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Animais também pagam o preço da guerra

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Vítimas de tiroteios, bombardeios e fome: os animais no conflito Israel-Hamas

A importância de proteger e assistir os animais afetados pela guerra

Por Bruno Blecher

No atual conflito entre Israel e o Hamas, vítimas humanas são contabilizadas diariamente, mas pouco se fala sobre os animais que também sofrem as consequências devastadoras da guerra. Jumentos, cavalos, vacas, ovelhas, cabras, galinhas, cães, gatos e outros animais são mortos ou feridos, porém, raramente recebem a proteção e assistência necessárias.

O recente ataque terrorista do Hamas em Israel e os contínuos bombardeios resultaram em milhares de mortes e ferimentos em humanos, além de centenas de reféns. No entanto, não há dados oficiais sobre as vítimas animais durante o conflito.

Regiões como as fazendas comunitárias (kibbutz) no sul de Israel, conhecidas por sua pecuária leiteira de excelência, também foram atingidas brutalmente pelos terroristas. Vacas e animais domésticos foram abatidos, além de cinco fazendas terem sido incendiadas.

Nos primeiros dias após o ataque, a Associação dos Produtores de Leite tentou enviar voluntários para cuidar das vacas, mas o acesso à região foi negado pelo exército. As vacas foram alimentadas pelos soldados até que a área fosse liberada. Somente então, as vacas receberam ração e ajuda.

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Em Gaza, onde milhares de pessoas perderam a vida no conflito, a população de jegues é significativa e esses animais são amplamente utilizados como animais de carga e transporte. No entanto, durante os dias de bombardeios, muitos jegues, cães e gatos de rua foram mortos e feridos.

A única entidade protetora de animais na Faixa de Gaza é a Sociedade Sulala, que possui um abrigo para cães, gatos e até um burro. Suas instalações abrigam cerca de 400 cães e 130 gatos, e foram transferidas para um local mais seguro após o alerta de invasão terrestre. A população de animais selvagens também é afetada por minas terrestres e destruição de habitat.

Os animais, tanto selvagens quanto domésticos, têm sido vítimas de conflitos armados ao longo da história. A falta de reconhecimento de suas necessidades e direitos nos tratados internacionais destaca a importância de protegê-los e assistir a essas vítimas silenciosas nos tempos de guerra.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

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Sumário

1. Vítimas de tiroteios, bombardeios e fome no conflito Israel-Hamas

1.1 Animais mortos e feridos

1.2 A excelência da pecuária leiteira em Israel

1.3 Ataques a fazendas e animais domésticos

1.4 A dificuldade de acesso à região e a assistência às vacas

1.5 A população de jegues em Gaza

2. Sulala Animal Rescue

2.1 A única entidade protetora de animais em Gaza

2.2 Situação do abrigo para cães e gatos

3. Danos aos animais em guerras

3.1 Exemplos históricos de animais afetados por conflitos armados

3.2 Tratados internacionais e os direitos dos animais em conflitos

Vítimas de tiroteios, bombardeios e fome, animais têm pouca assistência no conflito Israel-Hamas, escreve Bruno Blecher

Jumentos, cavalos, vacas, ovelhas, cabras, galinhas, cães, gatos, e outros animais, mortos ou feridos em Israel e na Faixa de Gaza nas últimas semanas, não fazem parte da contabilidade das vítimas, atualizada diariamente pelos porta-vozes dos 2 lados do conflito, e raramente recebem proteção e assistência.

O bárbaro ataque terrorista do Hamas em Israel, no dia 7 de outubro, e os bombardeios que se sucederam desde então, já deixaram ao menos 6.000 mortos nos kibbutz (fazendas comunitárias) e vilarejos próximos à Faixa de Gaza, no sul do país, além de milhares de feridos e cerca de 200 reféns. Muitas das vítimas eram crianças e idosos. Não há dados oficiais sobre os animais mortos e feridos em Israel durante o conflito.

De acordo com o site israelense Ynetnews, a região atacada pelos terroristas é conhecida pela excelência de sua pecuária leiteira. Há 16 fazendas na região, cada uma com 350 e 700 vacas, que produzem em média 12.500 litros por vaca ao ano, recorde mundial.

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Em muitos dos kibbutz da fronteira de Gaza, informa o site, os terroristas mataram não só os agricultores e os trabalhadores (na maioria tailandeses), como também abateram algumas vacas e animais domésticos. Cinco fazendas também foram incendiadas.

