Segundo Ramos et al (2021), “Os equídeos são infectados através do consumo de água e alimentos contaminados, sendo a via oral a principal porta de entrada do agente, mas a infecção pode ocorrer pelo ar, ou seja, pela inalação do agente. bactérias ou também através da pele, de feridas na pele causadas por objetos contaminados. Em humanos, o contágio ocorre por contato direto com animais infectados, inalação de aerossóis e feridas que tenham contato com secreções de animais positivos”.

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números atualizados

Com o crescente aumento da criação de equinos no Brasil, o número de casos de Mormo torna-se uma preocupação. Nos últimos 20 anos, tivemos notificações de casos de Mormo principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Em 2021, houve aumento de casos nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Ao longo do ano de 2021, foram feitas 109 notificações de Mormo no Brasil, números ainda preocupantes, por se tratar de uma doença contagiosa, ainda sem vacina ou cura e que pode causar a morte de seres humanos.

É importante destacar que a notificação de casos de Mormo no Brasil é obrigatória, conforme Decreto nº 24.548/34, devido ao seu impacto na Saúde Pública e por não haver cura para a doença em animais.

Distribuição anual dos casos notificados de Mormo no Brasil (1999-2021).

Fonte: Coordenação de Informação e Epidemiologia – Saúde Animal (MAPA)

Na busca pela erradicação da doença no país, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, estabelece a Instrução Normativa nº 17, de 08 de maio de 2008, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento institui o Programa Nacional de Sanidade Equina – PNSE .

Programa Nacional de Saúde Equina – PNSE

Por meio da Instrução Normativa nº 17, de 08 de maio de 2008, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento institui o Programa Nacional de Sanidade Equina – PNSE, visando fortalecer o complexo agropecuário eqüino, por meio de ações de vigilância e defesa. saúde Animal.

Com o objetivo de prevenir, diagnosticar, controlar e erradicar doenças que possam causar danos ao complexo agropecuário, o Mormo se enquadra na categoria 2 da Instrução Normativa Mapa nº 50/2013 e exige a notificação imediata de qualquer caso suspeito ao Serviço Veterinário Oficial.

No âmbito do PNSE, o MAPA publica a Instrução Normativa Mapa nº 06, de 17 de janeiro de 2018, sobre diretrizes para o controle, erradicação e prevenção do mormo no território nacional. De acordo com a Instrução Normativa, existe um protocolo para prevenção, investigação e acompanhamento dos casos.

Arte: Autor.

Fonte: Coordenação de Informação e Epidemiologia – Saúde Animal (MAPA)

De acordo com o Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários, a prevenção e o controle do mormo dependem de um programa de detecção precoce, eliminação de animais positivos associados ao controle rigoroso do movimento animal, quarentena/isolamento e limpeza e desinfecção completas das instalações do surto.

Nesse sentido, entendendo a periculosidade da patologia, criadores e proprietários têm sua importância no controle e erradicação do mormo, buscando adequar-se às normas sanitárias e respeitando decretos e leis para que alcancemos o reconhecimento como zona livre de mormo.

Referências

Coordenação de Informação e Epidemiologia – Saúde Animal. Casos de Consulta: Mormo. Disponível em: https://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm. Acesso: 17 de maio de 2022.

RAMOS, Lorrany Maria Mota et al. Avaliação epidemiológica do mormo no Brasil. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 10, não. 13, 2021.

SANCHINI, João. Mormo é identificado em 59 imóveis no Brasil nos primeiros meses de 2021. Disponível em: https://sba1.com. Acesso: 17 de maio de 2022.

Colaboração: Luciano Ferreira Rodrigues Filho

Cavaleiro e Pesquisador | Cavalariças de São Herculano