O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a pasta está trabalhando em conjunto com a equipe econômica para buscar a complementação do orçamento do programa de subsídio do seguro rural (PSR) para este ano.
“Orçamento é sempre difícil. Há alguns anos, (o setor) tentou essa complementação e o país sempre deixa algo em torno de R$ 1 bilhão disponível. Estamos trabalhando com o ministro da Fazenda, (Fernando) Haddad, e com a equipe econômica para complementação”disse Fávaro a jornalistas nesta quinta-feira (17), após assinar os contratos do Funcafé.
Os recursos prometidos para o PSR em 2023 somam R$ 1,06 bilhão, enquanto o setor produtivo e o ministério pedem um total de R$ 2 bilhões por ano, o que exigiria um orçamento extra de R$ 1 bilhão. No final de junho, a Comissão de Execução Orçamentária (JEO) negou os pedidos de verbas adicionais do ministério.
O ministro informou ainda que a pasta estuda a revisão do modelo de seguro rural no país, em meio à saída de seguradoras do setor e denúncias de sinistros.
“Precisamos pensar em um modelo mais eficiente com algoritmos e um modelo com mais tecnologia para não só correr atrás do orçamento para equalizar o seguro, mas ter um novo modelo para a próxima safra”apontou.
Fávaro observou que o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, apresentou a ele a sugestão do modelo de seguro rural mexicano. “Ele (modelo mexicano) parece interessante e adaptável ao Brasil”, ele disse. O sistema mexicano prevê vincular pagamentos de compensação a parâmetros de dados meteorológicos em até três níveis.
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