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Preço ao produtor leiteiro sobe 2,4% em abril

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O preço do leite cru arrecadado pelos lácteos em abril atingiu R$ 2,8961/litro na “Média Brasil” líquida, aumentos de 2,4% em relação ao mês anterior e de 9,3% em relação a março/23, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de abril/23). Com isso, o preço do leite cru acumula alta real de 11,8% em 2023, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP).

A valorização do leite cru em abril continuou ancorada na limitada oferta no campo, prejudicada pelo avanço da entressafra na maior parte do país. Por isso, a disputa dos lácteos pelos produtores foi intensa em abril, contexto que manteve os preços do leite em alta. Ressalte-se, porém, que, na Média Brasileira, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L) registrou o primeiro aumento desde novembro/22, de 0,2%, impulsionado pelos aumentos de 4,1% e de 3,7% nas captações de Paraná e São Paulo. No acumulado do ano, as captações domésticas registraram queda de 6,4%.

A valorização do leite do produtor já pode ser observada no mercado spot de leite. Em Minas Gerais, a média mensal subiu 11,2% em abril, atingindo R$ 3,34/litro naquele mês. Vale ressaltar que esse aumento esteve relacionado à recuperação de preços observada na primeira quinzena de abril, uma vez que, na segunda quinzena do mês, o leite spot começou a se desvalorizar. Em Minas Gerais, inclusive, a média mensal do spot em maio recuou 16,6% e chegou a 2,78/litro.

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Com o aumento dos preços das matérias-primas, em abril, os lácteos repassaram de forma geral o aumento do preço do leite cru para o preço dos lácteos negociados com os canais de distribuição. Pesquisa do Cepea em parceria com a OCB mostra que as cotações médias de UHT, mussarela e leite em pó fracionado subiram no atacado paulista, respectivamente 9,5%, 4,9% e 1,6%. No entanto, o consumo continuou a enfraquecer e os preços de maio mostram uma tendência de queda.

Assim, a expectativa dos agentes do setor é que, em maio, se registre uma reversão da tendência no preço do leite pago ao produtor. Além da retração do consumo interno, as importações de lácteos ainda são bastante elevadas. Em abril, as compras externas caíram expressivos 30,3% em relação ao mês anterior, mas o volume ainda foi três vezes maior do que o registrado em abril do ano passado.

Os agentes do setor também esperam que a produção no campo seja incentivada pela queda nos custos de produção e pela melhora na relação de troca. O levantamento do Cepea mostra que, em abril, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira caiu 1,3% na “Média Brasil”, influenciado pela retração nos preços dos concentrados. Com isso, o poder de compra do produtor em relação ao milho teve uma melhora de 4% de março a abril.

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Fonte: cepea

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