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R$ 400 milhões para importação de combustíveis

    R$ 400 milhões para importação de combustíveis

    Apostando no crescimento da demanda brasileira por diesel e gasolina e no recuo definitivo da Petrobras seu papel histórico como único fornecedor para o mercado.

    Os recursos, que somam cerca de R$ 1 bilhão aportados para essa finalidade nos últimos três anos, serão direcionados principalmente para o litoral brasileiro, segundo o vice-presidente executivo de Logística e Operações de Sourcing da empresa, Marcelo Bragança.

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    “Temos investido em bases próprias, que já tínhamos no litoral, para melhorar a capacidade de recebimento de navios e armazenamento, mas também estamos muito ativos nos leilões portuários realizados pelo governo”, afirmou o executivo, em entrevista à Reuters. via videoconferência.

    R$ 400 milhões para importação de combustíveis
    R$ 400 milhões para importação de combustíveis

    A empresa conquistou áreas em quatro portos em leilões do governo, nas cidades de Belém, Santarém, Cabedelo e Vitória.

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    Em algumas delas, a Vibra já atuava, mas conseguiu fechar contratos de maior prazo que abriram caminho para investimentos em melhorias estruturais.

    Adicionalmente, em outro porto, o de São Luís, a empresa não participou diretamente, mas atuou como promotora do processo, entregando a carga a um operador logístico que participou do processo comprando uma das áreas.

    Bragança disse que a empresa está de olho em outras áreas e que hoje a Vibra tem capacidade para importar produtos por meio de dez portos no Brasil.

    Os investimentos ganharam força a partir de 2016, após a Petrobras iniciar uma política de preços de combustíveis que segue indicadores internacionais, abrindo espaço para múltiplos agentes atuarem neste mercado.

    A Petrobras também realizou a privatização da refinaria Rlam, na Bahia, que representa 14% da capacidade total de processamento de petróleo do país, em outro movimento que reduziu sua relevância no abastecimento nacional.

    A unidade, rebatizada de Mataripe, agora pertence à Acelen, do grupo Mubadala Capital, que tem uma política de preços de combustíveis com atualizações mais frequentes do que a Petrobras.

    “Estamos o tempo todo, todo mês, olhando o melhor balanceamento, o melhor mix entre os produtos da Petrobras… A Acelen, com refinaria na Bahia, importação e até cabotagem.

    Essa é uma nova dinâmica e eu diria que é estrutural. Estruturalmente, o Brasil será um país importador… de diesel e gasolina”, afirmou.

    O novo governo, no entanto, tem sinalizado que pode orientar a Petrobras a fortalecer os investimentos em refinarias, o plano de desinvestimento do refino foi mantido. Construir refinarias, no entanto, levaria anos.

    O executivo argumentou que atualmente não há novos projetos de grandes refinarias no Brasil e que, naturalmente, o crescimento do mercado terá que ser atendido pelas importações.

    Ele ponderou que é legítimo que a estatal de petróleo continue atuando nas compras externas, em movimentos estratégicos.

    “A Petrobras também deixará de ser o player mais eficiente nas importações em alguns lugares.

    Há lugares onde a infraestrutura montada por distribuidoras, pela Vibra ou por um operador logístico já é mais eficiente do que a Petrobras tem naquele local.

    Portanto, não é natural que a Petrobras volte a ocupar esse espaço de ser a única importadora como era no passado.”

    R$ 400 milhões para importação de combustíveis
    R$ 400 milhões para importação de combustíveis

    Além dos investimentos em infraestrutura, a Vibra também criou a Vibra Trading, com sede na Holanda, que trouxe ganhos e competitividade nas operações internacionais.

    Segundo Bragança, a empresa importava produtos na modalidade “entregue no Brasil” e com a trading começou a ir para o exterior adquirir combustível, fretando navios. “Isso nos abriu para uma gama mais ampla de fornecedores”, disse ele.

    “Ela (a trading) nos traz flexibilidade… mesmo quando há algum estresse de abastecimento, seja localmente ou em alguma região, ela rapidamente tem soluções para que possamos atender nossos clientes de forma competitiva”, afirmou.

    Em 2022, cerca de 20% do diesel e 10% da gasolina vendidos no Brasil serão importados, segundo Bragança. Nas vendas da Vibra, esses percentuais são de 25% para o diesel e 15% para a gasolina, em média.

    A Vibra vem importando em média de 450 mil a 500 mil metros cúbicos por mês neste ano, considerando diesel e gasolina, sendo que o diesel representa de 80% a 85% desse volume. Quanto à origem, mais de 90% do combustível trazido vem do Golfo dos Estados Unidos, disse.

    Bragança disse acreditar que mesmo com a mudança de governo no Brasil, a Petrobras continuará buscando acompanhar os preços do mercado internacional, mesmo que sua política sofra alguns ajustes.

    Segundo ele, quando os preços da Petrobras ficam um pouco abaixo do mercado externo, e a Vibra importa, ela busca amenizar os efeitos, mas sem repassar os custos para o consumidor.

    “De alguma forma esse preço (mais alto do produto importado) está sendo repassado para o final. O que buscamos é usar toda a nossa escala e eficiência para sermos o mais competitivos possível e causar o menor impacto aos clientes e consumidores de forma que o general ,” ele disse.

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