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Rendimento do trigo aumenta com cogumelos

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Usando cepas nativas do gênero fúngico Trichoderma, pesquisadores da Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires (FAUBA) conseguiram aumentar a produtividade do trigo. Eles geraram bioprodutos que poderiam ajudar a reduzir o uso de agroquímicos.

“Trichoderma é um gênero de fungo encontrado em solos de todo o planeta. Embora em muitos países seja estudada há muito tempo devido aos seus efeitos benéficos nas culturas, na Argentina, suas pesquisas são mais recentes. O grupo de trabalho do qual faço parte coleta e isola cepas nativas de Trichoderma em solos de áreas hortícolas da Região Metropolitana de Buenos Aires com a ideia de estudar como elas afetam o crescimento de diferentes culturas”, explica Patricio Wigdorovitz, professor de Fitopatologia da FAUBA.

“Trabalhamos com alface na cidade de La Plata e com trigo na região dos Pampas. Nós os escolhemos como exemplos típicos de cultivo intensivo e extensivo. Testamos quase 30 cepas de Trichoderma e descobrimos que várias delas tiveram efeitos positivos. Uma aumentou o peso das mudas de alface em quase 40% e a outra aumentou a produtividade do trigo em quase 20%”, destacou.

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Patricio acrescentou que os efeitos positivos desses microrganismos podem ser explicados de diferentes maneiras. “Por um lado, eles promovem a produção de biomassa de algumas plantas, pois geram compostos semelhantes aos hormônios vegetais que promovem o crescimento. Por outro lado, pela grande capacidade de colonização do solo, impedem a proliferação de outros fungos que danificam as lavouras”, disse.

Wigdorovitz observou que o desenvolvimento de um biológico baseado em Trichoderma poderia ajudar os produtores que procuram usar menos agroquímicos em seus campos. “Existem muitos produtores que querem mudar seus sistemas para sistemas mais orgânicos, mais agroecológicos, e muitas vezes se encontram com limitações. Através do Trichoderma podemos favorecer essa transição”.

Além disso, acrescentou que os fungos em questão suportam aplicações de fungicidas em doses relativamente baixas. “Isso permite utilizá-lo na produção convencional, principalmente em sistemas de horticultura intensiva”, explicou ao Sobre La Tierra.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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