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Exportações de suco de laranja fecham com volume estável e maior receita

As exportações de suco de laranja (FCOJ equivalente a 66 Brix) da safra 2022/23, encerrada em 30 de junho passado, terminaram relativamente estáveis ​​em relação ao volume embarcado no período anterior. Com leve queda de 0,81%, os embarques registraram 1.028.580,26 toneladas, ante 1.036.945 toneladas embarcadas na safra 2021/22. Em receita, porém, houve avanço de 16,05%, totalizando US$ 2,038 bilhões, ante US$ 1,756 bilhão na safra anterior. Os dados são do Departamento de Comércio Exterior, compilados pela CitrusBR. “Os números refletem dois aspectos importantes: o primeiro é uma certa restrição na oferta decorrente de três safras relativamente pequenas em sequência e o segundo é uma maior valorização do produto, justamente por conta dessa restrição”, explica o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Neto.

A Europa continua sendo o principal mercado para o produto brasileiro com 548.053 toneladas embarcadas, uma queda de 16,23% em relação às 654.242 toneladas embarcadas no período anterior. A receita total do velho continente foi de US$ 1,10 bilhão, uma pequena queda em relação aos US$ 1,12 bilhão da safra anterior.

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Já os embarques para os Estados Unidos aumentaram 55,3%, totalizando 328.089 toneladas ante as 211.247 toneladas exportadas na safra 2021/22. As vendas saltaram de US$ 384,8 milhões para US$ 691,5 milhões. “O aumento das exportações para os Estados Unidos está em linha com a maior demanda por suco neste mercado, que foi muito afetado nos últimos anos por eventos climáticos e, principalmente, pelo greening, doença que afeta severamente os pomares do país”, avalia Netto.

No caso do Japão, houve queda de 19,9%, passando de 41.141 toneladas na safra passada para 32.928 no ciclo 2022/23 com receita praticamente estável. Na safra 2022/23, as vendas fecharam em US$ 68,1 milhões, ante US$ 69,6 milhões na safra anterior.

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A China ficou praticamente estável, com 81.288 toneladas embarcadas na safra 2022/23 ante 81.597 toneladas no período anterior, representando uma queda de apenas 0,38%. No entanto, seguindo a tendência de alta observada em outros mercados, as vendas atingiram US$ 242 milhões ante US$ 95 milhões no período anterior. “É interessante notar que as duas últimas safras foram as melhores da série histórica para a China, mesmo em anos de preços altos, o que é uma novidade para este mercado”, analisa o diretor-executivo.

Outros mercados totalizaram 37.885 toneladas e US$ 65,5 milhões em vendas. Netto avalia que há espaço para o suco de laranja crescer em outros destinos. Um exemplo é a Coreia do Sul, que no passado consumia mais de 30 mil toneladas e hoje praticamente não compra mais do Brasil. “Enquanto o Brasil paga uma tarifa de 54% para acessar o mercado sul-coreano, a União Europeia entra com tarifa zero, então fica praticamente impossível competir”, diz. Segundo ele, é importante que o Acordo Mercosul/Coreia do Sul seja concluído e traga mais oportunidades para o setor.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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