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Do Cerrado para Portugal, de pai para filha: A tradição da cafeicultura do…

    De Portugal para o Cerrado, de pai para filha: A tradição da cafeicultura de...

    João Farinha chegou ao Brasil com 16 anos e desde então trabalha com sustentabilidade e qualidade


    Com cada história que conheço no Cafezal entre as linhas De uma coisa tenho certeza: a cafeicultura é um universo de oportunidades, oportunidades e sonhos em todo o Brasil. Com as regiões produtoras sendo pioneiras, temos aqui também aqueles que deixaram suas origens para construir sua trajetória em terras desconhecidas, mas produtivas e que moldam muitas histórias por aí.

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    E foi aos 16 anos que João Farinha Lopes deixou Portugal e embarcou na aventura de chegar ao Brasil, “a terra das oportunidades”, como Sônia Farinha, filha de João e que atualmente trabalha com o pai na produção de café no Cerrado Mineiro .

    Mas, antes de chegar ao Cerrado, é importante dizer que tudo começou no Paraná. Foi no sul do Brasil que João começou a trabalhar com café no Brasil. Ali, iniciou a carreira ao lado de dois tios, na arrecadação dos cafés. O que João não esperava é que o presente de dois clientes pudesse mudar o rumo de sua carreira.

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    Recebeu de presente dois chapéus “Panamá”, que trocou com os tios por duas novilhas, que cresceram e viraram fonte de renda. Essa renda que João e sua família, esposa e três filhas, utilizaram para migrar para o Cerrado Mineiro, seguindo a tradição que começou a ser estabelecida após a chegada dos exploradores do Cerrado na região.

    Utilizando as práticas aprendidas com seus tios, Seo João, desde sua chegada, valorizava uma produção que fosse além do quantitativo, precisava ser sustentável e cuidar do meio ambiente. Por muitos anos, o casal trabalhou na roça, fazendo um pouquinho por dia, mas sempre juntos: nas tomadas de decisão, na criação das filhas e na transmissão do legado de ser apaixonado pelo campo.

    A admiração pelo trabalho dos pais era tanta que Sônia, formada em jornalismo e trabalhadora na área, decidiu largar a profissão e se aventurar na roça com o pai. Tive a sorte de passar uma manhã com a dupla nas entrelinhas dos incríveis cafés “Mundo Novo” e perceber que ali, a dupla fez mais do café, juntos, constroem uma nova história.

    É claro que, no início, o choque de gerações foi algo com o qual eles tiveram que aprender a lidar. O pai, que tinha tradição e cresceu cultivando café, Sônia, chegou para trazer tecnologia, certificação e reconhecimento pelos anos de trabalho ali realizado.

    É quase impossível colocar em palavras a troca que eles têm juntos. Entre um cafeeiro e outro, as palavras “sustentabilidade” e “qualidade” foram ditas muitas e muitas vezes. A fazenda possui uma reserva ambiental que encantará seus olhos e acalmará seu coração. É ali, naquele cantinho que eles correm quando precisam pensar. Cada centímetro daquele lugar tem muita dedicação.

    Os últimos anos foram desafiadores para os cafeicultores: seca, granizo e até geada chegaram ao Cerrado Mineiro, mas em nenhum momento a palavra “desistir” existiu para essa família. Combinando a sabedoria adquirida ao longo do tempo, as novas tecnologias e o respeito pelo estar junto: a cada colheita, novas conquistas chegam e essa harmonia fica cada vez mais evidente.

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    Jornal Campo do Campo
    João Farinha é um imigrante português que chegou ao Brasil com 16 anos e desde então trabalha com sustentabilidade e qualidade na produção de café. Ele começou sua carreira no sul do Brasil, trabalhando com café ao lado de seus tios. Recebeu de presente dois chapéus “Panamá”, que trocou por duas novilhas. Com a renda gerada por essas novilhas, João e sua família migraram para o Cerrado Mineiro, uma região conhecida pela produção de café de alta qualidade.

    Desde sua chegada ao Cerrado, João valoriza uma produção sustentável e cuidadosa com o meio ambiente, utilizando as práticas aprendidas com seus tios. Ele trabalhou na roça com sua esposa e três filhas, sempre tomando decisões em conjunto e transmitindo seu amor pelo campo.

    A filha de João, Sônia, formada em jornalismo, largou sua profissão para trabalhar na roça com o pai. Juntos, eles combinam tradição e tecnologia, buscando certificações e reconhecimento pelo trabalho realizado. A fazenda da família possui uma reserva ambiental que demonstra seu compromisso com a sustentabilidade.

    Apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos, como seca, granizo e geada, a família nunca desistiu. Com a sabedoria adquirida ao longo do tempo e o uso de novas tecnologias, eles continuam a colher conquistas e aprimorar a qualidade de seu café.

    A história de João Farinha e sua família mostra que a cafeicultura no Brasil é cheia de oportunidades e sonhos. Eles representam aqueles que, mesmo deixando suas origens, encontraram uma nova vida e sucesso em terras desconhecidas, contribuindo para a produção sustentável e de qualidade do café brasileiro.

    Fonte
    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**