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um clássico irresistível dos anos 80

    um classico irresistivel dos anos 80

    Em setembro, Raquel Fernandes, de Belo Horizonte, completará 10 anos desde que mudou o rumo de sua carreira. De médica veterinária especializada em equinos, passou a artista equestre com telas tendo cavalos como figuras principais. Desde então, algumas centenas de obras foram realizadas, entre elas, releituras de artistas famosos como Tarsila do Amaral, Leonardo Da Vinci e Gustav Klimt, e são essas grandes obras que o artista pretende reunir em um livro de coleção. Para habilitar o projeto ‘Entre crinas e cores’, que explora o mundo mágico da união entre o cavalo e a arte, uma nova vaquinha virtual pelo site do Catarse.

    Raquel conversou com o Portal Cavalus para contar sobre seu trabalho e como isso design especial.

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    Raquel, conte-nos como foi mudar de Medicina Veterinária e tornar-se uma artista equestre?

    Resolvi dedicar 100% do meu tempo à arte e desde então tenho trabalhado principalmente com pinturas de cavalos. Às vezes faço outra coisa além dos cavalos, mas meu foco principal são esses animais.

    Qual é o propósito do livro?

    Quero valorizar o cavalo que é nosso grande parceiro da humanidade e, claro, aproximar as pessoas da arte. Acho que aqui no Brasil estamos muito distantes desse universo, então pretendo contar nas páginas a evolução dessa cultura. Após o surgimento da fotografia, a arte deixou de ser uma representação da realidade para expressar os sentimentos e a forma de pensar do artista, que passou a usar mais a criatividade nas representações das figuras.

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    Como surgiu a ideia de reinterpretar obras de artistas famosos tendo o cavalo como protagonista?

    Em 2018, eu estava fazendo muitos trabalhos baseados em retratos de cavalos e isso me deixou um pouco bloqueado criativamente. Recebi as fotos e fiz uma reprodução exata. Porém, senti falta de ter algo mais criativo e autoral e comecei a estudar artistas da História da Arte. Daí surgiu a ideia de releituras colocando o cavalo, que é minha identidade, em obras famosas. Achei o resultado muito bom e comecei a fazer outros.

    O que você destacaria em seu trabalho como artista visual equestre?

    E é importante ressaltar que nas releituras as figuras dos cavalos não são humanizadas. Coloquei cavalos que fizeram parte da minha história e fazem parte da nossa realidade. Para Monalisa, de Leonardo Da Vinci, por exemplo, levei o campeão olímpico do Rio, Valegro, que é um dos recordes do adestramento. No Gustav Klimt, que usava muito ouro em suas pinturas, coloquei Baloubet que foi a única medalha de ouro do Hipismo Brasileiro com Rodrigo Pessoa.

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    E foi assim que surgiu o projeto Entre Crinas e Cores?

    Exatamente. Em 5 anos destes estudos consegui reunir cerca de 35 obras e é esta compilação que estará no livro. Além das fotos com as obras, colocarei também fotos dos artistas que me inspiraram e textos. Será um delicioso passeio pela arte com o cavalo como personagem principal.

    Conte-nos sobre o financiamento coletivo.

    Para viabilizar esse livro, que é caro, decidi que precisava de financiamento e parti para o Catarse. O projeto é muito bonito: um livro de arte com capa dura e fotos coloridas. Eu não teria como pagar meus próprios recursos, então a vaquinha virtual, que na verdade é uma pré-venda do livro, ajuda! Vejo como uma forma de aproximar meu trabalho com cavalos das pessoas.

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    Você sempre teve uma ligação com a arte?

    Foi algo natural e também repentino. Na verdade, tanto do lado do meu pai quanto do lado da minha mãe, existe uma ligação com a arte. Então, na infância, estimulado por esse universo, desenhei e fui apresentado às obras de grandes artistas. Eu vivi em um ambiente muito inspirador. Porém, nunca imaginei que seria de fato um artista visual equestre até que em determinado momento da minha vida, cansado da pesada rotina de veterinário, resolvi trilhar outros caminhos e, incentivado por amigos que viam em mim o desenho como hobby , vi que poderia viver disso. Já fiz algumas pinturas por encomenda, mas nessa virada escolhi o lado da arte. Fui estudar, aprimorar minha técnica e tem dado certo.

    Como é viver de arte?

    Essa máxima, né? Não é fácil, mas é possível. Tendo um pouco de controle, estamos fazendo o trabalho da melhor forma e, com certeza, o veterinário me ajudou. Hoje vivo exclusivamente da pintura. Boa parte do meu trabalho como artista equestre é encomendado, pinturas mais realistas de retratos de cavalos e algumas coisas mais estilizadas também, além de ilustrações para livros relacionados a cavalos, inclusive um livro de minha autoria mais técnico e focado em passeios a cavalo. Equitação.

    O projeto ‘Entre Crenas e Cores’ está no Catarse e você pode colaborar através deste link.

    Por Wesley Vieira/Portal Cavalus
    Foto: Divulgação/Raquel Fernandes
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    Fonte: Agro