Nas praças de São Paulo, a diferença entre a arroba do “boi chinês” (abatido mais jovem, com até 30 meses) e do animal “comum” (direcionado ao mercado interno) é de apenas R$ 3, informa o agrônomo Jessica Olivier, analista da Scot Consultoria.
Na última semana (17 a 20/4), das 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria, 20 tiveram queda no preço da arroba do boi, acrescenta o analista.
Em São Paulo, houve queda de R$ 3/@ no boi gordo em sete dias. Nesse mesmo período, o preço do “boi-China” caiu R$ 10/@, compara Jéssica.
“O cenário visto em São Paulo reflete em outras praças pecuárias”enfatiza o analista.
No Mato Grosso do Sul, a situação é ainda pior, pois não há mais prêmio entre a carne “comum” e a “chinesa”.
Nesta segunda-feira, 24 de abril, o mercado de boi gordo registrou poucos negócios e a maioria dos compradores ficou de fora das compras, informa Scot.
Assim, nos mercados paulistas, o boi gordo segue estável a R$ 272/@, enquanto o boi gordo e a novilha são negociados a R$ 252/@ e R$ 267/@, respectivamente (preços brutos e futuros). .
O preço do “boi-China” se manteve em R$ 275/@ no mercado paulista (bruto, pontual), com algumas ofertas de compra abaixo da referência, acrescenta Scot.
Na região Norte de Mato Grosso, a semana começa com queda de R$ 3/@ no preço da novilha gorda. “A ponta compradora optou por reduzir o volume de aquisições, já que as escalas são bem programadas”justifica Jéssica.
Assim, na região norte do Mato Grosso, bovinos, bovinos e novilhas são cotados a R$ 247/@, R$ 224/@ e R$ 222/@, respectivamente (preços brutos e futuros). O “boi-China” está cotado a R$ 260/@ (bruto, na hora).
As exportações brasileiras de carne bovina continuam apresentando baixo desempenho, pois ainda refletem o período de embargo (removido em 23/03 e com duração de 30 dias) nas vendas ao mercado chinês.
Até a segunda semana de abril, o Brasil embarcou 4,8 mil toneladas de carne bovina por dia in naturavolume 42% inferior à média de abril/22, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“Assim como o volume diário, houve queda no preço pago pela tonelada (25,4%), na mesma comparação, que estava cotado, em média, em US$ 4,6 mil”informa Jéssica.
Com a saída do gado terminado, por conta da entressafra, a tendência de queda da arroba pode ganhar ainda mais força no curto prazo, observa Jéssica.
No mercado interno, o consumo de proteína continua abaixo do desejado, o que reforça a expectativa de preços mais baixos do boi gordo nas cotações mensais, acreditam analistas.
De acordo com a investigação de S&P Global Commodity InsightsSegunda-feira deu continuidade ao movimento de queda dos preços da arroba observado no final da semana anterior.
A inconsistência das vendas de carne bovina no mercado interno e a disponibilidade de escalas de abate confortáveis mantiveram os frigoríficos fora do mercado neste início de semana, reforçam analistas da S&P Global.
“O tom do mercado continua ancorado nos fundamentos de demanda interna enfraquecida, exportações com volumes abaixo do esperado para o momento e preocupações com as receitas das vendas externas diante do comportamento do câmbio no Brasil e no mundo”informa a S&P Global.
Segundo a consultoria, o descompasso entre oferta e demanda é marcado pela dificuldade no escoamento da produção brasileira de carne bovina.
“Dessa forma, as ofertas de animais terminados que aparecem no mercado são suficientes para atender os compromissos de curtíssimo prazo dos frigoríficos”informa a S&P Global.
Segundo a consultoria, outro fator que deve contribuir para o arrefecimento dos preços do boi gordo é o início da estiagem, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste.
“Tal condição deve pressionar os pecuaristas a liquidar seus lotes de animais terminados a pasto”enfatiza os analistas.
Atacado – A última semana foi marcada por dificuldades no escoamento da produção de cortes bovinos, resultando em quedas de preços no mercado atacadista de carnes com osso.
Para o preço da vaca casada, o recuo em São Paulo foi de 1,6% na comparação semanal, informa Scot.
Para machos, a carcaça casada de boi castrado caiu 0,6%, cotada a R$ 18,09/kg. Para a carcaça bovina inteira, houve queda de 2,9%, cotada a R$ 16,52/kg, acrescenta Scot.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta segunda-feira, 24/04
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 241/@ (dinheiro)
vaca a R$ 222/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 244/@ (dinheiro)
vaca a R$ 219/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 248/@ (prazo)
vaca R$ 229/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 229/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 221/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 225/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (dinheiro)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 219/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 247/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 231/@ (dinheiro)
vaca a R$ 210/@ (dinheiro)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 241/@ (dinheiro)
vaca a R$ 212/@ (dinheiro)