Nos dias seguintes ao ataque, a Associação dos Produtores de Leite tentou enviar voluntários para cuidar das vacas, mas o Exército não permitiu o acesso de civis à região. As vacas foram alimentadas pelos soldados. Depois de alguns dias, a área foi liberada e as vacas finalmente receberam ração e ajuda.

Em Gaza, onde já morreram 5.791 pessoas em razão do conflito, há uma grande população de jegues, a exemplo do que ocorre no Nordeste do Brasil.

Substituídos por motos pelas novas gerações, os jegues brasileiros estão hoje abandonados à própria sorte nas estradas. Os de Gaza são ainda muito utilizados como animais de carga e tração. Com a falta de combustível, viraram meio de transporte também. Muitos foram mortos e feridos nos 18 dias de bombardeios israelenses, assim como foram atingidos cães e gatos de rua.

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As ruas de Gaza ainda estão cheias de gatos que não têm abrigo contra as bombas e, por causa desta crise, têm mais dificuldades em encontrar comida”, alerta um post da Sulala Animal Rescue nas redes sociais feito em 11 de outubro de 2023.

A Sociedade Sulala é a única entidade protetora de animais que faz resgates na Faixa de Gaza. Conta com abrigo para cães e para gatos, além de um burro. Segundo o site Animals 24-7, a Sulala foi criada em 2006 por Saeed Al Err, 50 anos, e sua mulher Sally. A última notícia sobre o abrigo foi publicada em 17 de outubro:

Err e a família mudaram-se para um local relativamente seguro, com cerca de 400 cães e 130 gatos, pouco depois de os militares israelitas terem alertado os habitantes de Gaza para se deslocarem para o sul antes de uma invasão terrestre prevista.

Com a ordem israelense para a população se retirar do Norte rumo ao sul de Gaza, rebanhos de caprinos e ovinos acompanharam os refugiados palestinos pelas estradas de Gaza, que sofre restrições de água, comida e medicamentos.

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Guerra e meio ambiente

Lançada em 2018 com o objetivo principal de aumentar a consciência e a compreensão das consequências ambientais e humanitárias derivadas de conflitos e atividades militares, a organização Conflict and Environment Observatory (Observatório de Conflitos e Meio Ambiente, em tradução livre) relata danos aos animais nas guerras.

No artigo “Como os animais são prejudicados por conflitos armados e atividades militares”, Janice Cox e Jackson Zee trazem informações importantes sobre os principais conflitos da história.

Janice Cox milita há 30 anos em movimentos internacionais de bem-estar animal. Ela hoje é conselheira política da Federação Mundial para os Animais e está mora na África do Sul. Jackson Zee tem mais de 25 anos de experiência em gestão de emergências e assuntos humanitários. Atualmente é diretor de ajuda em desastres da Four Paws Internacional e mora na Áustria.

  • 1ª Guerra Mundial (1914-1918) – mais de 16 milhões de animais foram obrigados a servir por todos os lados, com 9 milhões mortos (incluindo 8 milhões de cavalos, mulas e burros).
  • 2ª Guerra Mundial (1939-1945) – mais de 750 mil animais domésticos foram mortos na Grã-Bretanha numa semana, na sequência de uma campanha de informação pública do governo sobre segurança e a escassez de alimentos. O Exército alemão na frente oriental perdeu 179 mil cavalos em 2 meses.
  • Vietnã (1955-1975) – o uso do Agente Laranja para eliminar a cobertura florestal destruiu os habitats de tigres, elefantes, leopardos e outras espécies na Guerra do Vietnã, e ao menos 40.000 animais foram mortos por minas terrestres não detonadas nos 20 anos que se seguiram à guerra.
  • Irã-Iraque (1980-1988) – populações de cabras selvagens, lobos, lontras, pelicanos, hienas listradas, golfinhos de rio e outros animais selvagens foram exterminadas ou chegaram ao ponto de extinção.
  • Sudão (1983-2005) – a população de elefantes do Sudão foi reduzida de 100 mil para 5.000.
  • Afeganistão (1990-1999) – cerca de 75.000 animais foram perdidos devido às minas, mais da metade da população pecuária total.
  • Guerra do Golfo (1990-1991) – mais de 80% do gado no Kuwait morreu, incluindo 790 mil de ovelhas, 12.500 vacas e 2.500 cavalos. Cerca de 85% dos animais do Zoológico Internacional do Kuwait morreram. Um vazamento deliberado de petróleo no golfo Pérsico pelas tropas iraquianas causou a morte de até 230 mil animais aquáticos e pássaros.

Ao longo da história, os animais selvagens e domésticos são alvo de abusos, ferimentos ou morte em conflitos armados. Os tratados internacionais, todos antropocêntricos, não reconhecem as necessidades e os direitos dos animais durante as guerras.

