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Nova safra de soja no BR começa com atenção ao clima, pouco volume…

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Os plantadores já estão alinhados nos campos do Brasil para começar a trabalhar na safra de soja 2022/23. O período do vazio sanitário já terminou em estados como Paraná e Rondônia e as perspectivas são bastante otimistas para esta nova safra. Se o início é conhecido e está prestes a entrar em vigor, o fim já é incerto em alguns lugares.

Enquanto na maioria dos lugares o foco está no clima, trabalho de campo, insumos na propriedade, preços e produtividade, no Mato Grosso, às vésperas do início da semeadura da nova safra, há mais um ingrediente, que é a mudança na semeadura.

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No final da semana passada, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deferiu liminar que determina a alteração das datas de plantio, previamente estabelecidas para o intervalo de 16 de setembro a 3 de fevereiro. período é novamente de 16 de setembro a 31 de dezembro.

A volta ao antigo calendário foi instituída com a alteração do voto da juíza Maria Helena Póvoas, presidente do tribunal e relatora do processo, e a decisão ainda é passível de recurso. A Aprosoja Mato Grosso disse que não comentará o caso.

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Mesmo assim, os planos para o início da nova safra em Mato Grosso continuam e as perspectivas são muito importantes para o maior estado produtor de soja do Brasil. As estimativas do IMEA (Instituto Mato Grosso de Economia Agropecuária) indicam maior área, produtividade e, consequentemente, maior produção em relação à safra anterior.

A área destinada à oleaginosa deve crescer 2,9% e chegar a 11,8 milhões de hectares, o que pode bater um recorde para Mato Grosso. Com uma produtividade média esperada em torno de 58,6 sacas por hectare, a safra esperada é de 41,5 milhões de toneladas, 1,6% superior na comparação anual.

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Na última sexta-feira (9), a coordenadora de Inteligência de Mercado do IMEA, Monique Kempa, concedeu entrevista ao Notícias Agrícolas para detalhar essas perspectivas. Reveja:

O plantio em Mato Grosso começará nos próximos dias com pouco volume de soja nova já comprometida com as vendas antecipadas. No estado, segundo dados do instituto, cerca de 26,7% da produção já foi vendida até o final de agosto, com avanço de apenas 1,15% em relação a julho.

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“Com o produtor focado no início dos trabalhos de semeadura da soja no estado e as incertezas quanto ao tamanho da produção para a próxima safra, somadas à queda dos preços da soja no CME-Group, as negociações ficaram limitadas no mês de agosto “, informa o boletim semanal do Imea.

No Paraná, onde o vazio sanitário terminou no último dia 10, já há inícios pontuais de plantio. Em Cascavel, um dos principais municípios produtores de grãos do estado, a perspectiva é que a semeadura comece de fato nesta semana, já que as condições climáticas são adequadas e o caminho está livre para o início da nova safra.

Segundo o diretor do Sindicato Rural do município, Modesto Félix Daga, a área cultivada com soja deve crescer de 2 a 3% em relação à safra anterior, apesar dos custos de produção até 65% maiores na comparação anual. Esse aumento, conforme explicado por Daga, é reflexo principalmente de uma migração dos produtores de milho de verão – devido, entre outros fatores, aos ataques severos da cigarrinha – para a oleaginosa.

Apesar disso, uma das preocupações do dirigente sindical também é o baixo volume de soja 2022/23 vendido antecipadamente.

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“Hoje não temos um contrato futuro de soja. São poucas as empresas que estão fazendo um contrato futuro de soja e os preços não são atrativos por causa do nosso custo de produção. soja comprometida, a não ser algum escambo. As opções que temos deixam nossas margens muito apertado”, diz.

O início da nova safra em Cascavel foi detalhado por Daga em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, no Notícias Agrícolas, nesta segunda-feira (12). Seguir:

A Conab estima uma área com soja no Paraná de 5,780 milhões de hectares, 2% maior que a safra 2021/22 e uma produção de 20,983 milhões de toneladas, 71,3% maior que há um ano, quando o estado sofreu fortes perdas devido à clima muito adverso.

EXPECTATIVAS NACIONAIS

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que a área de soja no Brasil crescerá 3,54% nesta nova safra, atingindo o recorde de 42,4 milhões de hectares. Com uma produtividade média estimada em 59,1 sacas por hectare – 17,1% superior na comparação anual, a colheita deverá ser de 150,36 milhões de toneladas, o que poderá ser a maior safra da história da soja brasileira.

Os números são bastante ambiciosos e devem, segundo analistas e consultores de mercado, ser confirmados – com algumas estimativas de consultores privados até indicando algo em torno de 153 milhões de toneladas – apesar de ser uma safra muito cara para o produtor brasileiro e dependendo também das condições climáticas em que deve se desenvolver.

O Centro-Sul do Brasil deve receber algumas chuvas nos próximos dias em função de uma nova frente fria se deslocando para a região, conforme informou o Climatempo nesta terça-feira (13).

“Essa frente fria é alimentada por áreas de instabilidade associadas à circulação de ventos em níveis médios e altos da atmosfera, fator que reforça ainda mais as áreas de chuvas, tempestades e ventos no centro-sul do Brasil”, informou a agência.

Ainda de acordo com a Climatempo, as chuvas se espalham, nesta quarta-feira (14), por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, sul de Goiás, Paraná, e volta a chover até no interior de São Paulo, mesmo que de forma mais isolada .

O mapa abaixo mostra a previsão de chuva acumulada para o período de 12 a 16 de setembro.

Mapa meteorológico

Na imagem a seguir você pode ver a previsão do NOAA, o serviço meteorológico oficial dos EUA, para os dias 13 a 19 de setembro.

NOAA 11
Mapa: NOAA

Para o período de 20 a 26 de setembro, no entanto, as chuvas já estão melhor distribuídas, atingindo estados onde o vazio sanitário também terá sido preenchido.

NOAA 2
Mapa: NOAA

Além das chuvas, as temperaturas também são uma preocupação. Há uma onda de calor em todo Goiás, leste leste de Mato Grosso, sul do Tocantins e boa parte de Minas Gerais até a próxima quarta-feira (14). De acordo com o alerta divulgado na página oficial do Inmet, as temperaturas devem ficar 5ºC acima da média por três dias.

Ao lado do clima – que também tem a possibilidade de um novo La Niña -, a formação de margens de lucro e o avanço dos negócios também é uma preocupação.

“Esta nova safra 2022/23 é a safra com maior projeção de rentabilidade. Nunca tivemos ofertas de soja para a safra futura para esta época do ano como temos agora. a projeção de resultar na safra mais cara da história, o que acabou prejudicando a rentabilidade”, explica o diretor do Pátria Agronegócios, Matheus Pereira.

Dessa forma, a orientação de Pereira é que o planejamento comercial seja muito detalhado pelo produtor rural, para que ele reduza ao mínimo sua exposição ao risco, fazendo negócios que possam cobrir seus custos e lhe garantir alguma margem, aproveitando as oportunidades que o mercado para lhe oferecer.

“O que estamos alertando os produtores é que a safra de 2023 é uma safra em que eles precisam ao menos sobreviver, pensar em longevidade”, diz, alertando para a volatilidade que pode continuar atingindo o dólar e os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago. Intercâmbio.

No link abaixo, confira as perspectivas completas do Pátria Agronegócios na live feita no perfil do Jornalista da Soja, no Instagram:

>> Carla Mendes & Matheus Pereira no Jornalista da Soja



Fonte: Noticias Agricolas

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