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Rio Grande do Sul lança metas para agricultura de baixo carbono • Portal DBO

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O Rio Grande do Sul lançou nesta quinta-feira (5/4) as metas do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ RS), com diretrizes para promover a adaptação às mudanças climáticas e controlar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agricultura gaúcha Sul, visando aumentar a eficiência e a resiliência dos sistemas produtivos.

O lançamento aconteceu durante a 4ª edição do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), no auditório do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS).

Segundo o governador Eduardo Leite, que participou do evento, esse tipo de projeto visa tornar o Estado um exemplo em relação aos compromissos climáticos.

“Precisamos estar cientes de que a preocupação com o meio ambiente deve estar alinhada aos aspectos econômicos e sociais. E nosso governo tem o entendimento de que é a partir dessa posição que podemos ter um Estado verdadeiramente sustentável”.

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O secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, explicou que o Plano ABC+ RS visa promover a adaptação às mudanças climáticas e controlar as emissões de GEE na agricultura gaúcha.

“Com a publicação do plano, pretendemos expandir em 4,6 milhões de hectares até 2030, o que resultará na redução de cerca de 75 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. E para atingir esses objetivos, a Secretaria de Agricultura vai estimular políticas públicas que estimulem a adoção das tecnologias do Plano ABC+”ele enfatizou.

O FGMC foi presidido pela secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. “Temos certeza que esse meio ambiente, promovido pelo Governo do Estado, trará importantes avanços porque traz à sociedade e práticas práticas para a redução, mitigação e adaptação às mudanças climáticas”reforçou o secretário durante a abertura.

O subdiretor do Departamento de Produção e Irrigação Sustentável (Depros), Gustavo dos Santos Goretti, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), afirmou que o “O RS é o terceiro estado a lançar seu plano. Incluímos novas linhas de tecnologia e uma delas é a irrigação, que faz muita diferença para o Estado, para mitigar os efeitos da estiagem. Precisamos mostrar aos produtores as tecnologias que conhecemos para que possam reduzir as perdas que podem ter na produção”.

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O ABC+ RS é considerado uma política pública que promove o engajamento ativo do setor produtivo e da sociedade, integrando produtividade, adaptação e mitigação efetiva, ao cenário da agricultura brasileira.

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Ao longo dos anos, mais de 50 milhões de hectares já adotaram tecnologias ABC como o Sistema de Plantio Direto, Fixação Biológica de Nitrogênio, Florestas Plantadas e Sistemas de Integração, Integração Lavoura-Pecuária, Integração Lavoura-Floresta, Integração Florestal Pecuária ou ainda a Lavoura-Pecuária -Integração Florestal.

O novo ciclo ABC+ inclui novas tecnologias adaptativas e mitigadoras, como o Sistema de Plantio Direto com Hortaliças, Terminação Intensiva e Sistemas Irrigados, além de dar maior destaque aos Sistemas Agroflorestais.

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Também prevê o fortalecimento das estratégias de adaptação às mudanças climáticas e incorpora o conceito da Abordagem Integrada da Paisagem (AIP) à gestão do uso do solo em propriedades rurais, microrregiões e territórios.

Para o coordenador do Comitê Gestor do ABC+ RS e pesquisador da Seapi, Jackson Brilhante, a publicação das metas é um marco para o Rio Grande do Sul e sinaliza aos mercados o compromisso do Estado com a produção agrícola sustentável.

“O produtor gaúcho é referência no cenário nacional e mundial na adoção de tecnologias de agricultura de baixo carbono, pois está cada vez mais convencido da necessidade de produzir mais, com menor custo e menor impacto ambiental. Esse plano foi construído a várias mãos junto com representantes do setor agropecuário, instituições de pesquisa, ensino e extensão”ele afirmou.

Fórum de Mudanças Climáticas – Além do Plano ABC+ RS, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura da Seapi, a Sema, com o apoio da Secretaria do Clima, fará o inventário das emissões de GEE, bem como a análise dos riscos e vulnerabilidades climáticas.

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“Tudo isso levará à criação do plano de mitigação, que zerará o saldo de emissões de GEE nas diversas cadeias produtivas do Estado. A Sema também possui projetos como o EstimaGás, que mede GEE em aterros sanitários; Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), instrumento econômico que recompensa e incentiva os serviços ambientais; e Agrigooders, um programa de recompensa por boas práticas ambientais”reforçou Marjorie.

Durante o evento, foi assinado o Protocolo de Intenções entre o Estado e as federações, que visa promover o Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do RS. O documento foi assinado pelo governador Eduardo Leite, a secretária Marjorie, o secretário Feltes e o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, juntamente com representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores em Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fetag), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS) e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

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O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, a delegada Nadine Anflor, a vice-presidente da Assembleia Legislativa, o procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, o procurador de Justiça e coordenador do Núcleo de Apoio Operacional do MP em Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini.

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Fazem parte do fórum representantes do governo do Estado, sociedades civis e científicas. As próximas reuniões estão marcadas para os dias 29 de agosto e 21 de dezembro.

Metas do Rio Grande do Sul até 2030 – Ao todo, são oito metas definidas para incentivar a adoção de sistemas, práticas, produtos e processos produtivos sustentáveis, com compromissos até 2030:

  • Ampliar as áreas com a adoção de Práticas de Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD) em 1,43 milhão de hectares;]

  • Ampliar a área em 600 mil hectares com a adoção do Sistema Plantio Direto;

  • Ampliar a área com adoção de Sistemas de Integração em 1,005 milhão de hectares, sendo 1 milhão de hectares referente ao Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais;

  • Ampliar a área com adoção de florestas plantadas em 322 mil hectares;

  • Ampliar a área com adoção de Bioinsumos em 1 milhão de hectares;

  • Ampliar a área em 216 mil hectares com adoção de Sistemas Irrigados;

  • Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção do manejo de resíduos da produção animal;

  • Aumentar o número de bovinos em terminação intensiva em 200 mil.

Fonte: Ascom SEMA/Governo do RS

Fonte: Portal DBO

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