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Soja brasileira: projeção de mais de 100 mi t exportadas e estoques menores em 5 anos

    Argentina Brasil ou EUA Onde irao os compradores buscar soja

    Análise da Pátria Agronegócios projeta estoques finais de soja em 4 milhões de toneladas no final de janeiro

    A Pátria Agronegócios estima que o Brasil poderá encerrar o ano comercial de 2023 exportando 104 milhões de toneladas de soja, o que resultaria em estoques finais da oleaginosa próximos de apenas 4 milhões de toneladas. Esse cenário é preocupante, pois indica uma demanda intensa pelo produto brasileiro, ao mesmo tempo em que a nova safra pode enfrentar atrasos devido ao plantio tardio.

    Estoques remanescentes e demanda intensa pela soja brasileira

    A projeção da Pátria Agronegócios indica que os estoques finais de soja brasileira estarão bastante ajustados, o que evidencia a alta demanda pelo produto. A situação é agravada pelo possível atraso na chegada da nova oferta de soja ao mercado, devido ao atraso no plantio causado por adversidades climáticas, especialmente em Mato Grosso.

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    Impacto no mercado de exportação

    A escassez de disponibilidade prévia de soja, devido ao atraso na colheita, tem levado as tradings a oferecer prêmios de exportação mais altos para o início de 2024. Os prêmios têm ultrapassado os 150 pontos para o primeiro mês do próximo ano, o que indica uma demanda intensa pela soja brasileira e a preocupação com a disponibilidade do grão no mercado.

    Para os meses seguintes, ainda é esperada uma dificuldade de recuperação dos prêmios, à medida que a oferta se regulariza. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, o Brasil já exportou 93,5 milhões de toneladas de soja, um aumento de 31,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O país também enfrenta gargalos logísticos que impactam o escoamento pelo Arco Norte.

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    Apesar desse cenário, ainda há uma quantidade significativa de soja nas mãos dos produtores brasileiros, o que pode limitar as altas nos preços ou nos prêmios. No entanto, os prêmios já apresentam uma tendência positiva para os últimos meses deste ano.

    É importante ressaltar que essas projeções estão sujeitas a mudanças e podem variar conforme o desenvolvimento do mercado e das condições climáticas ao longo do próximo ano.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    Tópicos:

    1. Projeção de exportação de soja em 2023

    1.1 Estimativa da Pátria Agronegócios

    1.2 Possíveis estoques finais de soja

    2. Cenário para o início de 2024

    2.1 Estoques remanescentes ajustados

    2.2 Possível atraso na oferta de soja

    3. Atraso no plantio e dificuldades climáticas

    3.1 Impacto no estabelecimento das lavouras

    3.2 Replantio e atraso da colheita

    4. Aceleração dos prêmios de exportação

    4.1 Dificuldade de originar soja em janeiro

    4.2 Indicativos de demanda intensa

    5. Perspectivas para fevereiro, março e abril

    5.1 Recuperação dos prêmios

    5.2 Expectativa de oferta regular

    6. Exportação de soja até outubro

    6.1 Dados da Secretaria de Comércio Exterior

    6.2 Fila de embarques nos terminais brasileiros

    7. Quantidade de soja disponível nas mãos do produtor

    7.1 Limitação temporária nos preços ou prêmios

    7.2 Gargalos logísticos do agronegócio brasileiro

    8. Prêmios para os últimos meses de 2023

    8.1 Números da Brandalizze Consulting

    8.2 Variação dos prêmios a partir de fevereiro de 2024

    Análise é da Pátria Agronegócios, que estima estoques no final de janeiro/24, encerrando o ano comercial com apenas 4 mi de t

    O Brasil pode fechar 2023 exportando 104 milhões de toneladas de soja, de acordo com a projeção da Pátria Agronegócios. E caso este número se confirme, os estoques finais brasileiros da oleaginosa poderão registrar um de seus menores níveis em cinco anos – ao fim de janeiro, na conclusão do ano comercial – próximos de quatro milhões de toneladas.

