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FPA recebe governadores para tratar de invasão de propriedade produtiva e…

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Estiveram presentes no encontro desta terça-feira (25) o paranaense Ratinho Júnior, o goiano Ronaldo Caiado e o mato-grossense Mauro Mendes

Na semana em que deve ocorrer o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar invasões de propriedades privadas no Brasil, a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) recebeu governadores e representantes de diversos estados em reunião ordinária do banco. A paz no campo foi o ponto principal do debate.

Os governadores Ratinho Júnior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além de representantes dos governos do Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins foram unânimes em exigir medidas emergenciais que possam acabar com a insegurança da população rural.

Para o presidente da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), o problema atinge todo o país e gera preocupação generalizada.

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“Além dos estados aqui representados terem características econômicas ligadas à agricultura, temos certeza de que todos se dedicam ao combate aos crimes contra a propriedade privada. Saímos da reunião com uma ideia muito clara, não aceitaremos crimes dessa natureza em 2023”, disse Lupion.

“Tratamos das experiências de cada um dos estados na área de segurança pública, na área de regularização fundiária e também na questão do direito de propriedade e segurança jurídica dos produtores. característica econômica clara em relação à agricultura, pecuária, são estados que respondem por grande parte da produção agropecuária nacional e que precisam ter chefes do Executivo comprometidos com a segurança jurídica e com os produtores”, disse o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR) no uma conferência de imprensa.

Disse ainda que o momento é crucial para a apuração de todos os envolvidos e apuração de responsabilidades. “Foi uma iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-PR), falar sobre a leitura dos requerimentos. A FPA estará presente e vamos influenciar na escolha dos associados”, disse.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO) reiterou o compromisso do Estado com a segurança da população rural. Segundo ele, o momento que o Brasil vive exige que os governadores conversem com o Congresso, compartilhem experiências e sugestões. Caiado alertou que todas as autoridades devem estar atentas na fiscalização de movimentos que cometam crimes.

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“A questão das invasões não vem de hoje. Os avanços que conquistamos em nosso Estado podem ser vistos aqui hoje, e ficam como uma possibilidade de implementação para o futuro. Não podemos brincar com o avanço dessas facções que invadem e destroem. Precisamos estar preparados”, disse o governador de Goiás.

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD-PR), afirmou que o Estado combate com firmeza os crimes e destacou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) poderá rever a portaria que dificulta a reintegração de posse com mais celeridade. Segundo ele, durante a pandemia, houve suspensão de reintegrações e despejos, por conta do Coronavírus.

“Desde 2019 estamos trabalhando para cumprir a lei. Fizemos 109 reintegrações de posse até agora e tivemos uma queda enorme em arrombamentos. Isso demonstra, para quem planeja esse crime, que o Paraná não admite essas irregularidades. Há, porém, a necessidade de o CNJ nos dar celeridade para essas reintegrações e fechar as burocracias”, frisou.

Mauro Mendes (União-MT), governador do Mato Grosso, foi enfático ao dizer que é possível acabar com a questão das invasões de terras, caso as penas sejam endurecidas. Para ele, o lema deveria ser “tolerância zero” para quem comete tais crimes.

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“Não podemos ter medo de tomar decisões dessa magnitude. Ninguém concorda com invasões de propriedade privada. O país é refém de algumas organizações criminosas, mas isso vai acabar. Felizmente, a FPA tem estado a mobilizar-se para que isso aconteça, na luta pela aprovação de Projetos que aumentem as sanções”, concluiu.

Estiveram presentes ao encontro o diretor de Relações Institucionais do Estado do Piauí, Erick Elysio, a secretária executiva do Rio Grande do Sul, Patrícia Kotlinski e o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária do Tocantins, Jaime Café de Sá. Todos foram unânimes em reafirmar seu compromisso com a paz no campo e a segurança da população rural.

O que dizem os deputados

A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO), afirmou que a FPA, assim como o Estado de Goiás, que ela representa, tem tomado medidas severas em relação às invasões, e que é só o começo. “Não vamos dar chance para que esse tipo de crime ocorra e com o advento da CPI vamos aprofundar ainda mais essas punições. É um orgulho fazer parte do lado que se dedica ao sucesso do setor agrícola e do Brasil”.

O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor do Projeto de Lei 1198/2023, que torna mais rígida a pena de posse, entende que a atual punição para quem invade é um convite à impunidade. “Peço o apoio da bancada para aprovar o projeto que prevê o aumento da pena para o crime de invasão. Precisamos aplicar uma lei dura que faça os invasores pensarem duas vezes antes de agir.”

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Nelson Padovani (União-PR) relembrou a visita da delegação brasileira à China nas últimas semanas, com a presença do líder de um dos movimentos, que chegou a anunciar invasões em todo o país. “Quando eu vejo o Presidente da República viajando com alguém assim, acaba passando uma imagem ruim para o mundo. Precisamos nos unir em favor dos direitos de propriedade”.

prazo

A expectativa para a discussão do PL 490/2007, que trata do prazo para a demarcação das terras indígenas, também foi abordada na reunião desta terça-feira. Segundo o presidente Pedro Lupion, o tema tem tudo a ver com segurança em campo.

“A questão do prazo vai nos ajudar muito na segurança jurídica que precisamos. Precisamos estar preparados como bancada, ainda mais com o anúncio da retomada da discussão no Judiciário”, explicou.

Recentemente, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, anunciou que no próximo dia 7 de junho o julgamento sobre a demarcação de terras indígenas voltará à pauta com o julgamento do Recurso Extraordinário (RE – 1017365) , que discute se a data de promulgação da Constituição Federal deve ser adotada como marco temporal para definição da ocupação tradicional de terras pelos povos indígenas.

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A FPA não é contra a lei indígena. A bancada defende o direito de propriedade e justa indenização aos proprietários que tiverem suas terras demarcadas, além da segurança jurídica como fonte de credibilidade na atração de investimentos e desenvolvimento brasileiro. Um direito não pode sobrepor-se ao outro.

Veja a íntegra da coletiva de imprensa da FPA com os governadores:



Fonte: Noticias Agricolas

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