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Cebola é mais barata no atacado

    Cebola e mais barata no atacado

    Um dos ingredientes mais importantes da culinária nacional e mundial ficou mais barato nas Ceasas brasileiras no último mês: a cebola. Os preços em janeiro apresentaram outra queda, desta vez bem mais expressiva, de -35,13% em relação à média de dezembro de 2022. Agência Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (16). Segundo o estudo, o preço da cebola teve queda de pelo menos -20% em todas as Ceasas analisadas. O motivo da queda nos preços foi a entrada no mercado em maiores volumes de cebolas do sul do país, principalmente de Santa Catarina. Em janeiro, os embarques daquele estado para as Ceasas aumentaram cerca de 25%.

    O tomate também seguiu a tendência de queda em janeiro. Após um período de altas, os preços voltaram a cair em média, -6,26% em relação a dezembro de 2022. Porém, diferentemente da cebola, o movimento não foi unânime, sendo mais expressivo no mercado atacadista da Ceagesp/SP. Um fator relevante foi a maior oferta do tomate paulista, chegando a um aumento de quase 40% em relação a dezembro de 2022. Isso explica a queda acentuada dos preços, tanto no mercado de capitais quanto em Campinas/SP. A safra de verão se intensificou com a perspectiva de manter seus volumes nos mercados em fevereiro.

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    Outras hortaliças, como batata e cenoura, subiram de preço. No caso da batata, esse movimento vem ocorrendo desde setembro/22, sendo que em janeiro deste ano os preços subiram 2,29% em média ponderada, em relação ao mês anterior. No entanto, o movimento não foi uniforme entre os mercados atacadistas. O Boletim do Prohort destaca que, neste caso, o abastecimento atualmente é feito pelo produto proveniente da captação de água, e o excesso de chuvas, em janeiro, influenciou na redução da oferta do produto, pressionando os preços. Por outro lado, a cenoura, que passou por um período de preços altos, seguido de queda abrupta e depois estabilidade em patamares baixos ao longo de 2022, em janeiro os preços voltaram a subir. A média ponderada do mês aumentou 41,52% em relação à média de dezembro. Em todas as Ceasas analisadas pela Conab, a movimentação total de cenoura caiu quase 10%, com queda nos embarques de Minas Gerais e São Paulo, principais estados fornecedores.

    Frutas – Em janeiro, entre as frutas analisadas, a banana foi a que apresentou maior queda, considerando a média ponderada dos preços. A queda foi maior na Ceasa de Curitiba/PR e Rio Branco/AC, com quedas de -20,19% e -14,52%, e preços de R$ 2,40 e R$ 1,99 o quilo, respectivamente. No entanto, o Boletim do Prohort aponta que a queda se deveu à variedade de bananas anãs, com boa oferta e produtos de qualidade, já que a banana prata teve oscilações de preços e na quantidade ofertada.

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    Outras frutas como laranja, maçã, mamão e melancia apresentaram alta de preços em quase todas as Ceasas do país. Em termos percentuais, o aumento foi mais expressivo para a melancia, com preços altos e queda na oferta. O Rio Grande do Sul foi o principal estado produtor dessa cultura no período considerado, mesmo com a estiagem que comprometeu parte da produção. Na Bahia, a segunda safra foi atrasada por causa das chuvas, e o plantio da segunda safra em São Paulo também não começou, o que contribuiu para a alta dos preços no último mês.

    A laranja teve pequenas e moderadas variações de preços, oferta controlada devido à demanda industrial, além de aumento da demanda no varejo e queda da oferta na segunda quinzena do mês. As maçãs continuam com preços altos e as vendas caíram devido à conclusão dos estoques de gala e fuji. Para o mamão, a média ponderada subiu 9,64%, pois embora a oferta da variedade Formosa tenha aumentado, a colheita do mamão foi menor devido às chuvas.

    Opções mais baratas – Para quem procura alternativas mais acessíveis, o Boletim Prohort também aponta alguns produtos que tiveram queda de preços em janeiro. Entre as hortaliças vendidas no Ceagesp/SP, por exemplo, os destaques na redução do preço médio foram pimentão (-35%), vagem (-24%), gengibre (-15%) e abóbora (-12%). Em relação às frutas comercializadas neste entreposto, comparando os mesmos períodos, houve redução nas cotações de lichia (-51%), abacate (-46%), caqui (-41%), jabuticaba (-41%), limão (-38%) e mangostão (-34%).

    Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são coletados em doze Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Campinas/SP, Curitiba/PR, São José/SC, Goiânia/GO , Recife/PE, Fortaleza/CE, Rio Branco/AC e Brasília/DF. As análises completas podem ser acessadas no 2º Boletim Hortigranjeiro de fevereiro de 2023, com detalhes sobre a comercialização de hortifrutis e também informações sobre exportação de frutas brasileiras.



    Fonte: Agro