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Evite Acidose Ruminal em Vacas Leiteiras!

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A acidose ruminal: uma ameaça ao gado leiteiro

Identificação, prevenção e tratamento

A acidose ruminal é uma das principais afecções que afetam o gado leiteiro, causando prejuízos produtivos e econômicos significativos. É essencial compreender como identificar e tratar os casos no rebanho, a fim de evitar e prevenir a ocorrência dessa doença.

A acidose ruminal ocorre devido a um desequilíbrio no pH do rúmen, levando a níveis excessivamente baixos de acidez. Isso resulta em uma disbiose nos grupos de bactérias e protozoários mutualísticos do rúmen. Para que a doença se desenvolva, é necessário que ocorra algum problema no manejo nutricional, principalmente relacionado ao consumo de carboidratos de fácil digestão e a uma dieta pobre em fibras.

Neste artigo, discutiremos sobre a acidose ruminal, suas classificações, os fatores predisponentes, as manifestações clínicas e secundárias, os métodos de diagnóstico, os prejuízos causados e as formas de prevenção.

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Fatores predisponentes

Para que ocorra uma queda acentuada no pH ruminal, caracterizando a acidose, é necessário um consumo exagerado de carboidratos solúveis. Os cenários mais propensos a isso estão relacionados a erros no manejo nutricional. Alguns exemplos incluem a falta de adaptação a uma nova dieta, intervalos espaçados de fornecimento de alimentos e alimentos concentrados, e uma dieta desequilibrada.

Outros fatores importantes incluem a mistura inadequada da dieta total, a seleção de alimentos concentrados pelos bovinos, a falta de fibra efetiva na dieta e o acesso livre dos animais a depósitos de ração. O estresse, como o estresse térmico, também pode influenciar a ocorrência da acidose ruminal.

Manifestações clínicas

A acidose ruminal pode causar diversas alterações sistêmicas, como diminuição da motilidade ruminal, desidratação e diminuição da perfusão sanguínea. Os sinais clínicos podem variar dependendo do tipo de acidose, mas incluem anorexia, desidratação, diarreia, decúbito esternal e depressão do estado geral.

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Manifestações secundárias

A acidose ruminal pode desencadear outras doenças, como rumenite e laminite asséptica, devido às lesões no rúmen e à absorção de lipopolissacarídeos. Também pode afetar a síntese de gordura do leite, resultando em queda na qualidade do produto.

Diagnóstico e prevenção

O diagnóstico da acidose ruminal é baseado no histórico da propriedade e em exames complementares, como análise do suco de rúmen. Para prevenir a doença, é fundamental realizar uma adaptação gradual à mudança de dieta, fornecer alimento de forma adequada e garantir o acesso constante aos alimentos.

A acidose ruminal pode causar prejuízos significativos ao produtor, tanto em termos de tratamento e medicamentos quanto em perda de produtividade. Portanto, é essencial adotar medidas preventivas para evitar essa doença e garantir a saúde e o bem-estar do gado leiteiro.

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Referências:

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Sumário

1. Introdução

1.1. Acidose ruminal e seus impactos

2. Identificação da acidose ruminal

2.1. Desequilíbrio do pH do rúmen

2.2. Falhas no manejo nutricional

3. Classificações da acidose ruminal

3.1. Acidose Ruminal de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (ARAGCC)

3.2. Acidose Lática Ruminal (ALR)

4. Fatores predisponentes

4.1. Falta de adaptação a dieta nova

4.2. Intervalos espaçados de fornecimento de comida

5. Manifestações clínicas

5.1. Alterações sistêmicas e sintomas

5.2. Sinais clínicos da ALR e ARAGCC

6. Manifestações secundárias à acidose ruminal

6.1. Rumenite e suas consequências

6.2. Laminite asséptica e alterações na composição do leite

7. Diagnóstico da acidose ruminal

7.1. Histórico da propriedade e exames complementares

7.2. Análise do suco de rúmen

8. Prejuízos causados pela acidose ruminal

8.1. Impacto na produtividade

8.2. Descarte precoce de animais e mortalidade

9. Prevenção da acidose ruminal

9.1. Adaptação gradual de vacas leiteiras

9.2. Cuidados com o manejo nutricional

A acidose ruminal tem sido uma das principais afecções, que acometem o gado leiteiro. Uma vez que se sabe dos prejuízos produtivos e econômicos gerados em decorrência da doença, é fundamental entender como identificar os casos no rebanho e quais condutas tomar para evitar e prevenir sua ocorrência.

