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Programa Sentinela completa 3 anos em julho • Portal DBO

    Programa Sentinela completa 3 anos em julho • Portal DBO

    Foto: Divulgação/Seapdr See More

    O Programa Sentinela, criado em 2020 pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), patrulha os 12 mil quilômetros de fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai e a Argentina.

    A definição das áreas de vigilância é feita previamente, a partir de um trabalho de análise de rede, com base nos dados do SDA (Sistema de Defesa Agropecuária), de acordo com indícios de maior risco sanitário, como pontos de maior circulação de animais, bem como locais de possíveis irregularidades sanitárias.

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    “Há sempre uma equipa em ação, patrulhando as zonas fronteiriças, e realizando inspeções, no trânsito ou nas propriedades, com base num calendário previamente definido com o apoio das forças policiais”, relata a inspetora agropecuária estadual e veterinária Brunele Weber Chaves, sobre a rotina de uma equipe do programa. Ela participa das atividades desde o início, em 2020, na região de Santa Rosa.

    “Estamos em alerta 24 horas por dia. E não são raras as situações em que o trabalho se prolonga noite adentro ou começa de madrugada para que possamos atingir os objetivos traçados”conta o veterinário William Augusto Smiderle, que participa do Sentinela há três anos e atua na região de Santana do Livramento.

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    Os quilômetros percorridos em cada operação são difíceis de precisar, mas podem variar, em sete dias de atividade, de 1.000 a 2.500 quilômetros por período.

    O desempenho das equipes se reflete nos números do programa. Desde julho de 2020, quando foi criado o Sentinela, até o início de março de 2023, foram mais de 170 mil quilômetros percorridos, 783 propriedades fiscalizadas, 83.888 bovinos fiscalizados, 918 barreiras realizadas e 9.044 ações de educação em saúde.

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    Só nos primeiros três meses do ano, foram percorridos quase 10 mil quilômetros nas diversas áreas da fronteira, com a fiscalização de 8.402 bovinos, 41 propriedades vistoriadas, 33 barreiras instaladas e 359 ações de educação sanitária.

    “O Programa Sentinela surgiu da necessidade de agregar mais uma ferramenta de mitigação de risco, em substituição ao uso da vacina contra a febre aftosa. Hoje, o programa se tornou muito mais do que isso e é referência em ações de fiscalização agropecuária de fronteira para o estado e para o país.”destaca Francisco Lopes, coordenador do programa e vice-diretor do Departamento de Vigilância Sanitária e Defesa Animal da Seapi.

    As diferentes zonas fronteiriças – “Na região onde nossa equipe atua rotineiramente, a infração mais comum é a criação de animais soltos nos “becos” das estradas do interior, situação que oferece risco de disseminação de doenças entre as propriedades”diz Guilherme.

    Mas já houve casos de animais trazidos ilegalmente de países vizinhos, situação que resultou na apreensão e abate dos animais, diz.

    “Registramos a ocorrência de movimentação irregular de animais, sem documentação de trânsito, sem GTA, que apresenta alto risco para introdução e disseminação de doenças, bem como situações de abate clandestino, que representa alto risco à saúde da população. , dada a falta de procedência dos produtos”, destaca Brunele. Há também a entrada de animais contrabandeados da Argentina, com brinco que identifica o local de origem, diz ela. “Esses animais, por serem caracterizados como de risco sanitário, são encaminhados para abate em estabelecimentos oficiais de fiscalização”enfatiza o inspetor.

    O programa é reconhecido pela atuação na fiscalização da fronteira gaúcha e pela manutenção do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, conquistada pelo Rio Grande do Sul em maio de 2021.

    “Considero a oportunidade de participar do Programa Sentinela um divisor de águas na minha atuação como fiscal. É uma grande oportunidade de conhecer outras realidades, adquirir mais conhecimento, mais segurança e firmeza nas ações, para que fiquemos mais alertas, atentos a situações que antes passavam despercebidas, aprendamos a usar informações e dados de forma mais inteligente, mais precisa “diz Brunele.

    Para William, esse é um dos programas de fiscalização mais interessantes e importantes de que já participou desde que começou a trabalhar como fiscal agropecuário estadual, em 2006.

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    “Mesmo que muitas situações não sejam diferentes daquelas que enfrentamos diariamente em nosso trabalho, as atividades do Programa Sentinela ganham relevância por todos os aspectos envolvidos no combate a ocorrências que podem repercutir em todo o rebanho e na economia do estado”destaques.

    “Nesses quase três anos de programa, conseguimos evoluir muito nossa expertise fiscalizadora, com o aprimoramento do relacionamento interinstitucional com os demais órgãos de fiscalização, segurança e inteligência, bem como o aprimoramento da análise de dados e evolução da fiscalização equipamentos como o uso de drones por exemploavalia o coordenador do programa, Francisco Lopes.

    Fonte: Ascom Seapi/Governo do RS

    Fonte: Portal DBO