Nova tecnologia de energia solar quebra recorde mundial de eficiência. “Um grande passo para acelerar a transição energética”, disseram os cientistas.
Pesquisadores ligaram o silício à perovskita, um material que muitos chamam de “milagroso”. Os esforços agora serão direcionados para superar a eficiência de 30% das células de energia solar.
Recorde em eficiência energética solar
Pesquisadores de energia solar ultrapassaram pela primeira vez a barreira de 30% de eficiência com células solares de silício, graças à combinação com um material “milagre”: a perovskita. Os resultados foram apresentados na Conferência Mundial sobre Conversão de Energia Fotovoltaica (WCPEC-8) em Milão.
Uma equipe de várias universidades e institutos da Holanda fez a descoberta com uma célula solar que complementa as células tradicionais à base de silício – que têm uma eficiência de conversão de energia de cerca de 22% – com as propriedades amplamente aclamadas da perovskita.
Os pesquisadores disseram que alcançar mais de 30% de eficiência com o dispositivo de quatro terminais marcado como “um grande passo para acelerar a transição energética” e melhoraria a segurança energética reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.
“Este tipo de célula solar possui um contato traseiro altamente transparente que permite que mais de 93% da luz do infravermelho próximo alcance o dispositivo inferior.”, disse Mehrdad Najafi, da Organização Holandesa de Pesquisa Científica Aplicada (TNO).
“Esse desempenho foi alcançado otimizando todas as camadas de células solares de perovskita semitransparentes usando simulações ópticas e elétricas avançadas como guia para trabalhos experimentais em laboratório.”
A perovskita tem sido aclamada por seu potencial de transformar uma série de indústrias, desde comunicações de ultra-alta velocidade até a produção de energia renovável.
Os pesquisadores por trás do mais recente registro de células solares agora esperam comercializar a tecnologia para alcançar um lançamento generalizado.
“Agora conhecemos os ingredientes e podemos controlar as camadas necessárias para atingir mais de 30% de eficiência.” disse o professor Gianluca Coletti, gerente do programa Tandem PV.
“Uma vez combinada com a experiência e expertise em escalabilidade adquirida nos últimos anos para trazer materiais e processos para uma grande área, podemos nos concentrar com nossos parceiros industriais para trazer eficiências desta tecnologia além de 30% na produção em massa.”
perovskita
Perovskita é o nome de uma estrutura cristalina descoberta pelo mineralogista alemão Gustav Rose em 1839, nos Montes Urais, na Rússia. O mineral recebeu o nome do mineralogista russo Conde Lev Alexevich von Perovski. Desde então, a perovskita tem sido usada para nomear uma classe de materiais. Uma perovskita pode ser puramente inorgânica ou híbrida, onde alguns componentes são orgânicos, como é o caso dos usados em células solares. Neste caso, a família das perovskitas com propriedades fotovoltaicas é composta por um cátion orgânico, um cátion inorgânico, seja chumbo ou estanho, e um halogênio, seja iodo, bromo ou cloro.
A estrutura da perovskita apresenta a característica de efeito ferroelétrico como granada e olivina. Muitas cerâmicas supercondutoras têm a estrutura da perovskita.
Geração de oportunidades
Para o vice-presidente do Conselho de Administração da absolver, Márcio Trannin, a maior inserção da energia solar em grandes usinas, além de ser uma fonte competitiva e limpa, é essencial para que o país recupere sua economia e consiga crescer. “A fonte solar faz parte desta solução e é um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda para os cidadãos.”, aponta.
Atualmente, grandes usinas solares operam em dez estados brasileiros, nas regiões Norte (Rondônia e Tocantins), Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte) e Sudeste (Minas Gerais e São Paulo).
Redução de custos de energia
A iGreen Energy – maior comercializadora de energia solar do Brasil, é responsável por fazer a conexão entre os parques solares e os consumidores, oferecendo um tipo de energia solar por assinatura. E ao contrário de alguns retalhistas que chegam mesmo a oferecer um desconto fixo na ordem dos 15%, a iGreen oferece uma opção onde é possível aumentar consideravelmente este desconto, atingindo cerca de 95%.
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Energia solar por assinatura
O termo técnico de “energia solar por assinatura” é chamado geração compartilhada. Na prática, o modelo permite que os parques solares compartilhem a energia gerada com outros. Essa revolução está acontecendo no Brasil graças a Lei 14.300 de 6 de janeiro de 2022.
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Por Vicente Delgado, com informações do Yahoo
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