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A manifestação da acidose é consequente de um desequilíbrio do pH do rúmen, resultando em níveis excessivamente baixos de pH. Ou seja, disbiose dos grupos de bactérias e protozoários mutualísticos do rúmen.

Para desencadeamento da enfermidade é necessário que ocorra alguma falha no manejo nutricional, principalmente quando se refere a carboidratos de fácil digestão, solúvel ou não estruturais e também por uma dieta pobre em fibras. 

Nesse artigo iremos discutir sobre a acidose ruminal, suas classificações, os principais fatores predisponentes, as manifestações clínicas e as manifestações secundárias a doença, maneira de diagnosticar, os prejuízos que ela traz e formas de prevenção.

Há duas classificações, onde a faixa de pH e ácidos predominantes são os critérios para a categorização: Acidose Ruminal de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (ARAGCC) e Acidose Lática Ruminal (ALR).

 

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Fatores Predisponentes

Para que o pH ruminal apresente queda acentuada, caracterizando a acidose, é necessário que haja um consumo exacerbado de carboidratos solúveis. Logo, os cenários mais propensos são definidos por algum erro no manejo nutricional ou algum fator que tenha impacto sobre ele. 

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Portanto, a priori, as falhas que podem ser apresentadas no manejo normalmente estão associadas com:  

  • Falta de adaptação a dieta nova – Comum em período pós-parto – Momento que aumenta a energia na dieta para favorecer a produção de leite. 
  • Intervalos espaçados de fornecimento, de modo que provoque jejum intenso. 

O primeiro ponto está relacionado com a introdução de animais sem adaptação prévia a lotes já adaptados a uma dieta mais rica em concentrados

É comum, por exemplo, que vacas, as quais se encontravam no período seco, ao retornarem à lactação, passem a receber um modelo de dieta diferente do anterior. Ou seja, a prioridade em receber alimentos com maior teor de volumoso passa a ser uma alimentação rica em carboidratos, a fim de otimizar a produção. 

Um cenário similar pode ocorrer com primíparas, perante à mudança de dieta, mas também ligado ao consumo elevado a cada ingestão. Uma vez que ao serem introduzidas ao lote de multíparas diminuem a frequência de visitação ao cocho e consequentemente consomem muito a cada visita. 

Vale ressaltar que nos primeiros 160 dias de lactação, com destaque aos dias 100 e 130, há a tendência de maior consumo de matéria seca e concentrados, dessa forma, aumentando a suscetibilidade para que o problema ocorra. 

Em segundo lugar, animais com tempo elevado de privação de comida também estão sujeitos ao desencadeamento da enfermidade. Já que, ocorre o exagero no consumo de ração após o período de abstinência, seja por falta de comida no cocho ou em casos de disputa por espaço de cocho. 

Em casos de jejum prolongado tem-se interferência na população de bactérias lactilíticas, e isso ocorre devido à sensibilidade desses microrganismos ao pH mais elevado (em decorrência do jejum).

Consequentemente, há um acúmulo de ácido lático, por ele não ser utilizado como um substrato para as bactérias lactilíticas na formação de AGV (Ácidos Graxos Voláteis) e pelo pH estar muito baixo e não ser favorável para que as mesmas atuem.

Comportamento da produção de ácidos e o pH do rúmen durante um quadro de Acidose Lática Ruminal

Esquema demonstrando o comportamento da produção de ácidos e o pH do rúmen durante um quadro de Acidose Lática Ruminal (ALR). Fonte: João Paulo Elsen Saut

Outros fatores correspondentes à disposição da dieta, deve-se ao caso de haver, de fato, erro na formulação, de modo que a proporção volumoso: concentrado esteja desbalanceada.

Segundo, deve-se à mistura da dieta total, já que, os bovinos apresentam a tendência de selecionar alimentos concentrados (mais palatáveis), de modo que consigam segregar a parte volumosa.

Por fim, a disponibilidade de fibra efetiva, relacionado ao tamanho da partícula, para assim, atingir níveis interessantes de ruminação, mastigação e salivação. Vale salientar que um dos fatores que podem levar a um quadro agudo de acidose está associado ao livre acesso dos animais a depósitos de ração. 

Por fim, fatores que exercem influência na alimentação dos animais e são os geradores de estresse, como, por exemplo, o estresse térmico.

