Pular para o conteúdo

tudo o que você precisa saber para iniciar uma criação

Doenças mais comuns em suínos

Devido ao aumento das granjas de suínos no Brasil, uma preocupação recorrente dos produtores são as doenças. Pensando nisso, listamos uma pequena lista das principais doenças.

coccidiose suína

Em geral, esta doença afeta frequentemente os leitões, sendo causada por um protozoário, causa diarreia amarela e pastosa. Além disso, manifesta-se nos primeiros dias de vida dos suínos e coloca em risco o leite integral, pois provoca redução no ganho de peso desses animais.

Patrocinadores

Até agora, a melhor maneira de prevenir a doença é usar Baycox 5% em todos os leitões recém-nascidos.

Peste Suína Clássica

A peste suína ou peste suína é causada por um vírus e atualmente é a doença que causa os maiores danos à suinocultura. Visto que ainda não existem métodos eficazes de tratamento e a única forma de controlar a doença é sacrificar os animais.

Patrocinadores

No entanto, a prevenção pode ser realizada através de:

  • Vacinação.
  • Evite a superlotação das barracas.
  • Evite incluir animais selvagens.
  • Respeitar as normas de saúde e bem-estar animal.
  • Higienização de equipamentos e infraestrutura.

A forma de transmissão da doença é semelhante à febre aftosa em bovinos, ou seja, ocorre por meio do contato direto com animais infectados. No entanto, também pode ocorrer através do contato com instrumentos, veículos, agulhas e roupas de trabalhadores que tiveram contato com animais doentes.

Os sintomas da peste suína incluem febre alta, diarréia, erupções cutâneas, sangramento, convulsões e dificuldade para andar.

Doença de Aujeszky

Esta doença também é causada por um vírus, que se aloja principalmente em

nas secreções nasais e saliva de porcos. A transmissão ocorre através do contato direto com animais doentes, água e/ou alimentos infectados.

Os principais sintomas desta doença em suínos incluem:

  • Problemas no sistema nervoso e respiratório dos animais
  • tremores
  • Hipotermia
  • Depressão
  • Mortalidade em leitões
  • pêlos eriçados

Uma vez diagnosticada a doença, é necessário que as autoridades de saúde sejam notificadas. Além disso, todos os porcos infectados devem ser removidos do rebanho.

Raças suínas mais adaptadas às condições brasileiras

Devido à nossa ampla distribuição territorial, diversas raças de suínos podem ser produzidas no Brasil. Cada um, com suas peculiaridades, um fator que pode determinar o sucesso das propriedades rurais.

Vamos discutir abaixo as raças suínas mais populares no Brasil:

Landrace

Porcos Landrace, por Zeilog – próprio trabalho, CC BY-SA 3.0

Sem dúvida, a raça Landrace é a mais produzida no Brasil.

Sua preferência é baseada em características como:

  • O peso dos porcos adultos pode chegar a 300 kg.
  • Atingem a idade ideal para o abate entre 6 e 7 meses, pesando aproximadamente 80 kg.
  • As fêmeas são excelentes matrizes, devido à sua alta capacidade reprodutiva (grandes lactantes).

Branco Grande

Porcos: tudo o que você precisa saber para iniciar sua criação

Grandes Porcos Brancos, por Palmount45 – próprio trabalho, CC BY-SA 4.0

Esta raça se caracteriza por ter alto ganho de peso diário, além de bom rendimento de carcaça. Os porcos brancos da Lage têm pelo branco e são animais de grande porte.

Devido a essas peculiaridades, é comum a realização de cruzamentos entre machos Large White e fêmeas Landrace, para fins de produção industrial.

Duroc

Porcos: tudo o que você precisa saber para iniciar sua criação

Suínos da raça Duroc, para David Merrett de Daventry, Inglaterra – Julgando uma porca Duroc – Best in Show, CC POR 2,0

A característica predominante dos suínos Duroc é a geração de banha e toucinho. Esses animais se distinguem dos demais, principalmente, pela pelagem vermelha.

Com um ano de idade, os porcos machos podem atingir 170 kg, enquanto as fêmeas atingem 225 kg.

Pietrain

Porcos: tudo o que você precisa saber para iniciar sua criação

Porcos Pietrain, de L. Mahin – próprio trabalho, CC BY-SA 3.0

De origem belga, os porcos Pietrain são utilizados principalmente para a produção de carne e bacon. Distinguem-se pela sua pelagem branca com pintas pretas, bem como pelo seu temperamento calmo e alta fertilidade.

Além disso, os suínos Pietrain apresentam melhor rendimento de carcaça do que Duroc e Ladrace. Isto é devido à alta taxa de conversão alimentar e rendimento de carne.

Hampshire

Porcos: tudo o que você precisa saber para iniciar sua criação

Suínos Hampshire, para MamaGeek, CC POR 3,0

Os suínos adultos podem chegar a 300 kg, sua carcaça é caracterizada como rústica e sua carne é de boa qualidade para consumo in natura. Em relação à fecundidade, as fêmeas podem gestar até 9 leitões de cada vez.

Esses animais são facilmente distinguíveis, dependendo de sua cor. Os porcos Hampshire têm pêlo curto e preto com faixas brancas nas patas dianteiras.

Perspectivas futuras para a suinocultura no Brasil

O cenário futuro para a suinocultura brasileira é bastante animador. De acordo com dados de Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), até o ano de 2024 o setor deverá crescer aproximadamente 21%. Além disso, a produção deve chegar a 4,3 milhões de toneladas de carne.

Em termos de consumo interno, a carne suína está atualmente em 3º lugar, atrás de frango e carne bovina.

Os brasileiros ainda consomem pouca carne suína, em torno de 12 kg/habitante/ano. Enquanto o consumo de frango é de 41,3 kg/hab/ano e o consumo de carne bovina é de 25,4 kg/hab/ano.

O baixo consumo de carne suína ainda se caracteriza como o grande desafio em nível nacional para a expansão do setor.

Acredita-se que o menor consumo se deva a mitos e lendas relacionadas aos possíveis efeitos deletérios da carne suína na saúde do consumidor.

Em nível internacional, o Brasil é o 4º maior produtor de suínos do mundo. Fator que, associado à alta qualidade da carne brasileira, aumenta as vendas e exportações ano após ano.

Levando em conta o ano de 2019, o Brasil atingiu um recorde de exportação com um volume de 750,3 mil toneladas. Sendo, 649,38 mil toneladas de carne in natura e processado, atingindo um faturamento de US$ 1,6 bilhão, segundo o Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Até agora, a China é o principal importador, consumindo cerca de 38% da carne. in natura exportados pelo Brasil.

Como podemos ver, ainda há muito espaço para o crescimento da suinocultura em nível nacional. No entanto, as campanhas de marketing incentivar o consumidor brasileiro a mudar de gosto.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) afirma que o consumo de carne suína é seguro, além de ser um alimento rico em:

  • Proteínas de alto valor biológico
  • ácidos graxos monoinsaturados
  • Vitaminas B (por exemplo, tiamina e riboflavina)
  • Ferro
  • Selênio
  • Magnésio
  • Potássio

Fonte: Agro

Autor