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como se preparar para a reprodução –

    Avaliar o escore corporal de vaca melhora a taxa de prenhez na propriedade. Foto: Guzerá ALF

    A reprodução bovina é muito comum em propriedades que trabalham com pecuária no Brasil. No entanto, não basta soltar as vacas bezerras e o touro no mesmo pasto. Se você tem vacas vazias em épocas de reprodução consecutivas, alguns erros básicos podem estar acontecendo. Uma delas deve ser a não avaliação do escore corporal da vaca. E para você resolver esse problema e não perder mais tempo e investimentos, o Boi Saúde mostra como preparar as matrizes para reprodução.

    O que é pontuação de vaca?

    O escore de condição corporal classifica os bovinos de acordo com os músculos e gordura presentes no animal no momento da avaliação. Existem duas escalas quando se trata desse tipo de avaliação.

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    Neste conteúdo, abordaremos a escala que vai de 1 a 5, indicando uma condição em cada número, começando com 1 com vacas mais magras e terminando com 5, com aumento da camada de gordura. Para a escala de 1 a 9, acesse a dica: Seleção de matrizes bovinas: pontuação corporal.


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    A avaliação do escore corporal da vaca é uma ação simples, de baixo custo e que otimiza a saúde das matrizes, bem como dos bezerros que serão gerados, a partir da avaliação das condições nutricionais das reservas energéticas.

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    Vacas classificadas com pontuação insatisfatória para a estação reprodutiva podem passar por um protocolo nutricional específico para recuperação e sair da classificação de vacas reprodutoras improdutivas.

    Dessa forma, a propriedade reduz as chances de ter uma vaca vazia na propriedade, sem bezerro, pagando ração, vacinas para o gado e manejo, sem nenhuma produção.

    Se você pretende aumentar seu rebanho e também produzir bezerros maiores, além de preservar a saúde das represas, a leitura da pontuação é essencial.

    Avaliar a pontuação corporal da vaca melhora a taxa de prenhez na fazenda.  Foto: Guzerá ALF
    Avaliar a pontuação corporal da vaca melhora a taxa de prenhez na fazenda. Foto: Guzerá ALF

    Como avaliar o escore corporal de vacas?

    Escore 1 – vaca magra, sem gordura e com pouca apresentação de carne. Todas as costelas são visíveis. Geralmente, o gado nessa situação passava por privação alimentar. Sabe aquela expressão “pele e ossos”? Encaixa-se muito bem neste escore, tanto que o íleo e o ísquio ficam expostos (esses ossos compõem a parte pélvica do esqueleto bovino). A cauda, ​​um ponto importante a ser avaliado, está totalmente fechada dentro da coxa.

    Pontuação 2 – Magro – Costelas com pouca cobertura. Ossos presentes ainda salientes, com a costela com pouca cobertura. A causa apresenta uma aparência mais alta, a pele é esticada e a superfície do corpo é lisa.



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    Pontuação 3 – Médio ou ideal. Músculos visíveis e costelas quase cobertas. A pele, neste caso, torna-se flexível, a ponto de ser facilmente levantada. Ainda assim, não tem camadas de gordura.

    Na verdade, essa é a pontuação recomendada para o parto, com pontuação entre 3.

    Pontuação 4 – Gordura – Costelas totalmente cobertas, com boa cobertura muscular, com deposição de gordura parcialmente na cauda. Mesmo consideradas gordas, as regiões individuais do corpo ainda são bem definidas. E alguns ossos estão submersos, sem aparência e menos identificáveis.

    Os escores 3 e 4 são considerados os mais adequados para reprodução, pois a taxa de prenhez é maior.

    Escore 5 – Vacas muito obesas. Por mais que todo produtor goste de gado pesado na propriedade, quando o assunto é reprodução, o excesso de gordura prejudica a reprodução. Aqui, todos os pontos do animal são cobertos. A base da cauda e o esterno possuem camadas de gordura. Este estado só é aceitável para animais em fase de terminação, próximo ao período de abate.

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    Ilustração de avaliação de pontuação corporal de vaca, desenvolvida por Wildman

    Como recuperar a pontuação corporal das vacas?

    Vacas classificadas nos escores 1 e 2 precisam de atenção nutricional especial. E para evitar que os classificados nos escores 3 e 4 cheguem a esse estado, é fundamental estar atento à alimentação.

    Portanto, ofereça uma nutrição adequada com uma ração para bezerros que atenda todas as necessidades nutricionais da mãe e do bezerro que serão gerados.

    A Virginiamicina, além de potencializadora de desempenho, atua diretamente no organismo das porcas, fortalecendo e nutrindo, promovendo a engorda na medida certa, além de evitar problemas como retenção placentária e distocia bovina.

    E não esqueça de seguir o calendário de vacinas! Além das vacinas obrigatórias que previnem doenças contagiosas, temos vacinas reprodutivas para bovinos, que previnem a infertilidade.



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    Se você deseja aumentar os resultados da sua reprodução bovina e ainda ter bezerros diferenciados, inclua este aditivo em uma dieta que seu lucro na pecuária acontecerá.

    Como trabalhar com um touro reprodutor na propriedade

    Mesmo trabalhando com a avaliação do escore corporal da vaca, a saúde corporal e reprodutiva do touro é essencial para o sucesso da estação reprodutiva.

    Assim como as mães precisam de uma dieta enriquecida, os touros também precisam. O cuidado começa desde a escolha deste reprodutor que transmitirá a genética aos futuros bovinos que integrarão seu rebanho.

    No ato da compra, solicite o registro genealógico e avalie a condição física do animal. Feito isso, ao inserir o reprodutor na propriedade, programe uma dieta com ração de qualidade e inclua, além do sal mineral e do sal proteico, a virginiamicina.

    Informações relevantes sobre a fertilidade e vida reprodutiva dos touros:

    • A vida útil de um touro é entre 10 e 12 anos;
    • Um único touro pode cobrir entre 25 e 30 vacas;
    • Manter o calendário de vacinas atualizado;
    • A qualidade do sêmen bovino é preservada quando o animal recebe todo o manejo adequado: alimentação, água, redução de estresse, temperatura e controle de doenças.

    Para saber como fazer sua estação de equitação, acesse o conteúdo:

    Referência

    Moraes, José Carlos Ferrugem. Bovinos: condição corporal e controle de fertilidade / editores técnicos, José Carlos Ferrugem Moraes, Carlos Miguel Jaume, Carlos José Hoff de Souza. – Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2006.

    Índice de condição corporal de vacas de corte: relação entre ECC e fertilidade de vacas submetidas a protocolos de IATF. Embrapa – Comunicação Técnica 418. Porto Velho, RO dezembro de 2021.

    Escore de condição corporal e sua aplicação no manejo reprodutivo de ruminantes. Circular Técnica 57.



    Fonte: Agro