    Com este cenário, dois pontos importantes estarão alinhados para o começo do próximo ano, sendo um deles os estoques remanescentes bastante ajustados confirmando uma demanda bastante intensa pelo produto brasileiro – que acontece também no atual momento – se dando em um mesmo momento em que a nova oferta de soja do país pode atrasar sua chegada. 

    “Sabemos que os produtores, em especial de Mato Grosso, que começam seu plantio logo na sequência do fim do vazio sanitário, são produtores que conseguiriam ter essa soja disponível a partir de dezembro. A colheita, em janeiro, passa a ser ‘comum’, embora não seja generalizada, e o maior volume chega em fevereiro, mas neste ano pode ser diferente”, explica o diretor da Pátria, Matheus Pereira. 

    O atraso no plantio por conta das adversidades climáticas, em especial para o estado mato-grossense, dificultou o estabelecimento das lavouras, inviabilizaram boa parte de áreas semeadas, têm exigido o replantio e, consequentemente, deverão resultar no atraso da colheita. 

    “Então, a falta também desta disponibilidade prévia desta soja, destas primeiras colheitas em janeiro, acelera os prêmios de exportação para janeiro, começo de fevereiro. E tivemos indicativos hoje de que os prêmios para janeiro, onde acontecem poucos negócios, as tradings no Brasil estão com dificuldade de originar soja em janeiro, resultaram em números que chegaram a ultrapassar 150 pontos para o primeiro mês do ano que vem, base Paranaguá. E isso é um indicativo que o mercado tem demandado muito do nosso grão para o começo de 2024 e já entende que via ser difícil ter esta nova soja colhida no começo de 2024 e vai sobrar pouca soja em 2023”, complementa Pereira. 

    Na sequência para fevereiro, março e abril em diante, os prêmios ainda têm dificuldade de recuperação, com o mercado já esperando por uma oferta que deverá se mostrar mais regular neste intervalo. 

    De acordo com dados reportados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) reportados nesta quarta-feira, 1º de novembro, o Brasil já exportou 93,5 milhões de toneladas no acumulado entre janeiro e outubro. Neste mesmo período do ano passado, o total era de pouco mais de 74 milhões. Somente em outubro, foram 5,532 milhões, 31,8% mais do que em outubro de 2022. E os lineups estão cheios nos terminais do Brasil.

    “Ainda temos uma fila de embarques de oito milhões de toneladas de soja no nosso país, é recorde para o período. Nunca foi demandada tanta soja brasileira apara exportação neste período. E grande parte dessa soja está sendo direcionada para os portos do Sul devido à dificuldade (também por conta do clima) de escoamento pelos portos do Arco Norte”, explica Pereira. 

    Apesar disso, o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, há ainda muita soja disponível nas mãos do produtor brasileiro, algo como 33 a 34 milhões de toneladas, o que ainda pode limitar, mesmo que momentaneamente altas nos preços ou nos prêmios. Até porque, os gargalos logísticos seguem ainda muito latentes para o agronegócio brasileiro. Ainda assim, os prêmios para os últimos meses deste ano já se mostram positivos.

    De acordo com os últimos números da Brandalizze Consulting, na pedida do vendedor é de 50 cents de dólar por bushel acima de Chicago para o novembro, enquanto o comprador oferece 10 cents. O mesmo se dá para o dezembro. Já a partir de fevereiro do ano que vem, os prêmios já se mostram negativos, sendo menos 75 cents por bushel pelo comprador e 35 cents negativos na perspectiva do vendedor. 

    De acordo com a análise da Pátria Agronegócios, é estimado que o Brasil exporte 104 milhões de toneladas de soja até o final de 2023. Caso essa projeção seja confirmada, os estoques finais brasileiros da oleaginosa poderão atingir um dos níveis mais baixos dos últimos cinco anos, chegando a cerca de quatro milhões de toneladas no final de janeiro, quando se encerra o ano comercial.

