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Melhoramento Genético Do Futuro Já Começou ?

    Melhoramento Genético Do Futuro Já Começou ?
    Melhoramento Genético Do Futuro Já Começou ?
    Melhoramento Genético Do Futuro Já Começou ?

    Melhoramento Genético Do Futuro Já Começou ?

    Em um futuro de pecuária que começou ontem, não há espaço para dar as costas a dois pilares: a sustentabilidade e a qualidade do produto final da carne. Essa foi a tônica das palestras e debates do “26º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores”, realizado no dia 22 de julho, em Ribeirão Preto (SP).

    O tema central do encontro, “Excelente genética para rentabilidade”, abordou a situação da pecuária seletiva sob os aspectos técnicos e mercadológicos.

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    Carlos Viacava, pecuarista e vice-presidente da entidade organizadora, a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), assume que “toda evolução genética que se promove deve estar alinhada com as necessidades do meio ambiente”.

    Refere-se a uma demanda dos consumidores mais exigentes, dentro e fora do país, que desejam um produto com baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE), considerando o bem-estar animal, da melhor qualidade e com custo acessível, principalmente no mercado. interno.

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    “Para isso, a tecnologia deve nos ajudar a produzir mais com menos recursos e em um ciclo mais curto”pondera.

    Para a coordenadora da Área Técnica Comercial da ANCP, Lilian Roberta Matimoto Nakabashi, médica veterinária, a sustentabilidade é um tema internacional e o Brasil precisa ter um papel de liderança nesse cenário, com prática e investimentos apurados.

    A coordenadora da Área Técnica Comercial da ANCP, Lilian Nakabashi (Foto: Arquivo pessoal)

    “De nossa parte, a ANCP, por exemplo, está atualmente reformulando seus instrumentos de avaliação (certificações) para o meio ambiente”, reforça. Nakabashi entende que isso “é um diálogo sério e que a pecuária de vanguarda precisa provocar entre seus pares”.

    Um dos pontos é procurar “unidade para construir uma voz ativa diante dos fatos reais sobre a pecuária de corte”; isto é, nomear o cavalo daqueles que trabalham bem ou mal para a sociedade.

    Para Viacava, essa visão já prevalece, pois “são inúmeros trabalhos e experiências de campo que reduzem ainda mais o ciclo da pecuária, promovendo a precocidade e o consequente aumento da taxa de fruição”.

    Carlo Viacava“Dessa forma, menos GEE é emitido e ainda torna a fixação de carbono positiva. Então, o futuro da melhoria está ligado à preservação ambiental”ratifica.

    Carne de melhor qualidade – Outra diretriz importante é a qualidade da carne que produzimos, destaca o criador.

    Além das EPDs existentes, outras ligadas a essa característica devem surgir, como maciez, marmoreio, entre outras, além das já existentes, como área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura subcutânea (EGS), medidas a partir de ultrassom de carcaça.

    Muitas palestras e perguntas trouxeram à tona a carne que produzimos e a carne que queremos produzir.

    O boi chinês é o limite ou a atenção aos pequenos nichos de mercado é tudo? Como a pecuária seletiva, com genômica, pode ajudar a responder às demandas por qualidade.

    Nesse sentido, Viacava ressalta que o avanço da genômica está permitindo saltos importantes na identificação de animais superiores para carne de qualidade, para os Nelore e em uma frente multirracial; ou seja, em apontar quais são os melhores bovinos entre as diversas raças que disputam o mercado.

    Do lado do desempenho zootécnico, novidades também são esperadas, como o caráter coruja (importante no manejo e redução do estresse na fazenda), pela facilidade de parto e pela rentabilidade, buscando traduzir o ponto ideal para o abate de um bovino terminado em confinamento . .

    Nakabashi também destaca as novas Diferenças de Progênie Esperadas (DEPs) que fazem parte de índices bioeconômicos como MGTe de criação, criação, confinamento e F1, tudo para auxiliar o produtor em diferentes sistemas de produção, na hora de escolher machos e fêmeas mais produtivos para deixar sua genética no rebanho.

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    Foto: Divulgação

    Mais de 250 participantes – Após três anos de interrupção por conta da pandemia, o tradicional evento voltou no formato presencial, reunindo criadores, pesquisadores, técnicos agrícolas, empresas da área de genética, professores e estudantes de ciências agrárias.