Uma vez que, devido à hiperventilação (animal ofegante) há a diminuição da ruminação, consequentemente da salivação, a qual possui um papel tamponante (auxilia a manter os níveis adequados de pH). Além do alimento prolongar seu tempo no rúmen, seguido da produção intensa de ácidos.

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Manifestações clínicas

É importante ressaltar que devido à redução do pH pode-se ter alterações sistêmicas como a diminuição da motilidade ruminal, ruminite e hiperqueratose da mucosa, podendo ocorrer aumento da pressão osmótica ruminal, diminuição do volume extra-celular, desidratação, diminuição da perfusão sanguínea periférica e até mesmo a diminuição do fluxo sanguíneo renal, caracterizando um quadro de acidose metabólica. 

A ALR por ter um caráter mais agudo, possui sinais clínicos mais evidentes e, de certa forma, preocupantes. Com o avançar da doença o animal apresenta anorexia, desidratação, diarreia e pode apresentar decúbito esternal e progressiva depressão do estado geral, inclusive com alterações do estado de consciência. 

Já a ARAGCC, ocorre de modo inespecífico, inclusive pode ter ocorrência mais branda. De modo que haja variação na ingestão de matéria seca, pode-se ter ocorrência de fezes mais pastosas à líquidas e/ ou com alimentos mal digeridos. 

Em ambos casos, quanto menor o pH ruminal, mais comprometido estará o estado geral e mental do animal. 

A forma de tratamento deve ser baseada na correção da acidose ruminal, de modo que eleve o pH ruminal, para que as bactérias produtoras de ácido parem sua produção.

Manifestações secundárias à acidose ruminal

Devido ao acúmulo de ácidos e alterações significativas no funcionamento do rúmen, a acidose ruminal, além de suas próprias manifestações clínicas, é um fator potencial no desencadeamento de outras enfermidades.

A princípio a rumenite, é decorrente das lesões à parede do rúmen, de modo que haja variação em suas funções. Inclusive na absorção, podendo ocorrer disseminação de infecções para os outros órgãos, como o fígado, por exemplo.

A laminite asséptica, em decorrência da absorção de lipopolissacarídeos (LPS), gera lesões vasculares, inclusive vasoconstrição periférica, a qual pode gerar hipóxia nas lâminas do casco. Ambas situações geram extremo desconforto, seguido de claudicação, de modo que interfere na busca por alimento do animal, diminuição da produção e queda de índices reprodutivos. 

Além disso, devido ao desequilíbrio e disposição dos ácidos, há alteração na proporção de proteína e gordura do leite, já que, a síntese de gordura láctea é prejudicada. Apesar dessa diminuição não ser exclusiva da acidose ruminal, e ter variações no rebanho, é um ponto de atenção. 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser feito baseado no histórico da propriedade, com destaque aos surtos agudos, que são mais característicos aos casos crônicos. Junto à solicitação de exames complementares, como a análise do suco de rúmen (o ideal é por punção direta, já que, pode haver variações por sonda devido à “contaminação” do material com saliva – tamponante). 

Essa investigação do suco implica em acompanhar a atividade de protozoários e bactérias mutualísticas no microscópio ou realizar o teste de tempo de redução do azul de metileno. O qual consiste em observar o retorno da mesma coloração anterior à adição da substância, em determinado tempo, a fim de avaliar a atividade microbiana.

Prejuízos causados pela acidose ruminal

Essas situações geram prejuízos ao produtor não apenas com tratamento e medicamentos, mas também no que leva à perda de produtividade, diminuição da síntese de gordura do leite, potencial descarte precoce e involuntário dos animais e devido às manifestações secundárias. Além de que os surtos agudos representam elevado índice de mortalidade.  

Uma propriedade com problemas decorrentes de acidose metabólica pode ter uma perda produtiva de 2L/ vaca/ dia. Embora cada local apresente um cenário, é notório que quanto maior a incidência de novos casos, maior o prejuízo por animal. Ademais, a bonificação relacionada ao teor de gordura também é afetada.

Tabela demonstrando a distribuição da bonificação por gordura de um laticínio

Tabela demonstrando a distribuição da bonificação por gordura de um laticínio. Fonte: Milkpoint, 2021

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É possível previnir a acidose ruminal?

