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Fazendas leiteiras alcançam desempenho expressivo com apoio do Senar/SC

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O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) voltado à produção de Bovinos de Leite apresentou resultados expressivos em 2022. A iniciativa, do Sistema Faesc/Senar/SC, cumpre com sucesso sua missão de fortalecer um modelo que prioriza a melhoria da produtividade e da qualidade, contribuindo aumentar a renda e a qualidade de vida do produtor e sua família.

Segundo o presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, em 2022 o programa voltado para a pecuária leiteira contabilizou 72 grupos com 2.050 produtores no Estado. “Promovemos 60 edições de dias de campo e oficinas técnicas com 2.350 participantes com excelentes resultados. ATeG também forneceu mais de 32.000 testes de tuberculose com 99,72% de resultados negativos. Nossas expectativas para este ano são ainda melhores, pois o objetivo é continuar investindo na profissionalização da cadeia produtiva para que o produtor possa inovar cada vez mais e, com isso, oferecer ao mercado um produto de alta qualidade”.

O superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi, destaca que o ATeG é um dos programas de maior sucesso no setor produtivo e os resultados, ao longo de sua trajetória, comprovam isso tanto em números quanto em inovações na gestão e no processo produtivo. . “Desde 2016, mais de 5.200 produtores de leite em 209 municípios catarinenses foram atendidos. Ao visitarmos as propriedades, ouvimos relatos surpreendentes e observamos mudanças impactantes nas técnicas de produção e gestão, tornando a produção mais eficiente e rentável”.

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Para a coordenadora do programa, Paula Araújo Dias Coimbra Nunes, o sucesso do ATeG motiva cada vez mais a formação de novos grupos, já que a procura de vagas por parte dos produtores é grande. “2022 foi marcado por desafios, mas mesmo diante das dificuldades tivemos ótimos resultados. Isso foi possível graças à significativa participação do nosso público-alvo e ao empenho de todas as nossas equipes que não mediram esforços para atingir as metas”.

CONHEÇA OS RESULTADOS ATEG LEITE EM TRÊS PROPRIEDADES

74% DE CRESCIMENTO NA PRODUÇÃO DE LEITE

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Localizada no assentamento Zumbi dos Palmares, em Passos Maia, na Zona Oeste, a propriedade da Granja Marcon, do produtor Leomar Marcon e sua família, foi adquirida em 2006 e o ​​trabalho era voltado para a agricultura. As atividades na área leiteira começaram em 2008 com apenas cinco vacas. Em 2016, com 35 animais em lactação, houve um período de dificuldades com perda de lavouras por granizo, venda de novilhas e brucelose bovina (sanada em 2018).

Em 2018, a família ingressou em um grupo ATeG e, após o diagnóstico da propriedade com identificação de fragilidades, fortalezas, oportunidades e ameaças, começaram as inovações. Foram trabalhados aspectos como correção do solo, planejamento forrageiro, manejo do pasto, criação de novilhas e novilhas, manejo pré-parto, sistema de ordenha com 120 vacas em lactação, criação de sala de ordenha e cocho de alimentação, controle leiteiro e manejo nutricional, foram trabalhados. entre outros. Em 2021 a propriedade foi certificada como estabelecimento livre de brucelose e tuberculose.

Segundo Marcon, a produção anual de leite cresceu 74% nos últimos quatro anos. A produção média vaca/dia aumentou 17%, a margem bruta cresceu 142% e a margem líquida aumentou 195%.

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O trabalho da ATeG foi orientado pelo técnico de campo Marcelo Foresti, acompanhado do supervisor técnico Fernando da Silveira e do supervisor regional Helder Jorge Barbosa. O Sindicato Rural de Ponte Serrada é parceiro nas ações do projeto na região.

AUMENTO DE 170% NA MÉDIA DE LITROS/LEITE POR HECTARE

Adquirida em 1998, a propriedade de Volmir Vilanova e Sandra Fátima Vilanova, localizada na Linha Guarani Formosa do Sul, iniciou a atividade leiteira em 2000 com a aquisição de 23 novilhas Jersey. Em 2008, a família ingressou no setor avícola e em 2013 abandonou a pecuária leiteira. Em 2014 retomou a atividade com a aquisição de 19 vacas e 30 novilhas. A média do rebanho foi de 25 vacas em lactação.

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Em 2018 encerrou-se a atividade avícola e em 2019 a família integrou um grupo leiteiro ATeG. Com uma área de 11 hectares dedicada à atividade, o rebanho contava com 71 animais (25 vacas em lactação). A produção média foi de 5.000 litros por mês e 6,15 litros/vaca/dia.