    Esse cenário trará duas importantes questões para o início do próximo ano. A primeira delas é a reduzida disponibilidade de estoques remanescentes, o que confirma uma demanda bastante intensa pelo produto brasileiro. Essa alta demanda já pode ser observada atualmente e tem sido acompanhada pela possibilidade de atraso na chegada da nova oferta de soja do país.

    Segundo Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, os produtores, especialmente os de Mato Grosso, costumam ter soja disponível a partir de dezembro, com a colheita se intensificando em janeiro e alcançando o maior volume em fevereiro. No entanto, as adversidades climáticas têm causado atraso no plantio e dificultado o estabelecimento das lavouras, levando ao replantio e, consequentemente, comprometendo o cronograma de colheita.

    Essa falta de disponibilidade prévia da soja e as colheitas iniciando apenas em janeiro têm acelerado os prêmios de exportação para o primeiro mês do ano e início de fevereiro. Segundo indicativos do mercado, esses prêmios têm ultrapassado 150 pontos para o período, o que reflete a alta demanda pelo grão brasileiro no início de 2024 e a expectativa de pouca soja disponível em 2023.

    Os prêmios ainda apresentam dificuldades de recuperação para os meses seguintes, como fevereiro, março e abril, pois o mercado espera por uma oferta mais regular nesse intervalo. Dados da Secex mostram que o Brasil já exportou 93,5 milhões de toneladas entre janeiro e outubro deste ano, um aumento de 31,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A demanda por soja brasileira para exportação está tão alta que há uma fila de embarques de oito milhões de toneladas nos portos do país.

    Apesar desse cenário, o consultor de mercado Vlamir Brandalizze ressalta que ainda há uma quantia significativa de soja disponível nas mãos dos produtores brasileiros, aproximadamente 33 a 34 milhões de toneladas. Esse volume disponível pode limitar, mesmo que momentaneamente, as altas nos preços e nos prêmios. Além disso, os gargalos logísticos continuam sendo um desafio para o agronegócio brasileiro.

    Os prêmios para os últimos meses deste ano já estão sendo positivos. Segundo a Brandalizze Consulting, a oferta do vendedor está em 50 centavos de dólar por bushel acima de Chicago para novembro, enquanto o comprador oferece 10 centavos. Essa tendência se mantém para dezembro. No entanto, a partir de fevereiro do próximo ano, os prêmios já se tornam negativos, com uma oferta de menos 75 centavos por bushel pelo comprador e 35 centavos negativos na perspectiva do vendedor.

    Essas projeções e análises apontam para um panorama desafiador e de alta demanda para a soja brasileira nos próximos meses. Os estoques baixos e a possibilidade de atraso na colheita reforçam a importância de uma gestão eficiente do agronegócio, buscando soluções para os desafios logísticos e garantindo a qualidade e a competitividade do produto brasileiro no mercado global.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Brasil pode fechar 2023 exportando 104 milhões de toneladas de soja

    Segundo projeções da Pátria Agronegócios, o Brasil tem a possibilidade de encerrar o ano de 2023 exportando 104 milhões de toneladas de soja. Essa expectativa representa um dos maiores volumes de exportação dos últimos anos, porém, também indica que os estoques finais da oleaginosa podem atingir um dos seus menores níveis, chegando a apenas 4 milhões de toneladas ao final de janeiro. Esse cenário se deve à intensa demanda pelo produto brasileiro e a possibilidade de atraso na chegada da nova safra de soja.

    Ajuste nos estoques finais e demanda intensa pela soja brasileira

    Os estoques finais da soja brasileira tendem a ficar ajustados devido à intensa demanda pelo produto. A oferta prévia da safra pode atrasar sua chegada, principalmente por conta do plantio atrasado em algumas regiões, como Mato Grosso. Essa situação tem exigido replantio e dificultado o estabelecimento das lavouras, o que resultará no atraso da colheita. Com a falta de disponibilidade prévia da soja e a alta demanda no início de 2024, os prêmios de exportação para janeiro e fevereiro têm apresentado valores significativos.

