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O futuro da pecuária: sustentabilidade em foco

    A pecuária do futuro vai dar espaço para o produtor que não for sustentável?

    A Importância da Sustentabilidade na Pecuária Brasileira

    A sustentabilidade é um tema fundamental para a pecuária brasileira, pois está intimamente ligada à viabilidade econômica, ao impacto ambiental e ao bem-estar social. Neste artigo, vamos explorar como a recuperação de pastagens degradadas se torna não apenas uma questão ambiental, mas também uma questão econômica e social.

    Respondendo à Pergunta Crucial: Há Espaço para a Pecuária Insustentável?

    A resposta é um categórico ‘não’. Não vai haver espaço para o produtor que não levar em frente práticas sustentáveis. Mas isso vai acontecer de forma natural, não necessariamente a gente precisa forçar a barra e eu vou explicar os motivos.

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    Entendendo a Sustentabilidade na Pecuária Brasileira

    Antes de mais nada, é importante entender de onde vem o termo sustentabilidade. Apesar de ser predominantemente associado às questões ambientais, esse termo e suas variações, como ESG, por exemplo, representam um tripé, que é econômico, social e ambiental, e que, para existir, tem que conviver em harmonia e codependência, como, de fato, um tripé, que, ao tirar uma das pernas, vai tudo para o chão.

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    Sumário

    1. Introdução

    2. O Tripé da Sustentabilidade

    3. Problemas das Pastagens Degradadas

    4. Consequências para o Produtor Insustentável

    5. Mudanças Espontâneas e Naturais na Pecuária

    6. Pressões Legais e Regulamentares

    7. Considerações Finais

    Lygia Pimentel

    Responsabilidade dos Autores

    Ignácio Costa/Getty Images

    Um dos maiores problemas da sustentabilidade e da pecuária brasileira se concentra na alta taxa de pastagens degradadas.

    A resposta é um categórico ‘não’. Não vai haver espaço para o produtor que não levar em frente práticas sustentáveis. Mas isso vai acontecer de forma natural, não necessariamente a gente precisa forçar a barra e eu vou explicar os motivos.

    Antes de mais nada, é importante entender de onde vem o termo sustentabilidade. Apesar de ser predominantemente associado às questões ambientais, esse termo e suas variações, como ESG, por exemplo, representam um tripé, que é econômico, social e ambiental, e que, para existir, tem que conviver em harmonia e codependência, como, de fato, um tripé, que, ao tirar uma das pernas, vai tudo para o chão.

    Então, onde o lado econômico vai mal, por exemplo, abaixa os indicadores sociais e há o consequente aumento de atividades ilegais, inclusive aquelas relacionadas ao meio ambiente. Então, é importante entender que um dos maiores problemas da sustentabilidade e da pecuária brasileira se concentra na alta taxa de pastagens degradadas, que já melhorou, de 27% no início dos anos 2000 para os atuais 22%, mas que ainda vai melhorar muito mais nas próximas décadas. E um ponto importante é que essa recuperação acontece de forma espontânea pela própria pressão econômica da atividade.

    Pastagens degradadas produzem pouca biomassa, ou seja, pouca comida para o gado. Então, como consequência, sequestram quase nada de carbono na atmosfera, inclusive depositam pouco carbono nos solos. Mas o fato é que, com pouca produção de capim, o negócio fica pouco rentável também, porque não permite a diluição adequada dos custos fixos e aos poucos vai dando errado para aquele produtor.

    Então, nesse cenário tem três possibilidades para esse produtor insustentável: ele tem que vender a terra quando perceber que o negócio não está dando lucro, não está dando retorno, cedendo esse pedaço de terra para os mais eficientes; ele pode de fato quebrar, cedendo também, ou ele pode investir em reformas que tornem essas pastagens mais produtivas e naturalmente mais amigáveis à questão ambiental.

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    Adiciono a isso o fato de que a margem líquida sobre a venda de uma arroba recuou 64% da década 1990 para cá, o que acelera o ritmo de exclusão do mal produtor, aquele que é ineficiente e trabalha normalmente com esses pastos degradados de maneira pouco sustentável.

    Ou seja, quem ainda não entendeu isso, estará fora economicamente da pecuária na próxima década, dando espaço para quem é mais eficiente. E isso também significa que está em curso uma mudança espontânea e natural, que tornará as pastagens peça-chave no sequestro de CO2 atmosférico, em especial aquela parcela relacionada à queima de combustíveis fósseis, que não possui mecanismos eficientes de offset.

    Fora isso, as pressões legais e regulamentares tendem a aumentar essa pressão, que é um reforço desse processo natural, mas é importante destacar que as políticas públicas de aceleração do processo de reversão de degradação dessas pastagens devem ser implantadas de maneira cuidadosa para não forçar o ritmo de recuperação ao ponto de marginalizar especialmente pequenos que não consigam se adequar nos prazos que os teóricos, e especialmente as entidades internacionais, alheias à nossa produção produtiva exigem.

    *Lygia Pimentel é médica veterinária, economista e consultora para o mercado de commodities. Atualmente é CEO da AgriFatto. Desde 2007 atua no setor do agronegócio ocupando cargos como analista de mercado na Scot Consultoria, gerente de operação de commodities na XP Investimentos e chefe de análise de mercado de gado de corte na INTL FCStone.

    Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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    Por que a sustentabilidade na pecuária brasileira é essencial para o futuro

    O futuro da pecuária brasileira está diretamente relacionado à sustentabilidade. A cada ano, a taxa de pastagens degradadas diminui, mas ainda há um longo caminho a percorrer. As pastagens degradadas afetam diretamente a produção de biomassa, a captura de carbono e, consequentemente, a rentabilidade do negócio.

    As consequências da falta de práticas sustentáveis

    Para os produtores que não adotam práticas sustentáveis, o cenário econômico é desafiador. A margem líquida sobre a venda de uma arroba recuou drasticamente nas últimas décadas, dificultando a vida dos produtores ineficientes. Isso acelera a exclusão daqueles que trabalham com pastos degradados, tornando a prática pouco rentável e insustentável a longo prazo.

    O papel das políticas públicas e das pressões regulamentares

    As políticas públicas têm um papel crucial na reversão da degradação das pastagens, mas devem ser implementadas com cuidado para não marginalizar os pequenos produtores. Além disso, as pressões legais e regulamentares estão aumentando, reforçando o processo natural de recuperação das pastagens de forma consciente e equitativa.

    O que o futuro reserva para a pecuária brasileira

    A pecuária brasileira está passando por uma transformação espontânea e natural, impulsionada pela necessidade de práticas sustentáveis. Aqueles que não se adaptarem estarão economicamente fora do setor na próxima década, abrindo espaço para a chegada de produtores mais eficientes e ambientalmente conscientes.

    Em suma, a sustentabilidade na pecuária brasileira é um passo crucial para garantir o sucesso a longo prazo do setor. A pressão econômica e regulamentar está impulsionando essa mudança de forma natural, e cabe aos produtores se adaptarem a esse novo cenário para garantir a sua sobrevivência e a sustentabilidade do negócio como um todo.

    Conclusão

    É essencial que os produtores brasileiros compreendam a importância da sustentabilidade na pecuária e adotem práticas que promovam a recuperação das pastagens de forma espontânea e natural.

    *Lygia Pimentel é médica veterinária, economista e consultora para o mercado de commodities. Atualmente é CEO da AgriFatto. Desde 2007 atua no setor do agronegócio ocupando cargos como analista de mercado na Scot Consultoria, gerente de operação de commodities na XP Investimentos e chefe de análise de mercado de gado de corte na INTL FCStone. Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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