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Mais de 60 propriedades do Pantanal serão atendidas pelo Projeto FPS • Portal DBO

A partir de 2023, o projeto Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS) será ampliado para Programa e atenderá mais de 60 propriedades rurais. Com essa expansão, um total de 75 fazendas serão atendidas pela equipe técnica do projeto.

O anúncio foi feito durante o 3º Encontro dos Produtores Sustentáveis ​​da Fazenda Pantaneira (FPS), nesta quinta-feira (1/12), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), em Cuiabá-MT.

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O projeto é coordenado pela Famato, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Embrapa Pantanal. Possui parceria com o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) e Sindicatos Rurais.

“Vamos dar continuidade e ampliar o projeto já alinhado com a nova diretoria que assumirá a gestão da Famato a partir de 2023, juntamente com as entidades parceiras Acrimat e Embrapa Pantanal. Os resultados positivos do projeto nos últimos quatro anos contribuíram para essa decisão”disse a gerente do Centro Técnico da Famato, Lucélia Avi.

Para a gerente-geral da Embrapa Pantanal, Suzana Sales, o projeto FPS é importante para manter o produtor no Pantanal.

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“A presença do povo pantaneiro é muito importante para que o bioma continue existindo em sua essência. A Embrapa Pantanal acredita que com a ferramenta FPS o pantaneiro pode produzir preservando o meio ambiente. O que o FPS propõe é que todas as atividades da fazenda sejam realizadas dentro da legislação, da biodiversidade”disse Suzana Sales.

O produtor rural de Poconé, Alcides Caetano Martins, descreveu a satisfação de participar.

“São inúmeras as referências e orientações que recebemos, mas a maior delas é o conhecimento. Produzi pensando que sabia, pensamos que sabemos, quando na verdade me faltava o conhecimento. O Pantanal é um lugar diferente e fomos recompensados ​​com a chegada do FPS. É o que precisávamos”🇧🇷

Segundo Alcides, não havia um manejo correto na fazenda e, por isso, ele não sabia lidar com as plantas invasoras.

“Não tínhamos nada a ver com a gestão, não sabíamos como lidar com os invasores e hoje estamos aqui discutindo isso. A produtividade no Pantanal estava morrendo, devido à burocracia e à falta de gestão política. A densidade de animais era baixa e agora com a chegada do Sistema Famato, da Embrapa e parceiros, através desse projeto voltamos a acreditar e a produzir mais no Pantanal”, acrescentou o produtor.

Também participaram do evento a diretora Eloisa El Hage, da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Cesar Alberto Miranda, os produtores rurais, os presidentes dos sindicatos rurais, Ida Beatriz (Cáceres), Raul Santos (Poconé) e Antônio Carlos de Carvalho (Santo Antônio de Leverger) e técnicos do Sistema Famato.

Resultados – O IMEA apresentou a conclusão das análises da safra pecuária 21/22 (junho de 2021 a junho de 2022), informou os índices zootécnicos e econômicos de área, produtividade, produção e monitoramento das propriedades rurais, com base nos dados coletados durante as visitas técnicas em os municípios de Poconé, Cáceres, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger, Itiquira e Rondonópolis.

O responsável pelo custeio da produção pecuária, Emanuel Salgado, mostrou que o ano de 2021 foi marcado pela maior retenção de fêmeas dos últimos 10 anos.

Com isso, as cotações médias da arroba do boi gordo atingiram recordes históricos. Assim, a produção de bezerros aumentou e a oferta começou a se intensificar no mercado.

Diante desse cenário, na parcial de 2022, observou-se uma queda nos preços dos animais de reposição. Isso vai refletir na menor produção de bezerros nos próximos anos e, consequentemente, a arroba do gado gordo tende a diminuir devido à maior oferta de gado. Com a queda dos preços de reposição, principal fonte de renda dos criadores, espera-se que a oferta de criadores comece a entrar no mercado.

Em relação aos índices zootécnicos, observou-se uma evolução nas fazendas do projeto FPS. Na comparação de 2020 a 2022 houve redução de um mês na idade do parto, de 33 meses para 32 meses. Outra melhora foi na taxa de gravidez, de 50% para 72%. Evolução atribuída ao manejo do pasto e à reprodução.

Segundo Emanuel, a melhor idade para o parto é por volta dos 24 meses. A média das três primeiras propriedades do projeto FPS tem 27 meses de idade.

A propriedade com maior lotação de pasto atingiu índice de 2,22 UA/ha. Para o especialista, o resultado é reflexo dos investimentos em manejo de pastagens, escoamento dos animais e parcelamento e monitoramento da propriedade.

Indicadores econômicos apontaram que em 2020 o custo médio do produtor foi de R$ 358,09. Em 2022, o custo foi de R$ 275,05. “As propriedades estão se tornando cada vez mais eficientes. O projeto tem influenciado positivamente as fazendas do Pantanal, não só as atendidas pelo FPS, mas também as do entorno”destacou Emanuel Salgado.

A seguir, Sandra Aparecida Santos, pesquisadora da Embrapa Pantanal, trouxe dois importantes temas: “Por que, onde e como introduzir pastagens exóticas no Pantanal” e “Manejo de pastagens nativas e exóticas”.

A “Lei e Regulamentação do Pantanal” foi apresentada pela superintendente de Mudanças Climáticas e Biodiversidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Gabriela Priante.

Saiba mais sobre o projeto; Clique aqui

Fonte: Ascom Famato

Fonte: Portal DBO

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