A menor oferta de animais terminados, principalmente em relação ao gado de confinamento, já começa a resultar no encurtamento das escalas de abate em alguns frigoríficos brasileiros, aponta a IHS Markit.
“Ao que tudo indica, a disponibilidade de animais das fazendas de gado (e também por meio de parcerias entre confinamentos e grandes frigoríficos), que compunham a maior parte das escalas de abate das indústrias, dá sinais de redução”observam os analistas da IHS.
Tal condição faz com que os frigoríficos voltem a originar gado para abate no mercado físico, acrescenta a consultoria.
Por outro lado, a oferta atual de lotes acabados no mercado spot não é abundante, o que sugere um ambiente de preços da arroba mais firmes no curtíssimo prazo, estimulando uma recuperação nas indicações de preços, acredita a IHS.
De qualquer forma, continua a consultoria, o cenário de oferta e demanda no mercado físico de boi gordo passa a ser condicionado por movimentos pautados pela sazonalidade do período, bem como pela manutenção do ritmo acelerado das exportações brasileiras de carne bovina.
O IHS notou nesta segunda-feira, 21 de novembro, a valorização do gado padrão exportação (enviado principalmente para o mercado chinês, que importa animais abatidos de até 30 meses), passando de R$ 278 para R$ 281.
Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, as indústrias paulistas estão, em sua maioria, com cronogramas de abate entre 5 e 10 dias, e as cotações do boi gordo “comum” (sem prêmio à exportação) estão estáveis desde 10 de novembro.
Assim, segundo Scot, boi gordo destinado ao mercado paulista continua valendo R$ 275/@, enquanto vacas e novilhas gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 260/@ e R$ 270/@ (bruto e prazo) .
O boi da China é negociado a R$ 280/@ no Estado de São Paulo (preço bruto e a prazo), segundo a Scot.
Ainda em relação ao mercado paulista, o IHS constatou um reajuste positivo no preço da vaca gorda nesta segunda-feira, o que indica sinais de que as indústrias estão apostando no consumo interno de carne bovina nesta última etapa do ano (cortes de fêmeas são enviados, em sua maioria, para o mercado interno).
Nas praças do interior de São Paulo, a vaca gorda passou de R$ 266/@ para R$ 271/@, indicando que as indústrias devem passar a direcionar uma parcela maior de sua produção para o mercado interno, aponta o IHS.
No entanto, dizem analistas, ainda há relatos de compradores de gado sinalizando preços abaixo das máximas vigentes, mas sem sucesso em garantir novos negócios nesses níveis.
“Neste último período do mês, espera-se uma acomodação mínima dos preços, sem espaço para novas quedas, apesar da extrema cautela dos frigoríficos nas encomendas de gado”relatórios IHS.
No entanto, a conjuntura de ritmo vigoroso das exportações nestas últimas semanas de 2022, aliada ao fortalecimento do consumo interno, devido ao período de entrada de dinheiro extra (13ª parcela do salário, além do período festivo (Copa do Mundo, Natal , confraternizações), pode desencadear uma demanda maior por animais e, consequentemente, um ambiente de preços mais firmes da arroba, apostam analistas.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem estáveis e não há sinais de alteração no fluxo de vendas, como sugere a sazonalidade do período.
“Um leve aumento na demanda por cortes bovinos é esperado para o meio da semana, mas sem força suficiente para gerar novos ajustes”avalia a IHS Markit.
Porém, conforme já mencionado acima, as expectativas estão voltadas para o recebimento dos salários na próxima semana, bem como para o aumento do consumo de carne bovina estimulado pela Copa do Mundo e pelas festas de final de ano.
“Proteínas substitutas (frango e suína) seguem com preços mais competitivos, absorvendo a demanda atual”informa o IHS.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta segunda-feira, 21/11
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Tangará:
carne bovina a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-B. Garças:
carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 229/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 244/@ (dinheiro)
vaca a R$ 230/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca R$ 256/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (dinheiro)
RS-Porto Alegre:
carne bovina a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 281/@ (dinheiro)
vaca a R$ 255/@ (dinheiro)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 259/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
TO-Gurupi:
carne bovina a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 253/@ (dinheiro)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 220/@ (dinheiro)
RJ-Campos:
carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 258/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (dinheiro)