Uma vez que se sabe dos principais fatores causadores da acidose ruminal, é fundamental ações voltadas à adaptação de mudança de dieta, espaçamento de cocho condizente com o número de animais, ter alimento sempre disponível e fornecer a dieta de maneira adequada. 

A princípio, a adaptação gradativa de vacas leiteiras tem início no período pré parto, especificamente cerca de 4 semanas precedentes ao mesmo. 

Em segundo lugar, quando se refere ao espaço de cocho, o ideal é que tenha um local confortável entre os animais. De modo que, todos consigam ingerir as porções adequadas da dieta e evite estresse ou altos consumos em menor frequência, em decorrência da disputa de cocho. 

Logo, o ideal é que vacas em lactação tenham espaçamento de mínimo 70 cm linear de cocho. Animais em pré-parto e pós-parto na condição de vacas e novilhas/primíparas em lotes separados em torno de 80 cm linear de cocho e em casos onde os lotes pré e pós-parto são compostos por vacas e novilhas/primíparas juntas é recomendado que esse espaçamento de cocho seja se 1m linear.  

Vale ressaltar também que multíparas tendem a exercer maior dominância sobre as primíparas, logo, se possível é indicado separar lotes para cada uma dessas categorias.

Outro ponto importante, é evitar que os animais fiquem muito tempo em jejum, portanto, é recomendável ter alimento disponível. Dessa forma, ao invés de deixar o cocho totalmente sem comida, tem maior valor deixá-lo com, pelo menos, 3% de sobra antes de repor por completo.

Além disso, um volumoso de qualidade que proporcione uma boa ruminação e consequentemente, promova a salivação, é indispensável. Entretanto, deve-se ter atenção quanto ao tamanho das partículas, a fim de evitar a pré-seleção dos animais. Logo, usar a técnica de Penn State (peneiras separadoras de partículas), se mostra muito eficaz para avaliação da proporção do tamanho das partículas. 

Avaliar os animais de forma constante, principalmente os animais de lote pré-parto que consumem dieta acidogênica, com aferição do pH de urina o qual demonstrará a eficiência no uso dessa dieta, mas também para avaliação se não está ocorrendo quedas acentuadas de pH e consequentemente contribuindo para quadros de acidose. 

Por fim, há como alternativa o uso de ionóforos e probióticos como aditivos na dieta, a fim de garantir um controle maior sobre as bactérias com maior capacidade em reduzir o pH ruminal. Entretanto, vale ressaltar a adaptação e fornecimento da quantidade ideal, quando se refere aos ionóforos, já que, tem potencial tóxico, quando em excesso. 

Considerações finais

É notório então que a acidose ruminal é um problema de saúde que afeta de forma significativa a produção das vacas. Sua importância reside em vários aspectos como o impacto na saúde e bem-estar do animal, na redução da produção de leite, na perda de eficiência alimentar, no aumento dos custos e também nos desafios de manejo. Deter de um manejo alimentar adequado, aliado a uma boa formulação da dieta e atuar em fatores predisponentes são cruciais para minimizar esses impactos negativos.

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A acidose ruminal é uma doença comum que afeta o gado leiteiro, causando prejuízos produtivos e econômicos. Neste artigo, discutiremos sobre a acidose ruminal, suas classificações, fatores predisponentes, manifestações clínicas, manifestações secundárias e formas de prevenção.

Classificações da acidose ruminal
Existem duas classificações principais da acidose ruminal: Acidose Ruminal de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (ARAGCC) e Acidose Lática Ruminal (ALR). Essas classificações são baseadas nos níveis de pH e nos ácidos predominantes.

Fatores predisponentes
Para que a acidose ruminal ocorra, é necessário um consumo excessivo de carboidratos solúveis. Isso pode acontecer devido a erros no manejo nutricional, como a falta de adaptação a uma dieta nova, intervalos espaçados de fornecimento de alimentos e dietas desequilibradas em relação à proporção volumoso:concentrado. Além disso, o estresse térmico também pode ser um fator predisponente.

Manifestações clínicas
A acidose ruminal causa uma série de sintomas, como diminuição da motilidade ruminal, anorexia, desidratação, diarreia e alterações no estado geral do animal. Dependendo da gravidade da doença, o animal pode apresentar decúbito esternal e alterações do estado de consciência.

Manifestações secundárias
A acidose ruminal pode levar ao desenvolvimento de outras enfermidades, como a rumenite e a laminite asséptica. Essas condições podem causar lesões na parede do rúmen, disseminação de infecções para outros órgãos e alterações na composição do leite.

