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Diminuição da oferta de boi gordo não elimina pressão de baixa sobre o preço do gado • Portal DBO

    Menor oferta de boiadas gordas não anula pressão de baixa sobre a arroba • Portal DBO

    Apesar do relato de menor oferta de gado em julho, a demanda interna mais moderada neste mês, aliada ao menor preço de exportação da carne bovina brasileira, além de um dólar mais fraco, pressionaram o mercado de gado gordo, informa o zootécnico Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.

    No mercado paulista, o preço do boi gordo destinado ao mercado interno (sem prêmio de exportação) caiu R$ 5/@ ao longo desta semana, enquanto o preço do “boi chinês” (abatido até 30 meses) teve retração de R$ 10/@, informa Fabbri.

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    Segundo o analista, sem grande apetite por compras, as unidades que atendem o mercado interno conseguiram reduzir o preço ofertado na compra do gado mesmo diante da menor oferta de animais terminados (safrinha).

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    Já em relação ao mercado externo, com a menor remuneração da carne exportada e a moeda norte-americana recuando abaixo de R$ 4,80 ao longo de julho, as margens ficaram mais pressionadas, o que fez as indústrias recuarem nas compras de gado gordo.

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    No acumulado das três semanas de julho/23, os embarques de carne bovina na natureza registrou queda de 1,5% no volume diário (7,8 mil toneladas/dia), na comparação com o resultado médio de julho de 2022, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Na mesma base de comparação anual, o preço pago pela carne bovina caiu 27,4%, chegando a US$ 4,75 mil/ton.

    Com isso, o faturamento diário caiu 28,5%, para US$ 37,3 milhões, em julho/23, ante o resultado diário de julho do ano passado.

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    Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, nesta sexta-feira (28/7), houve pressão nos preços, com ofertas abaixo da referência, provocada pelo aumento da oferta de boi gordo, considerada atípica para o período.

    Porém, no mercado paulista, o boi gordo fechou a semana com estabilidade, a R$ 235/@, enquanto o boi gordo e novilhas foram negociados a R$ 207/@ e R$ 225/@, respectivamente (bruto e a prazo).

    O “boi chinês” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está valendo R$ 240/@ (bruto e a prazo) em São Paulo, portanto, com um prêmio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.

    De acordo com S&P Global Commodity Insights, uma A sexta-feira foi marcada por baixíssima liquidez dos negócios, mas com preços acomodados na maioria dos mercados brasileiros.

    “Boa parte das indústrias frigoríficas se ausentou das compras de gado gordo. Porém, os pecuaristas também não atuaram na venda de animais terminados, tanto pela menor oferta de gado disponível quanto por resistirem ao movimento de queda”observar o S&P Global.

    Do lado do comprador, continua a consultoria, os frigoríficos optaram pela realocação de suas escalas de abate, aumentando a ociosidade operacional das plantas – estratégia que busca liquidar os altos estoques de carne bovina nas câmaras frigoríficas.

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    “Em média, nacionalmente, as balanças dos matadouros atendem pouco mais de uma semana, o que reduz uma necessidade maior de aquisição de animais”destaca o S&P Global, acrescentando que o baixo consumo de carne bovina no mercado interno tem permitido tal estratégia.

    Na avaliação de S&P Global, o O ritmo mais lento das exportações de carne bovina para o exterior também levou a uma queda na compra de gado gordo.

    “Um dado importante divulgado este mês pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foi o ajuste positivo (em 500 mil toneladas) em sua estimativa para a produção mundial de carne bovina em 2023, passando para 59,57 milhões de toneladas”aponta para S&P Global.

    Segundo o órgão americano, a oferta global de carne bovina ainda deve crescer minimamente em 2023 em relação ao ano passado, impulsionada pela maior produção no Brasil (+3%), Argentina (+1%) e Austrália (+10%). importantes exportadores globais de proteína.

    “Os três países vivem uma virada no ciclo da pecuária, com aumento do abate de animais, principalmente fêmeas, devido às margens negativas e reajuste da cadeia”lembra o S&P Global.

    Em contrapartida, neste ano, nos EUA e na União Europeia, a produção de carne bovina deve cair 4% e 2%, respectivamente, segundo o USDA.

    Cotações máximas de homens e mulheres na sexta-feira, 28/07
    (Fonte: S&P Global)

    SP-Noroeste:

    carne bovina a R$ 238/@ (prazo)
    vaca a R$ 212/@ (prazo)

    MS-Gold:

    bois a R$ 232/@ (à vista)
    vago a R$ 207/@ (à vista)

    MS-C.Grande:

    carne bovina a R$ 234/@ (prazo)
    vaca a R$ 209/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
    vaca a R$ 187/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    bois a R$ 210/@ (à vista)
    vago a R$ 185/@ (à vista)

    MT-Collider:

    bois a R$ 207/@ (à vista)
    desocupado a R$ 190/@ (à vista)

    GO-Goiânia:

    carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
    vaca R$ 202/@ (prazo)

    GO-Sul:

    carne bovina a R$ 222/@ (prazo)
    vaca a R$ 197/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    bois a R$ 236/@ (à vista)
    vago a R$ 207/@ (à vista)

    MG-Triângulo:

    carne bovina a R$ 232/@ (prazo)
    vaca a R$ 202/@ (prazo)

    MG-BH:

    carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
    vaca a R$ 197/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    bois a R$ 205/@ (à vista)
    desocupado a R$ 195/@ (à vista)

    RS-Fronteira:

    bois a R$ 255/@ (à vista)
    vago a R$ 228/@ (à vista)

    PA-Marabá:

    carne bovina a R$ 199/@ (prazo)
    vaca a R$ 182/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    carne bovina a R$ 199/@ (prazo)
    vaca a R$ 175/@ (prazo)

    PA-Paragomin:

    carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
    vaca a R$ 194/@ (prazo)

    TO-Araguaína:

    carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
    vaca a R$ 192/@ (prazo)

    RO-Cacoal:

    bois a R$ 195/@ (à vista)
    desocupado a R$ 180/@ (à vista)

    MA-Açailândia:

    bois a R$ 297/@ (à vista)
    desocupado a R$ 187/@ (à vista)

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    De acordo com o zootécnico Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, a demanda interna mais moderada e o menor preço de exportação da carne bovina brasileira, juntamente com um dólar mais fraco, resultaram em pressão sobre o mercado de gado gordo. No mercado interno, houve redução no preço ofertado na compra do gado, mesmo com a menor oferta de animais terminados. No mercado externo, as margens também ficaram mais pressionadas, o que levou as indústrias a reduzirem as compras de gado gordo. Os embarques de carne bovina registram queda no volume diário em julho, em comparação com o mesmo período do ano passado. O preço pago pela carne bovina no mercado internacional também caiu. Com isso, o faturamento diário também registrou queda em relação ao ano anterior. A pressão nos preços também foi observada no mercado paulista, mas o boi gordo fechou a semana com estabilidade. As indústrias frigoríficas se ausentaram das compras de gado gordo, o que resultou em aumento da ociosidade operacional das plantas. O baixo consumo de carne bovina no mercado interno também contribuiu para essa estratégia dos frigoríficos. As exportações de carne bovina para o exterior também foram afetadas, com uma desaceleração nos embarques. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ajustou positivamente sua estimativa para a produção mundial de carne bovina em 2023, o que também influenciou o mercado.

    Fonte
    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**