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Progress of the harvesting in BR and high world output keep purchasers away from mkt

Cepea, 18 de julho de 2023 – O andamento da colheita da segunda safra de milho no Brasil, que deve bater recorde, e as melhores condições climáticas nos Estados Unidos – que elevam as estimativas da produção mundial, apesar das recentes preocupações com seca no país – afastou compradores do mercado spot brasileiro na primeira quinzena de julho. Assim, as vendas de milho caíram no Brasil e as cotações caíram.

Além da maior área destinada à cultura do milho na safra atual, as condições climáticas favoráveis ​​durante o desenvolvimento da lavoura no Brasil influenciaram na alta da produção na safra 2022/23. Já nos EUA, o mês de junho foi marcado por estiagem e calor, porém, a volta das chuvas entre o final de junho e início de julho recuperou muitas lavouras, elevando o otimismo quanto à produtividade na safra 2023/24.

PREÇOS – Com o avanço da safra, os compradores continuam afastados (esperando que as cotações caiam mais fortemente) e os vendedores precisam vender o milho, pressionando os preços domésticos. Entre 30 de junho e 14 de julho, o Índice ESALQ/BM&FBovespa (Campinas, SP) caiu 1,95%, para R$ 54,28 (US$ 11,32) a saca de 60 quilos no dia 14 de julho.

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Regionalmente, os preços caíram mais fortemente no Centro-Oeste do Brasil na primeira quinzena de julho, uma vez que a colheita está avançando mais rápido nesta região, aumentando as necessidades de vendas devido às dificuldades de armazenamento. Por outro lado, em São Paulo – onde as atividades ainda não começaram –, as cotações subiram.

PORTOS – Nem mesmo o andamento da safra, as valorizações no exterior e a maior paridade de exportação foram capazes de elevar a liquidez nos portos brasileiros. Os agricultores estavam entregando lotes comprados anteriormente. Além disso, as exportações de soja têm sido elevadas, dificultando a logística do milho.

ESTIMATIVAS – No Brasil, estimativas divulgadas pela Conab na primeira quinzena de julho apontavam que a produção brasileira de milho na safra 2022/23 pode ser 13% superior à de 2021/22. Para a segunda safra, as estimativas são 14% maiores, de 98,04 milhões de toneladas.

Assim, considerando os estoques iniciais, a produção e as importações, a disponibilidade interna de milho na safra 2022/23 está estimada em 137,76 milhões de toneladas. O consumo está previsto em 79,43 milhões de toneladas. As estimativas de exportações foram mantidas em 48 milhões de toneladas e as de importações em 1,9 milhão de toneladas. Assim, até o final da safra, os estoques devem totalizar 10,33 milhões de toneladas, 28% superior ao da temporada anterior.

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SAFRAS – A colheita do milho segunda safra avança na maioria das regiões brasileiras, tendo atingido, até o dia 8 de julho, 29,3% da área nacional, segundo dados da Conab.

(Cepea-Brasil)

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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