária (ILP) é uma técnica que combina atividades agrícolas com a criação de animais na mesma propriedade rural. Essa prática tem se mostrado uma solução lucrativa e sustentável para o campo, possibilitando a maximização do uso dos recursos naturais disponíveis.

    Modalidades de Integração

    Existem diferentes formas de integração na ILP, como o consórcio, a sucessão e a rotação. No consórcio, culturas agrícolas e pastagens são cultivadas simultaneamente na mesma área, garantindo uma melhor utilização do espaço e dos recursos. Já na sucessão, as culturas são cultivadas em sequência, permitindo uma recuperação completa do solo ao longo do tempo. Por fim, na rotação, as culturas são cultivadas em sequência fixa, seguindo um cronograma preestabelecido.

    Evolução da ILP no Brasil

    A técnica da ILP não surgiu repentinamente, vindo a se desenvolver ao longo dos anos para se adaptar às condições do solo e clima do país. No Brasil, a ILP foi introduzida no final da década de 1990 como resposta aos desafios enfrentados pelos produtores, como a necessidade de diversificação da produção e redução de custos. O país se destaca por conseguir realizar até três safras anuais com a ILP, o que demonstra a eficácia e rentabilidade dessa prática.

    Benefícios a médio e longo prazo

    Apesar dos desafios iniciais, como o investimento sem garantia imediata de ganhos, a ILP tem se mostrado vantajosa a médio e longo prazo. A capacidade de esperar pelos resultados e o planejamento personalizado para cada propriedade são fundamentais para o sucesso da implantação da técnica. A combinação de culturas como soja e pastagem tem trazido benefícios tanto para a qualidade do gado como para a produção agrícola, destacando a rentabilidade e sustentabilidade da ILP.

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    Conclusão: O Futuro da Integração Lavoura-Pecuária no Brasil

    A integração lavoura-pecuária é uma técnica consolidada que oferece benefícios tanto econômicos quanto ambientais para os produtores rurais. A combinação planejada de atividades agrícolas e pecuárias dentro da mesma propriedade tem se mostrado uma estratégia lucrativa e sustentável.

    Com mais de três décadas de implementação no país, a ILP continua a evoluir e se adaptar às diferentes realidades do campo brasileiro. Produtores como Pedro Augusto de Figueiredo Carvalho Bolognini estão colhendo os frutos desse sistema, que proporciona não apenas ganhos imediatos, mas também benefícios a médio e longo prazo.

    A capacidade de esperar, a flexibilidade para se adaptar a cada propriedade e a busca contínua por conhecimento são essenciais para o sucesso da integração lavoura-pecuária. O Brasil se destaca como um dos líderes mundiais nessa prática, possibilitando até três safras por ano e promovendo uma produção diversificada e sustentável.

    O futuro da ILP no Brasil é promissor, com cada vez mais propriedades adotando essa técnica e colhendo os benefícios de uma produção integrada e eficiente. A integração lavoura-pecuária não apenas aumenta a rentabilidade das fazendas, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e a promoção de uma agricultura mais sustentável.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Sistema de integração entre lavoura e pecuária

    O sistema de integração lavoura-pecuária completa 30 anos no Brasil e tem se consolidado como uma solução lucrativa e sustentável para o campo. A técnica consiste na combinação planejada de atividades agrícolas com a criação de animais dentro da mesma propriedade rural.

    O que é a Integração Lavoura-Pecuária?

    A ILP consiste na combinação planejada de atividades agrícolas com a criação de animais dentro da mesma propriedade rural. Pode combinar o plantio de soja com o gado, assim como o cultivo de grãos com a criação de suínos e ovinos.

    Consórcio

    No consórcio, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas simultaneamente na mesma área, maximizando os benefícios para o solo e para os animais.

    Sucessão

    Na sucessão, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas em sequência, permitindo uma recuperação mais completa do solo ao longo do tempo.

    Rotação

    Na rotação, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas em uma sequência fixa, seguindo um cronograma pré-estabelecido, permitindo um manejo mais previsível dos recursos disponíveis.

