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Exportações do agro crescem 14% em volume e 4,5% em receita no 1º semestre

    Exportações do agro crescem 14% em volume e 4,5% em receita no 1º semestre

    Foto: Claudio Neves/APPA/Divulgação

    As exportações brasileiras de produtos agrícolas continuaram avançando no primeiro semestre de 2023. Como mostra pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizada com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior – sistema Siscomex, o faturamento do setor em dólares cresceu 4,5% no primeiro semestre, impulsionado pelo maior volume embarcado – que aumentou 14% –, já que os preços médios em dólares caíram um pouco mais 8%.

    Segundo pesquisadores do Cepea, o milho foi o produto que registrou maior crescimento no volume embarcado (86%), enquanto a soja em grão teve o maior volume exportado (representando 49% de todo o volume vendido pelo agronegócio brasileiro e 40% do valor gerado). pela receita em dólares). Assim, o ano foi bastante favorável para os produtos do complexo soja e dos setores sucroalcooleiro e florestal.

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    Em relação aos preços, pesquisadores do Cepea destacam que, desde meados de 2022, os preços dos alimentos apresentam tendência de queda, conforme indica o índice das Nações Unidas (FAO). Esta redução dos preços médios dos alimentos e da energia no mercado internacional deve-se ao abrandamento do ritmo de crescimento da procura global em 2023, com destaque para os problemas enfrentados pela China mais recentemente, e ao aumento da produção mundial.

    Expectativas

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    Para o segundo semestre, o comportamento dos preços internacionais das commodities dependerá do tamanho da colheita no Hemisfério Norte e da ocorrência de eventos inesperados no período.

    Para a taxa de câmbio, a expectativa dos agentes do mercado financeiro é que ela fique em torno de 5 reais/US$ no segundo semestre; contudo, o aumento contínuo das taxas de juros no mercado norte-americano deverá atrair mais capital para aquele país, pressionando o valor do dólar em todo o mundo, inclusive no Brasil. Além disso, já é previsível que a inflação no Brasil aumente ligeiramente nos próximos meses, mas feche em torno de 4% no acumulado do ano. Com isso, o efeito combinado de ambos sobre a rentabilidade do setor em reais não deverá resultar em grandes oscilações nos próximos meses.

    Terminada a colheita e com a moeda mais estável, resta ao setor agroexportador torcer para que os preços não sejam muito depreciados no mercado internacional para que o montante de US$ 160 bilhões possa ser superado e bater mais um recorde de receita este ano.

    Cepea

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