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Equinocultura no Brasil, uma indústria em crescimento que movimenta a economia e gera milhões de empregos

Os cavalos são importantes para a humanidade há milhares de anos. Originalmente usados ​​como animais de tração, os cavalos foram posteriormente usados ​​na guerra, para transportar mercadorias e como animais de montaria.

Eles foram fundamentais para o desenvolvimento da civilização, permitindo o comércio, a exploração de novos territórios e a comunicação por longas distâncias.

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Ao longo da história, muitas raças de cavalos foram desenvolvidas para atender às diferentes necessidades humanas. Por exemplo, cavalos de tração foram selecionados para serem grandes e fortes, enquanto cavalos de montaria foram selecionados para serem mais ágeis e resistentes.

Além disso, diferentes culturas têm suas próprias raças de cavalos que se adaptam às suas condições climáticas e geográficas. Na Idade Média, os cavalos eram usados ​​em larga escala nas guerras e os cavalos de guerra eram especialmente valorizados.

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No século XIX, com o desenvolvimento do transporte motorizado, o uso de cavalos diminuiu consideravelmente. No entanto, ainda havia demanda por cavalos de corrida, cavalos de esporte e cavalos de trabalho em fazendas e ranchos.

Hoje, a equinocultura é uma indústria em crescimento em muitos países, com diversas raças de cavalos utilizadas para diversos fins, como corridas, esportes equestres, equitação recreativa, trabalho em fazendas e ranchos, equoterapia e muitas outras atividades.

A criação e o comércio de cavalos são atividades importantes em muitas regiões do mundo e as competições equestres são populares em todo o mundo. Além disso, cavalos são criados para produção de carne e leite em alguns países.

O cavalo no Brasil

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A história do cavalo no Brasil começou com a chegada dos colonizadores portugueses no século XVI, que trouxeram consigo cavalos e outras espécies de animais. Inicialmente, os cavalos eram utilizados como meio de transporte para as elites e para o transporte de mercadorias, mas rapidamente se tornaram importantes para o trabalho nas fazendas, principalmente na produção de açúcar e café.

A partir do século XX, o mercado da equinocultura no Brasil cresceu consideravelmente, com o aumento da criação de cavalos para esportes equestres, corridas, hipismo recreativo e turismo rural.

A equideocultura também se tornou uma atividade importante em algumas regiões do país, como no Nordeste, onde os cavalos são utilizados para o trabalho em fazendas e ranchos.

Atualmente, o Brasil é um dos principais mercados equinos da América Latina, com uma grande variedade de raças de cavalos sendo criadas em todo o país.

O país também possui uma crescente indústria de eventos equestres, com diversas competições de cavalos, leilões e feiras realizadas anualmente.

No entanto, a equinocultura no Brasil ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação e fiscalização adequadas, o que pode acarretar problemas de saúde e bem-estar animal, além de problemas ambientais. Há um movimento crescente no país para regularizar e profissionalizar o setor, garantindo a segurança animal e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

Complexo do agronegócio a cavalo

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A Revisão do Estudo do Complexo Agronegócio Equino é um relatório elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em parceria com outras instituições, com o objetivo de analisar a cadeia produtiva do cavalo no Brasil e identificar seus desafios e potencialidades.

O relatório foi lançado em 2016 e traz uma visão abrangente do setor, incluindo informações sobre criação, produção, comercialização e consumo de cavalos no país. O estudo foi baseado em pesquisa de campo, dados de diversas fontes e análise econômica.

Dentre as principais conclusões do estudo, destaca-se o potencial econômico da equinocultura no Brasil, que pode ser melhor explorado com investimentos em tecnologia, infraestrutura e capacitação profissional. O relatório também identifica desafios como a falta de regulamentação e fiscalização adequadas, a falta de planejamento estratégico e a falta de mão de obra qualificada.

O estudo também destaca que o mercado de cavalos no Brasil é bastante diversificado, com a criação de diversas raças para diversos fins, como esportes equestres, turismo rural, trabalho em fazendas, entre outros. O relatório aponta a importância da preservação de raças nacionais, como a Crioula, o Mangalarga Marchador e a Campolina, que possuem características únicas e estão adaptadas ao clima e às condições brasileiras.

O relatório da Revisão do Estudo do Complexo Agronegócio Equino é uma importante ferramenta para orientar as políticas públicas voltadas para a criação de cavalos no Brasil, bem como para estimular a modernização e profissionalização da indústria equina no país.

Outro ponto destacado pelo relatório é a importância da criação de cavalos nos estados brasileiros. Isso porque a equinocultura é uma atividade econômica que gera emprego e renda em diversas regiões do país, principalmente nas áreas rurais e semiáridas, onde outras atividades agropecuárias não são tão viáveis.

O estudo aponta que a criação de cavalos está presente em praticamente todos os estados brasileiros, com destaque para São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Goiás, que concentram a maior parte da produção nacional. No entanto, o relatório aponta que há potencial para a expansão da equinocultura em outras regiões do país, como o Nordeste, que possui condições climáticas favoráveis ​​para a criação de algumas raças de cavalos, como o Mangalarga Marchador e o Pampa .

Além disso, o estudo destaca a importância da preservação de raças nacionais, adaptadas ao clima e às condições brasileiras e de grande valor histórico e cultural. A valorização dessas raças pode contribuir para o desenvolvimento de atividades turísticas em algumas regiões do país, como cavalgadas e rodeios, que atraem turistas e geram renda para as comunidades locais.

Assim, a criação de cavalos nos estados brasileiros é importante não apenas do ponto de vista econômico, mas também social e cultural, contribuindo para o desenvolvimento de diferentes regiões do país e para a valorização da identidade nacional.

Por Luciano Ferreira Rodrigues Filho, Cavaleiro e Pesquisador | Haras Dom Herculano

Fotos: Reprodução/ Pixabay

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Fonte: Agro

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