Reportagem peculiar mostra o desarrimo do maior entroncamento ferroviário da América Latina, localizado no interno de São Paulo (vídeo no final desta material)
Bauru, cidade localizada no estado de São Paulo, ostenta com orgulho o título de maior entroncamento ferroviário da América Latina. No entanto, esse grandioso patrimônio federalista que deu origem e impulsionou o desenvolvimento de dezenas de cidades está agora completamente posposto. O que antes era um símbolo de progresso e desenvolvimento agora se tornou uma cena desolada.
Ao chegar em Bauru, nos deparamos com o recinto da ferrovia, que mais parece um enorme cemitério de sucata. Essa visão de desarrimo e instabilidade política é marcante. Trilhos retorcidos e máquinas ferroviárias enferrujadas se estendem à nossa esquerda e à direita, formando um cemitério de peças e equipamentos que testemunham um pretérito glorioso agora esquecido.
Vamos relembrar alguns aspectos importantes sobre esta importante construção.
origem histórica
O entroncamento ferroviário de Bauru teve sua origem no final do século XIX, quando a Estrada de Ferro Sorocabana iniciou a construção de uma risca férrea que ligava São Paulo a Itapetininga. A localização privilegiada de Bauru, no núcleo do estado de São Paulo, fez da cidade um importante ponto de interligação entre diversas linhas ferroviárias, impulsionando seu desenvolvimento e transformando-a em um verdadeiro polo ferroviário.
É importante realçar a relevância histórica deste entroncamento ferroviário. Liga as cidades de Mairinque e Corumbá, formando uma malha ferroviária de extrema valimento para o transporte e desenvolvimento da região. A licença dessa malha foi feita pelo governo Fernando Henrique em 1996, para a América Latina Logística, atual Rumo. No entanto, é inadmissível que um patrimônio tão valioso tenha sido negligenciado a ponto de se tornar um verdadeiro cemitério posposto.
valimento estratégica
Além de ser o maior entroncamento ferroviário da América Latina, Bauru teve papel fundamental durante a Revolução Constitucionalista de 1932. A cidade foi um ponto estratégico para o transporte de tropas e mantimentos, tornando-se um polo logístico fundamental para o movimento constitucionalista.
marco da modernização
A construção e ampliação do nó ferroviário de Bauru foram fundamentais para a modernização do transporte no Brasil. Na idade, as ferrovias representavam uma grande inovação tecnológica e impulsionavam o desenvolvimento econômico do país, permitindo o escoamento de produtos agrícolas e impulsionando a integração regional.
patrimônio arquitetônico
O entroncamento ferroviário de Bauru também possui um rico patrimônio arquitetônico, que infelizmente se encontra em estado de desarrimo. Entre as edificações presentes, destacam-se as históricas estações ferroviárias, com características arquitetônicas únicas, que atestam a grandeza da idade de ouro das ferrovias no Brasil.
potencial turístico
Apesar do desarrimo, o entroncamento ferroviário de Bauru tem um enorme potencial turístico. A revitalização desse patrimônio histórico pode atrair visitantes interessados em saber a história das ferrovias do Brasil, explorar as antigas estações e considerar a formosura arquitetônica do lugar. Ou por outra, um comboio turístico que percorra os antigos caminhos ferroviários, proporcionando uma experiência nostálgica, poderá potenciar o turismo na região e valorizar ainda mais levante importante legado.
Desabrigo do maior entroncamento ferroviário da América Latina
É lamentoso pensar que esta espaço, conhecida uma vez que o maior entroncamento ferroviário da América Latina, esteja em estado tão detestável. Está em discussão um projeto de relicitação, envolvendo o valor colossal de 18 bilhões de reais. Diante desse desarrimo, é difícil confiar que a responsabilidade pelo lugar seja da empresa Rumo, concessionária que parece desconhecer completamente a situação.
Curiosamente, há boatos de que o aro ferroviário que poderia ter sido construído em Bauru está, na verdade, passando pelo estado do Mato Grosso, em direção a Três Lagoas. Enquanto isso, em Bauru, tudo continua em estado de desarrimo. Apesar da presença de um senador republicano na cidade e de todas as condições favoráveis para uma verosímil recuperação desse patrimônio, nenhum movimento significativo foi feito nesse sentido.
verosímil recuperação
No início deste ano, a Sucursal Vernáculo de Transportes Terrestres (ANTT) abriu uma proposta para a recuperação da malha ferroviária. No estudo encomendado pelo órgão federalista, foram listados centenas de ativos que devem imaginar um dos maiores ativos ferroviários do mundo em pleno funcionamento. No entanto, tanto o governo federalista quanto os órgãos fiscalizadores parecem ignorar a trágica deterioração do que custou custoso para se instalar no país.
Desde que foi privatizada em 1996, a rede Oeste acumula sucata e entulhos. Em Bauru, o recinto do Jardim Guadalajara tornou-se um verdadeiro cemitério de trens abandonados, abrigando milhares de toneladas de estruturas enferrujadas e construções de alvenaria que, em qualquer momento, representaram um investimento vernáculo de centenas de milhões de reais. O cemitério ferroviário de Bauru está reduzido a entulho, mato, plataformas destruídas e estações arruinadas.
A Sucursal Reguladora, segundo decisão do Tribunal de Contas da União, não parece ter capacidade fiscalizadora para mourejar com um passivo tão gigantesco. Enquanto isso, o governo federalista tenta mais uma vez ceder a rede Oeste a um novo responsável, na tentativa de solucionar o problema. Resta saber se esta iniciativa conseguirá resgatar todo o potencial deste entroncamento ferroviário, que já foi sinónimo de progresso e agora é exclusivamente uma sombra do que já foi. A população de Bauru e todos aqueles que presenciaram essa tragédia aguardam ansiosamente por uma solução que possa restituir a grandeza desse legado histórico, resgatando-o do desarrimo e da decadência em que se encontra.
A TV Câmara de Bauru fez uma reportagem sobre as condições deploráveis do entroncamento ferroviário e você confere inferior. Aperte o play!
Por Vicente Franzino, com informações da TV Câmara de Bauru
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