Diagnóstico
O diagnóstico da acidose ruminal pode ser feito com base no histórico da propriedade e em exames complementares, como a análise do suco de rúmen. Essa análise pode revelar a presença de protozoários e bactérias mutualísticas, além de avaliar a atividade microbiana.

Prejuízos causados pela acidose ruminal
A acidose ruminal causa prejuízos econômicos para o produtor, incluindo perda de produtividade, diminuição da síntese de gordura do leite, descarte precoce dos animais afetados e aumento da mortalidade. Além disso, afeta a bonificação relacionada ao teor de gordura do leite.

Prevenção da acidose ruminal
Para prevenir a acidose ruminal, é importante adotar medidas como a adaptação gradual a mudanças na dieta, espaçamento adequado de cocho, fornecimento constante de alimento e manejo adequado da dieta. Essas ações ajudam a evitar o consumo excessivo de carboidratos solúveis e reduzem o risco de desenvolvimento da doença.

Em resumo, a acidose ruminal é uma doença significativa que afeta o gado leiteiro. É importante identificar os fatores predisponentes, reconhecer as manifestações clínicas e secundárias, realizar um diagnóstico preciso e adotar medidas de prevenção para evitar os prejuízos associados a essa doença.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

A acidose ruminal é uma doença que causa prejuízos produtivos e econômicos no gado leiteiro. É importante identificar os casos no rebanho e tomar medidas para evitar e prevenir sua ocorrência. O desequilíbrio do pH do rúmen é o principal fator desencadeante da acidose, causado por erros no manejo nutricional, como consumo excessivo de carboidratos de fácil digestão e dieta pobre em fibras. Existem duas classificações da doença: Acidose Ruminal de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (ARAGCC) e Acidose Lática Ruminal (ALR). Fatores predisponentes incluem falta de adaptação à nova dieta, intervalos espaçados de fornecimento de alimentos e estresse térmico. As manifestações clínicas variam entre os tipos de acidose, e o tratamento envolve a correção do pH ruminal. A acidose ruminal também pode levar ao desenvolvimento de outras enfermidades, como rumenite e laminite. O diagnóstico é feito com base no histórico da propriedade e exames complementares. A acidose ruminal causa prejuízos ao produtor em termos de tratamento, perda de produtividade e manifestações secundárias. É possível prevenir a acidose ruminal através de medidas adequadas de manejo nutricional.

Pergunta 1: Quais são os principais fatores predisponentes da acidose ruminal?

Os principais fatores predisponentes da acidose ruminal são falta de adaptação à nova dieta, intervalos espaçados de fornecimento de alimentos e estresse térmico.

Pergunta 2: Quais são as manifestações clínicas da acidose ruminal?

As manifestações clínicas da acidose ruminal variam entre os tipos de acidose. Na Acidose Ruminal de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (ARAGCC), podem ocorrer variações na ingestão de matéria seca e fezes pastosas a líquidas. Na Acidose Lática Ruminal (ALR), os sinais clínicos são mais evidentes e incluem anorexia, desidratação, diarreia e até mesmo decúbito esternal.

Pergunta 3: Quais são as manifestações secundárias à acidose ruminal?

A acidose ruminal pode levar ao desenvolvimento de outras enfermidades, como rumenite e laminite. A rumenite é causada por lesões na parede do rúmen, afetando suas funções, incluindo a absorção e podendo resultar na disseminação de infecções para outros órgãos. A laminite é causada pela absorção de lipopolissacarídeos (LPS), resultando em lesões vasculares e claudicação.

Pergunta 4: Como é feito o diagnóstico da acidose ruminal?

O diagnóstico da acidose ruminal é feito com base no histórico da propriedade e exames complementares. A análise do suco de rúmen é um exame importante, podendo ser realizada por punção direta para evitar contaminação com saliva. Outro método é o teste de tempo de redução do azul de metileno, que avalia a atividade microbiana.

Pergunta 5: É possível prevenir a acidose ruminal?

Sim, é possível prevenir a acidose ruminal através de medidas adequadas de manejo nutricional. Isso inclui a adaptação gradativa à mudança de dieta, espaçamento adequado de cocho de acordo com o número de animais, fornecimento constante de alimento e dieta balanceada. A adoção dessas medidas pode diminuir a incidência da doença e seus prejuízos.

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