Com as escalas de abate praticamente finalizadas em maio, os frigoríficos brasileiros frearam as compras de boi gordo nesta sexta-feira (19/5), resultando em estabilidade nos preços da arroba na maioria dos mercados do país, segundo consultores que acompanham diariamente . o setor pecuário.
“Sexta sem grandes novidades no mercado físico na arroba do gordo”, diz o S&P Global Commodity Insightsque acrescenta: “Muitos frigoríficos registram operações programadas até o final do mês, ficando sem compras e sem referenciar preços”.
Segundo a consultoria, as escalas de abate para junho ainda seguem estabilizadas, não estendendo os horários para além da primeira semana.
“Tal condição reflete o grande cuidado na compra de animais terminados, principalmente entre as indústrias que operam majoritariamente para atender o mercado interno”observa S&P Global.
Isso porque o consumo interno de carne bovina continua em queda, e tende a piorar no final de maio, quando o poder de compra dos brasileiros fica mais fragilizado devido à maior distância do pagamento dos salários, no início de cada mês.
De acordo com a investigação de S&P Global, na manhã desta sexta-feira, as indústrias que ainda atuavam no mercado conseguiram fazer negociações em patamares inferiores aos praticados até então, principalmente nos estados de Mato Grosso e Rondônia.
Nessas regiões, relata o S&P Globala estiagem e o clima seco prejudicam as pastagens e obrigam os pecuaristas a manterem-se ativos na venda de animais prontos para abate.
“Diante das perspectivas quanto à manutenção do baixo ambiente, muitos produtores liquidam suas ofertas, evitando perda de peso e desempenho animal”reforçar os analistas.
Além disso, continua a consultoria, o ritmo acelerado de queda no início da cadeia produtiva (no boi gordo) começa a se refletir nos preços da carne bovina no atacado, informa a S&P Global.
“Apesar da produção em ritmo cadenciado, os preços das proteínas registraram retrocessos na cadeia de distribuição”enfatiza a consultoria.
No entanto, a sazonalidade do período sugere redução do consumo ao longo deste mês, mas preços mais atrativos ao consumidor final podem estimular um aumento na demanda por carne bovina, apontam analistas.
Por outro lado, os preços das carnes concorrentes (frango e suíno) também fecharam a semana em queda, mantendo a competitividade no setor de proteína animal.
“De qualquer forma, as atenções já estão voltadas para como a dinâmica do mercado se comportará em junho”relatórios para S&P Globalque completa: “O período da metade do ano não deve trazer grandes mudanças na oferta e na demanda”.
Com isso, dizem analistas, o foco deve continuar voltado para a demanda externa, que tende a melhorar após o mau desempenho das exportações registrado em abril/23.
dados escoceses – Segundo a Scot Consultorias, as ofertas de compra de gado diminuíram devido à boa oferta de gado e ao volume já adquirido.
“A maioria dos frigoríficos está sem compras, com as balanças de abate lotadas”relata a consultoria.
No mercado paulista, as cotações do boi, vaca e novilha fecharam a semana estáveis, em R$ 260, R$ 240 e R$ 250, respectivamente (bruto e parcelado).
O “boi chinês” também ficou estável, a R$ 260/@ (preço bruto e a prazo) – ainda sem prêmio em relação ao animal “comum”, acrescenta Scot.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 19/05
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 241/@ (dinheiro)
vaca a R$ 221/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 223/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 209/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 231/@ (dinheiro)
vaca a R$ 207/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 229/@ (à vista)
vaca a R$ 210/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 227/@ (prazo)
vaca R$ 204/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 204/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 227/@ (dinheiro)
vaca a R$ 227/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 203/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 222/@ (dinheiro)
vaca a R$ 212/@ (dinheiro)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (dinheiro)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 214/@ (prazo)
vaca a R$ 199/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 199/@ (prazo)
vaca a R$ 189/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 192/@ (dinheiro)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (dinheiro)
