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Ibama e Sema explicam destruição de equipamentos em Mato Grosso

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De 2020 a 2022, a Sema apreendeu mais de 1.000 equipamentos, mas apenas 3% das apreensões foram de destruição

Ontem (4), na Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, foi realizada reunião para discutir as últimas ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) no estado . As ações resultaram na queima e destruição de máquinas e bens.

A presidente interina da Assembleia Legislativa, a deputada Janaina Riva (MDB), disse que as operações são importantes para combater a ilegalidade no Mato Grosso, mas devem ser feitas com cautela para que as propriedades sejam legalizadas.

“É preciso respeitar os direitos humanos, ambientais, patrimoniais e de ampla defesa, buscando soluções sustentáveis ​​e justas para os problemas do nosso estado. Mas para que isso aconteça é fundamental dar alternativas para que esses proprietários possam se defender das acusações de depredação do meio ambiente”Riva disse.

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O secretário de Estado do Meio Ambiente (interino), Alex Marega, explicou que as ações realizadas pela Sema visam frear o desmatamento e as queimadas ilegais no Mato Grosso. Mas para isso é preciso identificar os infratores e também retirar os equipamentos utilizados nas práticas ilícitas.

“Nosso objetivo é identificar o infrator e a partir daí usar os meios que o Estado tem para retirar o equipamento. É uma medida excepcional quando se trata de uma área de difícil acesso, quando não temos identificação de quem é o proprietário da área – não está no Cadastro Ambiental Rural – não conseguimos convencer o operador da máquina a retirá-los. Mas é uma das medidas que a Sema tem”explicou Marega.

Mas, segundo ele, a Sema pode inutilizar o equipamento e uma das medidas adotadas é o uso do fogo. “Foi o caso que aconteceu em União do Sul. Mas foi uma medida excepcional. De 2020 a 2022, a Sema apreendeu mais de 1.000 equipamentos, mas apenas 3% das apreensões foram destruídas. O fogo não foi usado, mas outros meios de incapacitá-los”disse Marega.

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Segundo Marega, a Sema tem atuado dentro da lei. Mas onde está ocorrendo crime ambiental, a secretaria tem atuado para evitar danos maiores à natureza. “O compromisso que assumimos é aprimorar os procedimentos da Sema, para que a medida não fique mais excepcional”ele disse.

Para a Sema, significa retirar o equipamento e entregá-lo a um ente público que fará melhor uso dele.. “O custo da remoção do equipamento é suportado pelo Estado. Hoje, o Estado tem contrato com um caminhão plataforma para retirar os equipamentos. Nunca que o custo de remoção seja suportado pelo proprietário da máquina”disse Marega.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Minerais da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Avallone (PSDB), afirmou que o Parlamento é contra a destruição de equipamentos utilizados em crimes ambientais. Segundo ele, vários crimes acontecem no país, como, por exemplo, o narcotráfico, mas os aviões e helicópteros não são destruídos pelas autoridades.

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Carlos Avallone – deputado estadual do PSDB

“Quando drogas e veículos são apreendidos, apesar de absurdos, os criminosos têm o direito de se defender. No caso de crime ambiental, embora o crime seja grave, a justiça é feita na hora e a pessoa não tem como se defender. A queima é feita na hora. Defendo que os equipamentos apreendidos sejam doados para associações de pequenos agricultores e até para prefeituras. Não podemos pegar um equipamento que custa até um milhão de reais e queimá-lo.”defendeu Avallone.

A superintendente adjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Cibele Ribeiro, afirmou que a destruição de equipamentos apreendidos está prevista no Decreto Federal nº 6.5142.008 e na Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/1998, que regulamenta os crimes ambientais.

“Por isso, quando os equipamentos apreendidos estão dentro de terras indígenas, unidades de conservação e projetos de assentamento são destruídos. Na impossibilidade de logística, os agentes encontram dificuldades para retirá-los. Mas fora dessas áreas, o correto é encaminhar para prefeituras, prefeituras e até mesmo pessoas jurídicas que queiram se cadastrar como fiduciário sejam bem vindas”disse Ribeiro

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Ribeiro afirmou que apenas 3% dos equipamentos apreendidos são destruídos e 97% são entregues a curadores ou encaminhados às prefeituras. “O devido processo legal é respeitado pelo Ibama. O Instituto tem um trabalho de inteligência passado, quando recebemos a demanda do Ministério Público. Portanto, identificamos que as pousadas localizadas no entorno das terras indígenas não possuíam nenhuma licença ambiental. Portanto, configurou-se como crime ambiental, razão pela qual foi utilizada a medida mais drástica, pois não foi possível regularizar”ele disse.

O deputado Gilberto Cattani (PL) afirmou que tanto o Ibama quanto a Sema agiram dentro da lei quando as casas construídas (ilha do Juruena) em áreas indígenas foram destruídas. “São coisas da lei brasileira. Eles têm autonomia para fazer isso, mas nós tentamos chegar a um acordo para salvar o patrimônio das pessoas à custa de destruí-los. Mas a lei permite esses atos. Vamos ver como minimizar esses danos. Não é culpa do Ibama ou da Sema, eles estão cumprindo a lei”disse Cattano.

Por ALMT

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Fonte: Noticias Agricolas

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