    Projeções para fevereiro, março e abril

    Apesar dos altos prêmios de exportação para janeiro e parte de fevereiro, a recuperação dos prêmios nos meses seguintes ainda é incerta. A expectativa é que a oferta de soja se torne mais regular nesse período, o que pode influenciar na estabilização dos valores de exportação.

    Exportações de soja no acumulado de janeiro a outubro de 2023

    De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil já exportou 93,5 milhões de toneladas de soja no acumulado dos primeiros dez meses de 2023. Esse número representa um aumento de 31,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A demanda por soja brasileira tem sido tão intensa que há uma fila de embarques de oito milhões de toneladas nos portos do país, principalmente nos do Sul.

    Disponibilidade de soja nas mãos do produtor e gargalos logísticos

    Apesar da intensa demanda, o consultor de mercado Vlamir Brandalizze afirma que ainda há uma quantidade significativa de soja disponível nas mãos dos produtores brasileiros, aproximadamente 33 a 34 milhões de toneladas. Essa disponibilidade pode limitar as altas nos preços e nos prêmios, mesmo que momentaneamente. Além disso, os gargalos logísticos continuam sendo um desafio para o agronegócio brasileiro.

    Prêmios de exportação nos últimos meses de 2023 e perspectivas para 2024

    Atualmente, os prêmios de exportação já apresentam valores positivos para os últimos meses de 2023. Segundo a Brandalizze Consulting, para o mês de novembro e dezembro, os prêmios estão entre 50 cents e 10 cents acima do valor de Chicago. Porém, a partir de fevereiro de 2024, os prêmios se mostram negativos, variando entre menos 75 cents e menos 35 cents. Esses valores indicam que o mercado prevê uma oferta mais regular nesse período.

    Conclusão

    Análise é da Pátria Agronegócios, que estima estoques no final de janeiro/24, encerrando o ano comercial com apenas 4 mi de t

    O Brasil tem a possibilidade de fechar o ano de 2023 exportando 104 milhões de toneladas de soja, o que resultaria em estoques finais bastante ajustados. A intensa demanda pelo produto brasileiro e a possibilidade de atraso na nova safra contribuem para esse cenário. Os prêmios de exportação também têm apresentado valores expressivos para janeiro e fevereiro. Apesar disso, ainda há uma quantidade considerável de soja disponível nas mãos dos produtores, o que pode limitar as altas nos preços. Os gargalos logísticos ainda são um desafio para o agronegócio brasileiro, porém, os prêmios de exportação já se mostram positivos para os últimos meses de 2023.

    Perguntas e Respostas

    1. Qual é a projeção de exportação de soja para o Brasil em 2023?

    Segundo a Pátria Agronegócios, o Brasil pode fechar 2023 exportando 104 milhões de toneladas de soja.

    2. Quais são os dois pontos importantes para o próximo ano?

    Os dois pontos importantes são os estoques de soja bastante ajustados e a intensa demanda pelo produto brasileiro.

    3. O que pode atrasar a chegada da nova safra de soja?

    O atraso no plantio por conta das adversidades climáticas, em especial para o estado de Mato Grosso, pode atrasar a chegada da nova safra de soja.

    4. Qual é a quantidade de soja que já foi exportada pelo Brasil até outubro de 2023?

    Segundo a Secex, o Brasil já exportou 93,5 milhões de toneladas de soja no acumulado entre janeiro e outubro de 2023.

    5. Qual é a perspectiva para os prêmios de exportação em 2024?

    A partir de fevereiro de 2024, os prêmios de exportação já se mostram negativos, indicando uma oferta mais regular nesse período.

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