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Tempo seco resulta na suspensão da queima controlada pelo MS e declaração de emergência ambiental • Portal DBO

    Tempo seco leva MS a suspender queima controlada e decretar emergência ambiental • Portal DBO

    O Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (21) traz o Decreto “E” nº 65 que declara Estado de Emergência Ambiental em todo o território do Mato Grosso do Sul pelos próximos 180 dias, “devido às condições climáticas que favorecem a propagação descontrolada de incêndios florestais, sobre qualquer tipo de vegetação, provocando uma queda drástica na qualidade do ar”.

    Na segunda-feira (17) o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) já havia expedido Portaria proibindo a queima controlada e suspendendo as licenças já expedidas e os processos em andamento para esse tipo de procedimento, com a mesma justificativa.

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    “É importante ressaltar que estamos acompanhando dois pareceres técnicos, um do Comitê de Incêndios e outro do Cemtec/MS, que apontam o risco de incêndios florestais devido às condições climáticas de curto prazo. Por mais que o Pantanal esteja cheio, já temos 30 dias sem chuva. Houve muita chuva localizada e isso provocou um aumento de biomassa devido à chuva. Então temos o crescimento da biomassa, que agora seca e vira combustível. Além disso, registramos altas temperaturas no período e ventos superiores a 30 quilômetros por hora, que praticamente dificultam qualquer sistema de combate a incêndio. Desta forma, analisando as condições colocadas, foi tomada a decisão de declarar emergência ambiental e suspender a queima controlada”afirmou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

    O Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima) divulgou no início da semana passada o Boletim de Monitoramento de Incêndios Florestais, no qual a previsão é de tempo seco sem possibilidade de chuvas pelo menos até 28 de julho no estado.

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    As temperaturas vão subir e podem ultrapassar os 35°C, aliadas à baixa umidade relativa do ar, entre 15% e 35%, principalmente nas regiões Pantaneira, Bolsão, Norte e Sudoeste do Estado. Em grande parte do Estado, o risco de incêndio é “crítico” e em partes da região do Pantanal é considerado “médio”.

    O decreto preserva apenas as autorizações para treinamento do MIF (Manejo Integrado do Fogo), instrumento considerado importante para a prevenção e que está sendo utilizado de forma pioneira no Mato Grosso do Sul, único estado com legislação própria nesse sentido.

    O MIF foi utilizado pela primeira vez pelo Ibama em terras indígenas e se mostrou eficaz para o que se propõe, ou seja, utilizar o fogo como aliado e sob controle, tomando as providências necessárias para permitir a fuga dos animais da área a ser queimada.

    Verruck também destacou as campanhas de conscientização realizadas pelo Estado, Ibama e Reflore em parceria com o Governo, com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da queima de terras e pastagens e buscar estabelecer uma relação diferente entre as pessoas e o fogo.

    “Tudo isso é feito com um objetivo: prevenir. Mas o Estado também está preparado para combater caso ocorra um incêndio florestal. Temos brigadas, bombeiros treinados, equipamentos, viaturas, aeronaves. E temos coordenação. Esse trabalho é coordenado pela Comissão de Incêndio, que acompanha, monitora, antecipa as ações necessárias para evitar que a situação saia do controle. A Comissão de Bombeiros reúne os Bombeiros, Ibama, Imasul, Semadesc, Defesa Civil, as entidades que representam o setor produtivo, é um órgão completo com poder de decisão”finalizado.

    Fonte: Ascom Semadesc/Governo do MS

    Foi decretado Estado de Emergência Ambiental em todo o território de Mato Grosso do Sul pelos próximos 180 dias devido às condições climáticas favoráveis à propagação descontrolada de incêndios florestais, afetando a qualidade do ar. O Instituto do Meio Ambiente do estado já havia proibido a queima controlada e suspendido licenças para esse tipo de procedimento. O aumento da biomassa devido à chuva seguido de período sem chuvas, aliado às altas temperaturas e ventos fortes, dificulta o combate aos incêndios. O Centro de Monitoramento do Tempo e Clima prevê tempo seco sem chuvas até o final de julho no estado, com temperaturas acima de 35°C e baixa umidade do ar, principalmente nas regiões Pantaneira, Bolsão, Norte e Sudoeste. O decreto preserva apenas as autorizações para treinamento do Manejo Integrado do Fogo, uma prática utilizada para prevenção e que se mostrou eficaz no controle das queimadas em terras indígenas. O secretário de Meio Ambiente destaca as campanhas de conscientização realizadas em parceria com o Governo, Ibama e Reflore para alertar a população sobre os riscos da queima de terras e pastagens. O estado se preparou para combater incêndios florestais, com brigadas, bombeiros treinados, equipamentos e coordenação pela Comissão de Incêndio, que tem poder de decisão.

    Fonte
    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**