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A oferta de alimentos à base de insetos deve aumentar nas próximas décadas

    A oferta de alimentos a base de insetos deve aumentar

    Foto: Licença Pexels/Pixabay

    Alimentos à base de insetos devem crescer no planeta nas próximas décadas, chegando às prateleiras dos supermercados na forma de alimentos prontos, prevê o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Ifad), agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Para o Ifad, esses alimentos podem contribuir para a segurança alimentar e mitigar as mudanças climáticas, com a expansão de seu consumo para o Ocidente.

    A ONU, os Estados Unidos e os países da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) firmaram recentemente uma parceria para promover a segurança alimentar e mitigar as mudanças climáticas. O acordo prevê incentivos à produção de alimentos à base de insetos para humanos e rebanhos de animais.

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    “Os insetos são fonte de proteínas e micronutrientes e não geram grandes quantidades de gases nocivos ao clima”, informa reportagem da Agência de Notícias da ONU. “Especialistas apontam que os insetos têm alta taxa de reprodução, ciclo de vida curto e não precisam de grandes áreas de cultivo ou água para reprodução.”

    Hoje, 2 bilhões de pessoas já comem insetos, segundo a ONU News. A Ifad acredita que esse tipo de alimentação pode ser ainda mais expandido, com o objetivo de ajudar a alimentar os outros 6 bilhões de habitantes do planeta.

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    “Dados os baixos custos de produção e o espaço necessário para os insetos, até mesmo as pessoas mais pobres dos países em desenvolvimento poderão criar, vender e comer os insetos”, observa UN News.

    Leia a reportagem completa abaixo:

    Agência da ONU aposta no aumento da oferta de alimentos à base de insetos nos supermercados

    “Uma parceria para mitigar as mudanças climáticas e promover a segurança alimentar para um planeta com 8 bilhões de pessoas foi firmada pelas Nações Unidas, Estados Unidos e os países da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27.

    Uma das propostas da iniciativa é produzir insetos como alimento para humanos e rebanhos de animais. Os insetos são uma fonte de proteínas e micronutrientes e não geram grandes quantidades de gases nocivos ao clima.

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    Foto: Ami Vitale/FAO

    Prateleiras de supermercado com alimentos à base de insetos

    Para especialistas da agência da ONU, com as barreiras criadas pelas mudanças climáticas à distribuição e disponibilidade de alimentos, os insetos comestíveis têm se tornado uma área cada vez mais explorada, com demanda crescente dos consumidores.

    Atualmente, o mundo tem 8 bilhões de pessoas. E não demorará muito para que as prateleiras dos supermercados comecem a oferecer alimentos prontos à base de insetos.

    Segundo o Ifad, a agricultura é o maior contribuinte para a mudança climática, mas também faz parte da solução. Pequenos produtores agrícolas tendem a evitar o uso de fertilizantes nocivos ou máquinas baseadas em combustíveis fósseis.

    Ciclo de vida curto e não precisa de muita água

    Na iniciativa Global Methane Commitment, o Ifad e seus parceiros querem ajudar os produtores a reduzir ainda mais suas emissões. O metano é o principal gás de efeito estufa.

    Na proposta que inclui a disseminação de insetos como alimento, especialistas apontam que os insetos têm alta taxa de reprodução, ciclo de vida curto e não precisam de grandes áreas de cultivo ou água para reprodução.

    Os insetos são agora uma fonte essencial de alimento para pelo menos 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Mas nos países ocidentais, uma reavaliação de seu papel nos sistemas alimentares está apenas começando.

    Dados os baixos custos de produção e o espaço necessário para os insetos, até mesmo as pessoas mais pobres dos países em desenvolvimento poderão criar, vender e comer os insetos.

    A agência da ONU lembra que o mundo tem mais de 2.000 tipos de insetos comestíveis que vão desde grilos até cigarras. Especialistas garantem que há insetos saborosos e muitas escolhas a serem feitas.

    Apesar de reconhecer que inserir insetos na alimentação das pessoas não resolverá o problema da emergência climática, o Ifad acredita que o novo estilo de vida pode reduzir significativamente o impacto no meio ambiente.

    Veja alguns motivos:

    *Para os especialistas, a dieta à base de insetos é boa para o organismo, já que 80% do peso corporal dos insetos são proteínas e micronutrientes. A proteína, por exemplo, supera a contida em rebanhos tradicionais.

    *Insetos são pobres em gordura, carboidratos e cheios de vitaminas, fibras e minerais.

    *Os chamados bichos-da-farinha têm o mesmo nível de ômega-3 que os peixes.

    *Insetos não transmitem infecções zoonóticas para humanos e animais domésticos da mesma forma que os animais.

    *Algumas empresas já começaram a produzir e processar insetos na alimentação animal. E outras empresas começaram a conscientizar sobre a importância de uma alimentação baseada em insetos comestíveis.

    Fonte: Agro