SÃO PAULO (Reuters) – A safra brasileira de milho segunda safra na temporada 2022/23 atingiu 28,3% do totalidade, impulsionada pelas obras no Mato Grosso, estimou nesta sexta-feira a consultoria Pátria AgroNegócios.
Os postos de trabalho ainda estão atrasados em relação ao mesmo período do ano pretérito, quando somaram 44,6%, e também estão mais lentos em relação à média de cinco anos do período (35,9%).
Os grandes volumes projetados em uma safra recorde no Brasil, porém, pressionam os preços, assim uma vez que a retração de segmento dos consumidores do mercado brasílio, observou estudo do Meio de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta sexta-feira.
Segundo consultores privados, o Brasil deve produzir mais de 100 milhões de toneladas na segunda safra de milho, tapume de metade no Mato Grosso.
“Mato Grosso lidera o progressão da safra, com metade da superfície de milho já finalizada. Outras áreas do Meio-Oeste devem apressar os trabalhos na próxima semana, enquanto maiores atrasos se concentram no Paraná”, afirmou o diretor do Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira, em nota.
A safra de milho no Mato Grosso atingiu 49,45% da superfície totalidade cultivada no estado até esta sexta-feira, um aumento semanal de 16,39 pontos percentuais, informou anteriormente o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea).
Isso indica a chegada de boa oferta ao mercado, apesar do demorado na safra deste ano, que derrubou ainda mais os preços.
Na média das regiões monitoradas pelo Cepea, de 29 de junho a 6 de julho, os preços do milho caíram 3,3% no mercado de balcão (ao produtor) e 2,2% no mercado de lotes (negociação entre empresas).
O ritmo da colheita do milho no Mato Grosso está aquém da média dos últimos cinco anos para o período, de 59,41%, segundo dados do Imea, instituto ligado aos produtores, posteriormente a colheita do ano pretérito ter sido uma das mais rápidas da história –com 74,41% da superfície colhida em 2022, nesta quadra.
O Imea informou ainda que a safra de algodão do Estado, também o maior produtor de algodão, aumentou para 3,2% da superfície, diante de 15,6% na mesma quadra do ano pretérito e 7% da média histórica.
(Reportagem de Roberto Samora)
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