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Projeto monitora mais de 160 fazendas e traça raio-x do Bicho mineiro e Broca do café

Após uma queda nos últimos dois anos, a safra brasileira de café em 2023 crescerá 7,5% em relação ao ciclo anterior, segundo projeções da Conab. Segundo a entidade, nesta safra a safra está estimada em 54,74 milhões de sacas beneficiadas. No entanto, para manter a produção em alta, é fundamental que os produtores fiquem atentos ao manejo da lavoura cafeeira, principalmente contra duas das principais pragas da cultura, que historicamente causam prejuízos bilionários: o percevejo-mineiro (Leucoptera coffeella) e a broca-do-café (Hypothenemus hampei ).

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A primeira causa danos às folhas do cafeeiro, com suas larvas diminuindo a capacidade fotossintética da planta. Consequentemente, reduz a capacidade produtiva da lavoura cafeeira de 50% para 80% em casos mais graves. A broca do café, por sua vez, é causada por um besouro que ataca diretamente o fruto e se reproduz dentro dele, prejudicando a qualidade e o rendimento da produção.

Para ajudar os cafeicultores nessa árdua missão, a Bayer em parceria com a agtech SIMA – Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola, desenvolveu o MIP Café, projeto inédito que teve início em meados de outubro do ano passado nas principais regiões produtoras do país. O monitoramento consistiu na montagem de armadilhas com campo atrativo e monitoramento presencial pela equipe da Bayer, com contagens de espécimes quinzenais e análise de plantas.

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O projeto contou com a participação de 169 fazendas localizadas nas principais regiões produtoras de café do Brasil, distribuídas nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia, ou seja, em mais de 85% das áreas da cultura. No total, foram instaladas 683 armadilhas em 241 parcelas. Para monitorar todos eles, foram realizadas mais de 1.061 visitas de campo. “Buscamos trazer atendimento de qualidade e resultados sustentáveis ​​ao negócio, por meio de acompanhamento periódico e recomendação de uso de nossas soluções no momento certo. Acreditamos que no primeiro ano conseguimos ter esse olhar de monitoramento e uso racional e de alta performance, com excelentes resultados”, disse Rodrigo Silva, gerente de Field Marketing Café da Bayer.

A entrada das informações coletadas em campo sobre as pragas foi realizada diretamente pelos técnicos no aplicativo SIMA, e estes alimentam o banco de dados para a geração de relatórios. O projeto mostrou que tanto a Broca quanto o Bicho mineiro são pragas que, além de impactarem a cafeicultura, são de controle altamente complexo. “O projeto MIP veio para trazer dados em tempo real para uma tomada de decisão mais assertiva, tanto na utilização de nossas tecnologias quanto na recomendação de um manejo integrado de pragas mais eficiente”, completa Silva.

Ainda de acordo com o profissional da Bayer, o projeto tem potencial para ser expandido para outras regiões produtoras, ampliando assim o leque de armadilhas de pragas. “Para este ciclo 2023/24, vamos ampliar as áreas monitoradas com parceiros e clientes Bayer, buscando aumentar o alcance desta ferramenta para a cafeicultura nacional”, reforçou.

Informação na palma da sua mão

A plataforma SIMA é uma ferramenta simples e intuitiva, porém de grande relevância e que proporciona muitas facilidades no dia a dia em campo. Com a solução é possível em poucos cliques e de qualquer smartphone cadastrar as novas armadilhas, acompanhar o monitoramento com descrição exata do talhão, nome da fazenda e do produtor, seu estado e cidade.

A cada monitoramento, vários dados são adicionados à plataforma, como o estado da armadilha e o número de mariposas encontradas. Os relatórios também contêm alguns indicadores, como informações georreferenciadas, análise de frutos brotados e percentual de folhas afetadas.

A plataforma permite ainda o registo fotográfico com a data e hora que são preenchidas automaticamente após guardar a informação. “Tudo o que conseguimos monitorar dentro de todas as fases desses dois insetos, acompanhamos gerando diversos dados das fazendas”, destaca Maurício Varela, agrônomo e cofundador da agtech.

O SIMA é uma solução acessível a todos os públicos, desde pequenos produtores até grandes grupos, consultores individuais, agroindústrias, cooperativas ou redes de distribuição de insumos. Entre seus diferenciais está o fato de permitir a total melhoria do processo cadastral em campo, por meio de uma interface ágil e intuitiva. Além disso, possui sincronização instantânea de dados, eliminando o processo de transcrição. O SIMA também oferece imagens e descrições para cada adversidade, facilitando sua identificação, indicando também a metodologia de monitoramento a ser aplicada em cada caso.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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