morre o jornalista das coisas do campo João Castanho • Portal DBO

O jornalista João Castanho Dias faleceu no último sábado, 2 de setembro, por complicações de uma pneumonia. Além de inúmeras contribuições na mídia especializada e assessoria de imprensa, João Castanho deixou doze obras literárias, entre elas “Imprensa Rural no Brasil”, publicada em 2011.

É um levantamento sobre a trajetória dessa especialização jornalística no país e, também, uma homenagem a dezenas de profissionais que fizeram ou fazem carreira reportando o agronegócio.

Ele próprio era agricultor na cidade paulista de Santa Cruz do Rio Pardo, onde faleceu e foi sepultado. Como ele mesmo definiu, “seu campo de provas para o aprendizado que recebeu”.

Segundo Juliano Sabella Acedo, diretor de marketing da dsm-firmenich, dona da marca Tortuga e presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), “Castanho foi um grande jornalista sobre a agricultura brasileira. Buscou entender o mercado e o produtor, para entregar informações adequadas à linguagem do homem rural. Ele deixa um legado importante para a nossa imprensa especializada”.

Outra afirmação é de José Edson Rosolen, há muitos anos prestador de serviços da entidade “Leite Brasil”, ao lado de Castanho. Para ele, era um jornalista muito talentoso na arte de transmitir fatos por meio de palavras escritas. “Na primeira fase, as revistas Leite B, que mais tarde se tornou Leite Brasil; e o Anuário Milkbizz, projeto do qual fomos parceiros”.

Rosolen também ressalta que “Castanho escreveu livros maravilhosos, resgatando histórias repletas de fotos antigas que encontrou em coleções particulares. Aprendi com ele que ‘a arte de escrever é a arte de recortar palavras’, mas não sei se a frase era dele, só que gravei na memória. Ele também foi um esportista dedicado – jogou tênis durante toda a vida”..

Castanho faleceu aos 80 anos e deixa esposa, Suely Cecílio, os filhos Rocco e Ciro, além de duas netas, Flávia e Antônia.