    A evolução da ILP no Brasil

    A ILP foi introduzida no Brasil no final da década de 1990 como uma resposta aos desafios enfrentados pelos produtores, levando à diversificação da produção e à redução de custos. O Brasil é o único país que consegue realizar até três safras por ano utilizando a ILP.

    Benefícios a médio e longo prazo

    O investimento em reforma de pastagem e correção do solo pode trazer ganhos significativos na qualidade do gado e na produção agrícola. A paciência e o planejamento são essenciais para colher os frutos do sistema ILP.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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    Sistema de integração entre lavoura e pecuária completa 30 anos no Brasil — Foto: Juliana Sussai/Embrapa

    “Enquanto a maioria dos criadores está preocupada em manter o boi gordo, a gente tem que tomar cuidado pra ver se ele não está engordando demais”, brinca o produtor rural Pedro Augusto de Figueiredo Carvalho Bolognini.

    Além das 90 cabeças de gado Nelore, número que espera dobrar em breve, os 80 hectares de duas fazendas que administra em Cajuru (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), também abrigam uma crescente plantação de soja graças ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP).

    Uma técnica em implantação no país há mais de três décadas que tem se consolidado, ano após ano, como uma solução não só lucrativa, como também sustentável para o campo, que compensa os investimentos iniciais.

    “O objetivo principal da ILP é otimizar ao máximo o uso dos recursos naturais disponíveis, água, luz e nutrientes, para aumentar a produção na mesma área com diferentes atividades com lucratividade e respeitando o meio ambiente”, afirma Emerson Borghi, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste.

    Esta reportagem faz parte de uma cobertura referente a temas relacionados à Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial sobre o evento.

    O produtor rural Pedro Augusto de Figueiredo Carvalho Bolognini na fazenda da família, em Cajuru (SP) — Foto: Arquivo pessoal

    O que é a Integração Lavoura-Pecuária?

    A ILP consiste na combinação planejada de atividades agrícolas com a criação de animais dentro da mesma propriedade rural. A ILP pode combinar não só o plantio de soja com o gado, como o cultivo de grãos como feijão com a criação de suínos e ovinos.

    Essa integração pode ocorrer por consórcio, sucessão ou rotação. A seguir, entenda como funciona cada modalidade:

    Consórcio: no consórcio, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas simultaneamente na mesma área. É um trabalho sincronizado, em que cada parceiro complementa o outro. Exemplo: o milho pode ser cultivado juntamente com uma forrageira, como a braquiária, que serve tanto como cobertura do solo quanto como alimento para o gado. Essa interação promove uma melhor utilização do espaço e dos recursos, maximizando os benefícios para o solo e para os animais.

    Sucessão: na sucessão, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas em sequência, em períodos alternados ao longo do tempo. Exemplo: em uma área pode-se cultivar soja em um ano, seguida por milho no ano seguinte e depois pastagem. Essa alternância permite uma recuperação mais completa do solo e uma diversificação maior de produtos ao longo do tempo.

    Rotação: na rotação, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas em uma sequência fixa, seguindo um cronograma pré-estabelecido. Exemplo: em uma área pode-se cultivar soja, seguida por milho, depois sorgo e, por fim, pastagem, repetindo esse ciclo a cada ano. Essa regularidade permite um manejo mais previsível e uma otimização dos recursos disponíveis.

    A evolução da ILP no Brasil

    A ILP não surgiu de forma repentina. Ela foi desenvolvida ao longo dos anos, adaptando-se às diferentes condições do solo e clima do país. Inicialmente, a técnica ganhou espaço em regiões onde a agricultura e a pecuária coexistiam. Com o tempo, especialistas perceberam que essa integração poderia trazer vantagens significativas.

    No Brasil, a ILP foi introduzida no final da década de 1990 como uma resposta aos desafios enfrentados pelos produtores. A necessidade de se diversificar a produção, otimizar o uso do solo e reduzir custos levou à adoção dessa estratégia.

