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Três pilares podem impactar economicamente uma granja de suínos

Três pilares podem impactar economicamente uma granja de suínos

A longevidade de uma empresa no mercado em que atua está diretamente ligada à sua boa gestão financeira. Reconhecer gargalos, cortar custos e buscar a máxima eficiência na produção são pontos-chave para o sucesso. Em uma granja de suínos a premissa é a mesma, por isso é necessário que o criador conheça detalhadamente todas as etapas do processo.

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Segundo o zootecnista João Cella, gerente comercial da Topgen, marca brasileira especializada em genética suína, são três os principais pilares da produtividade que geram impactos econômicos em uma granja: alimentação, manejo sanitário e genética. A alimentação, primeiramente, precisa ser dividida e administrada de acordo com as fases de cada categoria animal. “A alimentação precisa atender às necessidades de cada fase dos suínos dentro do sistema de produção”, afirma.

A formulação da dieta é um dos segredos para um bom desempenho dos animais, afinal, ela deve ser balanceada, com minerais e vitaminas. São necessários ingredientes de boa qualidade, principalmente em termos de quantidade e disponibilidade de nutrientes e pureza (livre de micotoxinas e contaminantes). Também é fundamental monitorar a qualidade e a correta conservação dos ingredientes, pois qualquer tipo de fungo pode ser suficiente para causar contaminação.

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A aquisição de núcleos, pré-misturas e outros produtos a serem utilizados no preparo de rações também precisam de cuidados. Recomenda-se verificar sempre se a empresa é cadastrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, portanto, atende às especificações legais e técnicas e segue as regras de boas práticas na fabricação de produtos para animais alimentar.

Quando falamos de matrizes, um rígido controle na uniformidade da camada de gordura e do escore corporal é precioso. Afinal, fêmeas muito gordas expressam problemas no parto, e muitas vezes não produzem leite suficiente porque não obtêm alimentação eficiente no pós-parto; já aqueles abaixo do peso podem ter comprometido a fertilidade.

assistência médica

Na gestão da saúde, é preciso estar atento aos protocolos vacinais, seguindo rigorosamente as indicações técnicas. Além disso, os medicamentos também influenciam o comportamento dos animais. O uso de antibióticos cada vez mais precisa ser focado apenas em tratamentos específicos. Os cuidados também devem ser estendidos a funcionários, veículos, roedores e tudo que possa trazer agentes infecciosos para o sistema, pois podem afetar a segurança e a saúde dos suínos, comprometendo a biossegurança da granja como um todo. “O manejo sanitário mal feito, além de diminuir a competitividade do animal, pode até levar à morte”, cita o gerente comercial.

Dentre as doenças que acometem os suínos, as doenças entéricas têm como principal sinal clínico a diarreia intermitente, mais comum em animais jovens. Estas podem ser causadas por diversos agentes etiológicos que atuam isoladamente ou em associação, dentre os principais podemos citar: infecciosos (bactérias, vírus, fungos) e coli, clostrídios e coccídios, que são os mais comuns. Também pode ser de origem nutricional e parasitária. A diarreia no período pré-desmame, por exemplo, causa prejuízos significativos à suinocultura, pois promove aumento substancial da mortalidade, piora a conversão alimentar e o ganho de peso, reduzindo o peso à desmama, além de aumentar os custos com medicamentos.

Existem também as doenças respiratórias, que também causam prejuízos econômicos, principalmente a pneumonia por micoplasma e a gripe suína. Além dessas duas, ainda existem outras que ocorrem com menor frequência, mas que também causam problemas em muitas granjas, como a pleuropneumonia suína e a pasteurelose pulmonar, e que muitas vezes são confundidas por sintomas semelhantes. Existem ainda duas doenças importantes que cursam com sinais clínicos respiratórios, porém, são doenças sistêmicas, que são o circovírus e a doença de Glasser. “Portanto, é fundamental ficar atento à limpeza, desinfecção, aspiração sanitária das granjas, todos esses procedimentos são importantes para a saúde dos animais”, afirma.

genética

Nos últimos anos, os programas de melhoramento genético têm focado na seleção de animais com menor teor de gordura e maior conversão em carne, que sejam economicamente mais eficientes. Isso levou a um aumento de linhagens 100% adaptadas ao ambiente brasileiro (clima, instalações), rebanho estável e uniforme.

Na Topgen, os diferenciais competitivos são fornecidos ao produtor, consumidor e frigorífico. Para os criadores, o trabalho realizado nos últimos anos pode garantir alta rentabilidade para a fazenda (animais dóceis, rusticidade e longevidade, produtividade e eficiência da progênie). “Nossa matriz é a mais completa e balanceada do mercado, pois consegue entregar um alto número de animais nascidos, aliado a autossuficiência no desmame, além de repassar sua resistência aos leitões. Outro destaque é a quantidade de leite que produz, desmamando-os com excelente peso e qualidade”, afirma Cella. “Concluímos que o quilo de carne suína finalizada pela nossa matriz é mais barato que os concorrentes. Por isso o produtor tem que fazer as contas”, avalia o profissional.

O especialista acrescenta ainda que ao mercado consumidor é garantida carne saborosa e gordura intramuscular em níveis ótimos, aliada aos mais exigentes padrões mundiais e, por sua vez, os frigoríficos têm a certeza de rendimento de carcaça superior e uniformidade de cortes, agregando valor. e rentabilidade nesta fase.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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