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Cobertura do Agribusiness Summit 2022 fala sobre financiamento do setor

    Cobertura do Agribusiness Summit 2022 fala sobre financiamento do setor

    Summit/Bradesco/França: Financiamento em dólares é realidade para grandes produtores

    Por Isadora Duarte e Tânia Rabello

    São Paulo, 07 de Novembro de 2022 – O financiamento em dólares e com fontes externas de recursos ainda é uma realidade restrita aos grandes produtores, disse o diretor de Agronegócios do Bradesco, Roberto França. “O mercado externo já teve um grande papel no financiamento da aquisição de terras para os produtores nacionais. O financiamento em dólares ainda é uma realidade para grandes produtores, que já fazem hedge, que administram o negócio e trabalham com exportação. Esse é o mercado que vai desenvolver o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) em dólares. É menor em quantidade, mas não em volume”, afirmou França, durante o Agribusiness Summit Brazil 2022 “Desafios à frente”, promovido pela Estadãoque começou hoje e vai até quarta-feira (9).

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    França disse que hoje a grande discussão é como financiar pequenos e médios produtores em estruturas digitais que facilitem o acesso ao crédito. “O desafio hoje é transformar a garantia real em processos digitais, como a tokenização, e viabilizar o crédito. O desafio é trazer estruturas digitais que facilitem a entrada de mais dinheiro do exterior”, afirmou.

    Para a França, é preciso conciliar o mundo digital com a agenda regulatória que já existe no país. “Teremos que conciliar o mundo digital com a parte regulatória para não financiar quem tem problema com desmatamento, trabalho análogo à escravidão ou práticas ambientais inadequadas”, acrescentou.

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    Summit/Traive/Fabrício Pezente: Rede de distribuição tem medo de usar novas formas de financiamento

    Por Tânia Rabello e Isadora Duarte

    São Paulo, 07/11/2022 – Agentes da cadeia produtiva do agronegócio buscam formas alternativas de crédito ou pelo menos tentam entender como o mercado de capitais funciona de forma mais estruturada, disse o cofundador e CEO da Traive, Fabrício Pezente, há pouco. que está à frente da empresa ligada ao setor de estruturação de crédito alternativo para o setor rural, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fiagros. Pezente participa, hoje, do Agribusiness Summit 2022, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo🇧🇷 O Summit começou hoje e vai até quarta-feira (9).

    Ele destacou, porém, que apesar dessa demanda, existe uma grande rede de revendedores de insumos agrícolas, como cooperativas, lojas de produtos agrícolas e tradings “que ainda não participam de nenhum título de securitização ou recebíveis do agronegócio”. Segundo ele, apesar de ser um mercado de crédito agrícola em crescimento, os revendedores de insumos afirmam que “nunca usaram e não sabem como fazer ou têm medo, embora haja interesse em começar a usar”.

    Pezente acrescentou, porém, que a forte consolidação que ocorre atualmente na cadeia de distribuição fará com que esse setor “se torne mais agressivo nas negociações”, o que pode levar à oferta de alternativas de crédito aos produtores rurais, fora das linhas subsidiadas oficiais. “Na verdade, os distribuidores de insumos já financiam o agro, embora sejam um ‘banco não financeiro’”, continuou. “Eles atuam como credores, mas para isso precisam se profissionalizar e se estruturar como credores.”

    No mesmo painel, o CEO e cofundador da Nagro Crédito Agro, Gustavo Alves, disse que o mercado, de fato, vem “amadurecendo e obtendo crédito de novos ‘entrantes’ que têm financiado o agronegócio”. Ele se referia aos fundos de investimento, que investem em títulos do agronegócio para financiar o setor. “Isso porque vemos que os volumes oficiais do Plano Safra não são suficientes para financiar o produtor, não só os grandes e médios, mas também os pequenos.” Por isso, segundo Alves, novos instrumentos como os Fiagros, FDIC, CRA, entre outros, “dificultam a entrada de novos investidores que queiram comprar esse risco e investir no mercado de capitais”.

    Alves diz que, diante do interesse do produtor em buscar esses novos instrumentos de financiamento, o que se vê é muito mais uma cobrança do financiador. “A gente vê fundos que querem comprar CRAs e ‘cadernar’ esses CRAS, por exemplo”, disse. “Porque, para o produtor, o que ele quer é simplesmente complementar seu financiamento, independente da fonte.” Assim, para ele, essas novas formas de captação de recursos para o agronegócio acabam “atendendo muito mais ao financiador do que ao produtor rural”.

    Summit/Masterbarter/Walter Dissinger: Há uma enorme demanda por escambo por parte de fazendeiros e financiadores

    Por Isadora Duarte e Tânia Rabello

    São Paulo, 07/11/2022 – A demanda por escambo (operação que pressupõe a entrega de produtos agrícolas para crédito) é crescente entre agricultores, financiadores e empresas de serviços e equipamentos, segundo o fundador da agfintech MasterBarter, meio de pagamento, Walter Herbert Dissinger. “Facilitamos a troca entre os agentes financeiros que levam o grão e o próprio agricultor digitalmente. Há uma demanda muito grande de escambo por parte dos agricultores não tradicionais. Há também um grande desejo das empresas de reposição de diesel e peças em financiar os agricultores com escambo”, disse Dissinger, durante o Summit Agronegócio Brasil 2022 “Desafios à frente”, promovido pela Estadãoque começou hoje e vai até quarta-feira (9).

    Dissinger acrescentou que vê a troca como uma oportunidade de financiamento “adicional”. “Existe uma grande demanda do lado do financiador, do produtor rural e também do lado das empresas como crédito complementar. Também vemos a troca como uma ferramenta de hedge, que protege contra grandes variações”, afirmou.

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    Fonte: Agro