Com o ATeG, as tarefas operacionais foram organizadas com os familiares e o funcionário da propriedade com tarefas pré-estabelecidas. Inventário detalhado de recursos, planejamento estratégico e forrageiro foram implementados. Também foram feitas adequações no rebanho, adaptações tecnológicas, manejo econômico e zootécnico da atividade, além de novas técnicas de criação de novilhas e novilhas, entre outros.

Com isso, os indicadores econômicos e produtivos evoluíram consideravelmente. A produção de leite aumentou 372% no período de 2019 a 2022; vacas em lactação aumentaram 72%; a média de litros/leite por hectare anual aumentou 170% e o preço médio do leite aumentou 84,5%. Os custos de produção também aumentaram, devido principalmente ao aumento dos preços dos insumos – o custo operacional efetivo (ECO) cresceu cerca de 106% e o custo operacional total (TOC) 72%. Porém, vale destacar o aumento das margens, representando a melhora da rentabilidade, ou seja, a margem bruta por litro cresceu 82,8% e a margem líquida aumentou 146%, de 2019 para 2022. foram significativas, pois a contagem de células somáticas ( SCC) diminuiu 233% e o PCC diminuiu 883%.

Para o futuro, a família planeja construir um novo centro de gerenciamento de ordenha; aquisição de equipamentos de ordenha com medição eletrônica, extração automática e lavagem automática. Pensando no conforto térmico, também será implantado o sistema de aspersão e confinamento total das vacas. Outro objetivo é aumentar 90 vacas em lactação e buscar a transformação de dois hectares de plantação de braquiárias em plantações de alimentos preservados.

Volmir Vilanova e Sandra Fátima Vilanova são auxiliados pela técnica de campo Cidiane Petkovicz Pozza, pelo supervisor técnico da ATeG, Leandro Simioni, e pelo supervisor regional do Senar/SC, Helder Jorge Barbosa. A iniciativa conta com a parceria do Sindicato Rural do Quilombo.

CRESCIMENTO DE 145,7% NA PRODUÇÃO MÉDIA MENSAL

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Localizada na Linha Jorge Lacerda, em Dionísio Cerqueira, a propriedade dos produtores Diego Rodrigo Voltolini e Daniele Caroline Arnold possuía, em 2018, 15 vacas em lactação e pastagens anuais e perenes. Atualmente, a fazenda possui 17 hectares – 10,5 hectares de pastagens anuais e três de pastagens perenes, além de instalações, 17 vacas em lactação, três vacas secas e nove novilhas.

Ao ingressar na ATeG em 2018, os desafios da família incluíam planejamento e controle de gestão, entre outras estratégias. As atividades realizadas incluíram caracterização da propriedade, seleção de animais, melhoramento do solo e pastagens, manejo animal (bem-estar), criação de novilhas e novilhas, controle leiteiro, entre outras iniciativas voltadas ao pré-parto, manejo nutricional, terceiro tratamento, identificação de doenças, qualidade do leite , instalações e inseminação. Também foram implementadas melhorias nas técnicas de manejo do solo, inovação nas instalações, técnicas de qualidade do leite, silagens, equipamentos, entre outros.

Os resultados foram expressivos. No primeiro mês de visitas, a produção foi de 4.600 litros e, no último mês, chegou a 18.214 litros – um aumento de mais de 200%. Considerando a produção média mensal de todo o período de monitoramento da ATeG, a produção aumentou 145,7%. A produção vaca/dia somou mais de 100% nos últimos quatro anos e a contagem bacteriana total (CBT) reduziu em 95,5% e a CCS teve uma redução de mais de 82%.

O custo operacional total aumentou 47% e a margem unitária líquida aumentou 54%. Entre as conquistas após as inovações, os produtores apontam independência financeira, qualidade de vida, além da participação em cursos de inseminação/cilindro de sêmen, Técnico em Agronegócios e Programa CNA Jovem. A propriedade também possui um Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose.

Os próximos desafios incluem planejamento de melhorias na Sala de Tratamento, Canalização na Sala de Ordenha, água nos piquetes, sombreamento nas pastagens, compra de silos e sala de parto.

Os produtores foram assessorados pela técnica de campo Raquel R. Fornazari, pelo supervisor técnico Fernando Schneider e pela supervisora ​​regional Grasiane Viêra. O Sindicato Rural de Dionísio Cerqueira é parceiro dos grupos ATeG da região.



Fonte: Noticias Agricolas

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