Pular para o conteúdo

‘Boi bom, é o boi que dá margem’, diz analista escocês, sugerindo atenção aos pecuaristas • Portal DBO

    Boi bom e o boi que da margem diz analista

    A pressão baixista continua afetando o mercado físico de boi gordo, porém, nesta sexta-feira (5/5), a arroba ficou estável na maioria dos mercados brasileiros, segundo cálculo de consultorias que acompanham de perto o setor pecuário.

    “As ofertas de compra (de boi gordo) diminuíram devido aos volumes já comprados”informa Scot Consultoria.

    Patrocinadores

    Nas praças paulistas, os preços do animal terminado fecharam a semana estáveis. Para o boi gordo “comum” (voltado principalmente para o mercado interno) a referência é de R$ 262/@, enquanto as vacas e novilhas gordas são negociadas por R$ 240/@ e R$ 252/@ (preços brutos e futuros), segundo a Scot.

    Para o “boi-china” (abatido mais jovem, até 30 meses), o preço é R$ 270/@ em São Paulo, na hora, valor bruto.

    Patrocinadores

    “Em 30 dias, com exceção do Acre e do Rio Grande do Sul, com problemas que vão além da questão mercadológica, todas as praças monitoradas pela Scot Consultoria registraram queda nos preços do boi gordo”informa o zootecnista Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria.

    Segundo ele, o avanço da estiagem sobre as regiões de pastagens do Brasil Central deve pressionar a entrega de gado nos próximos dias, mantendo o viés de baixa da arroba.

    Soma-se a esse quadro, diz Fabbri, a relutância em entregar gado a pasto durante o período do embargo chinês à exportação de carne bovina brasileira (que termina em 23 de março, com duração de um mês), causado pelo registro de um caso atípico de “vaca louca” no Pará.

    “Este fato levou a um represamento momentâneo dos animais terminados, o que atualmente resultou na entrega concomitante do gado”observa Fabbri.

    A queda nos preços da matéria-prima (boi gordo) se refletiu no atacado de carnes (com e sem osso) e no varejo.

    No entanto, relata o Agrifatto, atacadista de São Paulo, a chegada da primeira quinzena de maio, com o pagamento dos salários e a proximidade das comemorações do Dia das Mães, trouxe expectativas positivas para as vendas de cortes bovinos nos próximos dias.

    A Scot Consultoria também acredita em um movimento maior na demanda interna por proteína bovina.

    VEJA TAMBÉM | Mercado Pecuário | Projeções positivas para o consumo de carne bovina podem conter a queda da arroba?

    “Indústrias apostam em melhorar o escoamento de carnes no mercado interno, principalmente cortes para churrasco, por conta da comemoração do Dia das Mães”afirma a analista Marina Mioto, da Scot Consultoria, que acrescenta: “No curto prazo, ajustes positivos (nos preços dos cortes bovinos) não estão descartados”.

    Segundo Agrifatto, alguns produtos com ossos já passaram por valorização nos últimos dias, como a carcaça bovina inteira, que foi negociada, em média, por R$ 16/kg, alta de R$ 1/kg na comparação semanal.

    Na opinião do escocês Felipe Fabbri, não estão descartadas altas de boi gordo para o segundo semestre de 2023, “mas, em ano de avanço no abate de fêmeas e maior oferta de gado para reposição, movimentos expressivos de alta na arroba não devem ocorrer”.

    “Aproveitar os momentos em que a venda (dos animais terminados) permite que o resultado da operação seja fundamental”diz Fabbri, que acrescenta: “Boi bom, é o boi que dá lugar a ele”.

    De acordo com dados levantados pelo S&P Global Commodity Insights, nas indústrias frigoríficas, observa-se que as operações de abate seguem um ritmo.

    “A palavra do momento entre os compradores é cautela”analistas de relatório em S&P Global.

    Atualmente, continua a consultoria, os frigoríficos estão diluindo suas atividades diárias, praticamente ampliando suas escalas e, com isso, reduzindo a necessidade de comprar gado no mercado físico.

    “Existem indústrias que operam com escalas entre quatro e sete dias, operando apenas com volumes de produção com vendas já contratadas, evitando acúmulos em seus estoques”informar o S&P Global.

    Dentro das comportas, muitos pecuaristas, por sua vez, continuam sofrendo com a oferta de boi gordo acima da demanda atual.

    “Com o avanço do pico da safra do boi, forte especulação pessimista pressiona vendas de lotes em andares inferiores”enfatizam os analistas.

    Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 5/5
    (Fonte: S&P Global)

    SP-Noroeste:

    carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
    vaca a R$ 238/@ (prazo)

    MS-Gold:

    carne bovina a R$ 249/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 224/@ (dinheiro)

    MS-C.Grande:

    carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
    vaca a R$ 226/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
    vaca a R$ 217/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
    vaca a R$ 222/@ (dinheiro)

    MT-Collider:

    carne bovina a R$ 234/@ (à vista)
    vaca a R$ 215/@ (dinheiro)

    GO-Goiânia:

    carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
    vaca R$ 217/@ (prazo)

    Vá para o sul:

    carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
    vaca a R$ 217/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    carne bovina a R$ 256/@ (à vista)
    vaca a R$ 231/@ (dinheiro)

    MG-Triângulo:

    carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
    vaca a R$ 222/@ (prazo)

    MG-BH:

    carne bovina a R$ 222/@ (prazo)
    vaca a R$ 211/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    carne bovina a R$ 231/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 220/@ (dinheiro)

    RS-Fronteira:

    carne bovina a R$ 285/@ (à vista)
    vaca a R$ 255/@ (dinheiro)

    PA-Marabá:

    carne bovina a R$ 224/@ (prazo)
    vaca a R$ 209/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    carne bovina a R$ 219/@ (prazo)
    vaca a R$ 214/@ (prazo)

    PA-Paragominas:

    carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
    vaca a R$ 233/@ (prazo)

    TO-Araguaína:

    carne bovina a R$ 220/@ (prazo)
    vaca a R$ 197/@ (prazo)

    RO-Cacoal:

    carne bovina a R$ 217/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 197/@ (dinheiro)

    MA-Açailândia:

    carne bovina a R$ 217/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 202/@ (dinheiro)

    A cópia completa do conteúdo acima não é permitida. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e link para o conteúdo completo. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.
    DBO, há mais de 40 anos acompanhando e contribuindo para uma pecuária cada vez mais moderna e eficiente.

    Fonte: Portal DBO