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IBGE estima safra recorde de 307,3 milhões de toneladas para 2023

    agro plantio milho 02dez2021


    Levantamento da produção agrícola de junho mostra que colheita deve registrar valor 16,8% maior que em 2022

    LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 13 de julho de 2023, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 307,3 milhões de toneladas. Trata-se de um valor 16,8% maior ou mais 44,2 milhões de toneladas do que o registrado em 2022 –quando foram 263,2 milhões. Leia a íntegra do estudo (2 MB).

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    Em comparação ao mês de maio, a estimativa assinalou alta de 0,6%, com acréscimo de 1,9 milhão de toneladas. Desse total, 1,4 milhão se refere à alta na produção do milho, cuja expectativa é de recorde na produção, assim como a de soja, trigo e sorgo.

    A área a ser colhida este ano deve ser de 76,9 milhões de hectares, representando crescimento de 5,1% em relação à área colhida em 2022, ou seja, 3,7 milhões de hectares a mais. Frente a maio, a área a ser colhida apresentou crescimento de 346.730 hectares (0,5%).

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    Os principais destaques da safra de 2023 são as estimativas da produção de soja, milho, trigo e sorgo, que estabeleceram novos recordes. No caso da soja, a produção deve chegar a 148,4 milhões de toneladas –alta de 0,1%.

    Eis as estimativas (em toneladas) em relação aos tipos de safra:

    • milho: 124,5 milhões (28,1 milhões na 1ª safra e 96,3 milhões na 2ª);
    • arroz: 10 milhões;
    • trigo: 10,6 milhões;
    • algodão: 6,9 milhões;
    • sorgo: 3,8 milhões.

    “Há um conjunto de fatores positivos. Com exceção do Rio Grande do Sul, o clima tem estado muito bom, especialmente para os produtos de 2ª safra como o milho, cuja produção cresceu muito. Outro fator é que o ano agrícola começou no período certo, não teve atraso no plantio da safra de verão, o que possibilitou uma colheita, especialmente da soja, no tempo certo. A janela de plantio do milho de 2ª safra foi muito boa, logo após a colheita da safra de verão em janeiro e fevereiro. Isso favorece a colheita do milho de 2ª safra que está ocorrendo agora em julho e agosto. E por fim, o aumento dos preços internacionais levou o produtor a ampliar o plantio”, analisa Carlos Barradas, gerente do LSPA.

    A produção do trigo também pode vir a ser recorde caso se mantenham as condições climáticas favoráveis. O país importa uma quantidade pequena de trigo, mas a produção tem crescido bastante por causa da elevação dos preços internacionais com a guerra da Rússia e da Ucrânia, levando os produtores a investirem mais em tecnologia e na ampliação do plantio.

    “Mas ainda dependemos que o clima ajude, pois existe uma previsão do fenômeno El Niño, que pode provocar secas, especialmente no sul do país”, afirmou Barradas.

    Já a soja teve um pequeno aumento na produção, o que faz com que mantenha a previsão de recorde. A alta se deve ao aumento na produção do Tocantins em relação a maio. “Nos Estados do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia] o plantio da soja atrasa em relação ao resto do país. Com isso, eles têm maior capacidade de alterar o dado de produção. Este mês, o Tocantins foi o responsável prevendo crescimento de 6,6%”, declarou Barradas.

    Produção nacional: MT lidera

    Com 30,9% de participação, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, seguido por Paraná (15,2%), Rio Grande do Sul (9,6%), Goiás (9,6%), Mato Grosso do Sul (8,9%) e Minas Gerais (5,9%), que, somados, representaram 80,1% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,7%), Sul (27,1%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,1%).

    As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, foram em Mato Grosso do Sul (1.344.621 t), Tocantins (305.207 t), Minas Gerais (123.674 t), Pará (91.192 t), Maranhão (27.045 t), Rondônia (27.020 t) e Espírito Santo (378 t). Já as negativas foram em Ceará (- 3.051 t), Alagoas (-1.908 t), Rio de Janeiro (-305 t) e Amapá (-61 t).

    Como é o levantamento

    Implantado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, o LSPA fornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país. Permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro. Acesse os dados no  Sidra.


    Com informações da Agência IBGE.

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