    A palestra de abertura do encontro foi apresentada pelo professor e pesquisador da Universidade de Wisconsin, Madison (EUA), Daniel Gianola, que falou sobre a história das avaliações genéticas, abordando sua evolução de Henderson para Avaliação Multirracial.

    Em seguida, dentro do tema “Painel 1 – O mercado pecuário e a sustentabilidade”, o pecuarista e ex-secretário de Produção e Comércio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Pedro de Camargo Neto, ministrou a palestra “Pecuária Desafios Regulatórios: Ontem e Hoje”.

    Também no Painel 1, “Incrementos na produtividade da pecuária de corte com o uso de protocolos de baixo carbono”, foram trazidos pelo pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo de Almeida, que destacou a forte pressão internacional sofrida pela pecuária brasileira por causa da pegada de carbono.

    Na abertura do “Painel 2 – Seleção de zebuínos pela qualidade da carne”, o gerente de Projetos de Treinamento e Corte da ABS Pecplan, Cristiano Ribeiro, falou sobre “Mudança na demanda do mercado de genética na última década”, abordando a evolução das tecnologias e práticas que constituem o melhoramento genético voltado para rebanhos de corte.

    “Seleção genética para melhorar a qualidade da carne brasileira” foi o tema da segunda palestra do Painel 2, apresentada pelo pesquisador da Embrapa Cerrados e 2º vice-presidente da ANCP, Cláudio Magnabosco, que traçou um panorama dos principais players da pecuária de corte brasileira no mercado, tanto produtores como exportadores.

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    da esquerda para a direita: Claudio Magnabosco, Carlos Viacava, Raysildo Lôbo e Roberto Giolo (Foto: Divulgação)

    A Magnabosco abordou os principais gargalos da pecuária de corte, como a produção de carne de qualidade em uma pecuária baseada principalmente em pastagens, sistemas de integração lavoura-pecuária, gado de ciclo curto, entre outros. Também apresentou os métodos de avaliação e os avanços já obtidos, seleção genômica, além de sugerir a inclusão da maciez da carne e outras características relacionadas à qualidade da carne como critérios de seleção.

    Na última palestra do evento, o Gerente Global de Tecnologia em Bovinos de Corte da Cargill, Pedro Veiga, falou sobre “Quais são os desafios para a produção de carne de qualidade”, abordando os diversos processos, desde o momento em que a vaca engravida. até a carne chegar ao prato do consumidor.

    O seminário também teve dois momentos de discussão em plenário ao final dos dois painéis. Em uma mesa redonda, os palestrantes e moderadores Roberto Zancaner, pecuarista, e Angélica Pereira, professora da USP Pirassununga, coordenaram as perguntas dos participantes.

    Homenagens – Durante o programa, a entidade também homenageou pessoas que se destacaram na pesquisa e no ensino em melhoramento genético. O Professor Daniel Gianola recebeu o Mérito de Pesquisador Honorário da ANCP. Também professor, Joanir Pereira Eler, professor da USP que se aposenta este ano, recebeu o Mérito de Reconhecimento da ANCP. O pesquisador Fernando Baldi recebeu o Mérito de Pesquisador da ANCP.

    Além disso, os proprietários de touros aprovados na Reprodução Genômica Programada 2019 também foram homenageados, recebendo o Certificado de Aprovado na Reprodução Programada de seus animais. Foram eles: Júlio Roberto M. Bernardes, Marco Aurélio O. Fernandes e José Roberto Hofig Ramos.

    Para o presidente da associação, professor Raysildo Lôbo, foi um encontro muito importante em clima de alegria, que reuniu muitos consultores, criadores, professores e outros profissionais.

    Raysildo Lobo Foto ANCP

     

    Raysildo Lôbo, veterinário, professor e presidente da ANCP

    “Todas as palestras, com temas relacionados à sustentabilidade e questões de qualidade da carne, trouxeram mais brilho e conhecimento ao nosso encontro”finalizado.

    Ao final do evento, a ANCP lançou oficialmente o Resumo de Touros das Raças Nelore, Guzerá, Brahman e Tabapuã – Edição Julho/2022; Clique aqui.

    Fonte: Noticias Agricolas

     

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