    “Existem relatos muito antigos de povos nômades que faziam o mesmo princípio da ILP. Eles consorciam diferentes espécies na mesma área para explorar todo o potencial do lugar para produzir seu alimento”, explica Borghi.

    Outros países adotam o sistema, mas o Brasil é o único país do mundo que consegue fazer até três safras por ano utilizando a ILP. Ou seja: o produtor pode ter uma safra de verão, uma segunda safra de grãos e, ainda no mesmo ano, a pastagem para consumo animal, a chamada “safrinha de boi”.

    Lavoura de soja cultivada em palhada de braquiária em sistema de integração lavoura-pecuária — Foto: Gabriel Rezende Faria/ Embrapa

    Benefício a médio e longo prazo

    Pedro Augusto conta que não foi consenso na família investir R$ 150 mil em reforma de pastagem, correção do solo e equipamentos sem a garantia de ganhos imediatos. Dois anos depois, no entanto, o retorno começa a se observar tanto na qualidade do gado quanto do plantio de soja, que ocupa ao menos 50 hectares.

    “Meu avô decidiu implantar o sistema ILP e no começo foi difícil acreditar que tanto investimento ia retornar”, diz.

    Essa capacidade de esperar é o maior desafio para a implantação do sistema, como explica o engenheiro agrônomo João Brunelli Júnior. “Além disso, há uma dificuldade técnica, porque não há uma receita pronta. Cada propriedade significa um planejamento novo”, diz.

    João é do departamento de extensão rural da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ligada à Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, e faz parte da Rede ILPF, que integra órgãos de todo o Brasil com o objetivo de massificar o sistema Integração Lavoura-Pecuária.

    “Estamos realizando uma capacitação técnica continuada de mais de 130 profissionais da Cati, incluindo agrônomos, veterinários e zootecnistas. Paralelamente, estamos acompanhando 65 propriedades rurais em todas as regiões do estado, nas quais estamos em uma atividade teórico-prática, iniciando o planejamento e execução dos primeiros passos”, explica.

    Entre as diversas culturas que movimentam a agricultura brasileira, a soja tem sido o carro chefe da ILP. Isso porque, segundo os especialistas, ela representa maior rentabilidade, conta com um mercado aquecido e permite a inclusão da pastagem no mesmo solo, na sequência, para o gado. Pedro Augusto é exemplo dessa combinação.

    “São 80 hectares que ocupam duas fazendas diferentes. Dividimos em dez piquetes [áreas delimitadas e cercadas onde os animais são mantidos temporariamente para alimentação, descanso ou manejo], 30 hectares são de pasto o ano todo e os outros 50 são de soja.”

    E se não é possível fazer a segunda safra por questões climáticas ou outros fatores, a “safrinha de boi” é uma alternativa lucrativa não só para a braquiária, usada na alimentação dos animais e que ajuda a nutrir o solo para a cultura de grãos da safra seguinte.

    O milho também é uma excelente opção, principalmente para os pecuaristas que querem ou precisam de silagem, método de conservação de alimentos para os animais.

    “Quando consorciado com forrageiras como a braquiária, após a colheita da silagem ou após a colheita de grãos, a forrageira se beneficia das temperaturas altas e do final do período chuvoso para se estabelecer, sendo a pastagem que será utilizada no período de outono/primavera na sequência”, explica João Brunelli Júnior.

    Exemplo disso é a Fazenda Granja Santana, que fica na cidade de Abaeté (MG). Com aptidão leiteira, mas com grande parte do solo degradado, a área passou por uma transformação há sete anos.

    Os 75 hectares foram divididos em cinco piquetes. Em 2017, a produção de leite chegava a 450 litros por dia, sendo 38 vacas em lactação e 68 animais compondo o rebanho.

    “Atualmente, a área recuperada na propriedade apresenta alta produtividade, com 45 vacas em lactação que produzem 750 litros de leite diariamente, chegando a um rebanho de 145 animais”, conta o engenheiro agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo Sinval Resende Lopes, coordenador do projeto.

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