Vítimas de tiroteios, bombardeios e fome, animais têm pouca assistência no conflito Israel-Hamas

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O cenário precário dos animais no conflito Israel-Hamas

No atual conflito entre Israel e o Hamas, centenas de animais, incluindo jumentos, cavalos, vacas, ovelhas, cabras, galinhas, cães e gatos, estão sendo vítimas de tiroteios, bombardeios e fome. No entanto, ao contrário dos seres humanos, esses animais não fazem parte das estatísticas atualizadas diariamente pelos porta-vozes dos dois lados do conflito e têm pouca proteção e assistência.

A realidade dos animais em Israel durante o conflito

O ataque terrorista do Hamas em Israel no dia 7 de outubro desencadeou uma série de bombardeios que resultaram na morte de pelo menos 6.000 animais em kibbutz e vilarejos próximos à Faixa de Gaza, além de deixar milhares de feridos e cerca de 200 reféns. Embora haja dados oficiais sobre as vítimas humanas, não há informações sobre os animais mortos e feridos durante o conflito.

A região atacada pelos terroristas é conhecida pela sua excelente produção pecuária, especialmente a pecuária leiteira. Com 16 fazendas que abrigam, em média, entre 350 e 700 vacas, a região é responsável por recordes mundiais de produção de leite, com uma média de 12.500 litros por vaca ao ano, de acordo com o site israelense Ynetnews.

Nos kibbutz da fronteira com Gaza, além dos agricultores e trabalhadores, os terroristas também mataram algumas vacas e animais domésticos. Cinco fazendas foram inclusive incendiadas, gerando um grande prejuízo.

Após o ataque, a Associação dos Produtores de Leite tentou enviar voluntários para cuidar das vacas, porém o Exército israelense não permitiu o acesso de civis à região. Os soldados assumiram a tarefa de alimentar as vacas, mas foi somente depois de alguns dias que a área foi liberada e finalmente as vacas receberam ração e ajuda adequada.

O triste destino dos animais em Gaza

Em Gaza, onde já foram registradas 5.791 mortes devido ao conflito, há uma grande população de jegues, assim como ocorre no Nordeste do Brasil. Esses animais são utilizados como animais de carga e tração, além de serem uma forma de transporte muito comum na região.

Entretanto, com a escalada do conflito e a falta de combustível, houve uma grande quantidade de jegues, cães e gatos de rua mortos e feridos nos 18 dias de bombardeios israelenses em Gaza. Muitos animais estão abandonados e não têm abrigo nem comida adequada para enfrentar a situação.

A única entidade protetora de animais que realiza resgates na Faixa de Gaza é a Sociedade Sulala, que conta com abrigos para cães, gatos e até mesmo um burro. A Sulala Animal Rescue, braço de resgate da organização, tem atuado de forma incansável para ajudar os animais nesse período de conflito.

A população de gatos de rua em Gaza é um grande exemplo dessa situação precária. Devido à falta de abrigo contra as bombas e à escassez de comida, esses animais estão enfrentando grandes dificuldades para sobreviver durante o conflito.

O impacto dos conflitos armados no meio ambiente

Os animais também são vítimas nos conflitos armados ao redor do mundo. Ao longo da história, diversas guerras provocaram danos irreparáveis para a fauna e a flora, resultando em perdas de espécies e danos nos ecossistemas.

Um exemplo disso são as Guerras Mundiais, que causaram a morte de milhões de animais, principalmente cavalos utilizados nas batalhas. Na Guerra do Vietnã, o uso do Agente Laranja destruiu habitats e levou à morte de milhares de animais. Outros conflitos, como os ocorridos no Irã-Iraque e no Sudão, também resultaram na extinção de diversas espécies.

Infelizmente, os tratados internacionais que tratam dos conflitos armados não reconhecem as necessidades e os direitos dos animais durante as guerras. É necessário que sejam adotadas medidas para proteger os animais nesses períodos e garantir a sua sobrevivência e bem-estar.

Em meio à destruição e ao caos causados pelo conflito Israel-Hamas, é fundamental não esquecermos dos animais que também sofrem as consequências dessas situações. É preciso maior conscientização e ação para garantir a proteção e assistência adequada a esses seres vivos tão vulneráveis.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Importância de proteger os animais durante conflitos

Ao longo da história, os animais têm sido vítimas de abusos, ferimentos e morte durante os conflitos armados. No entanto, sua proteção é muitas vezes negligenciada e não recebe a devida atenção. É essencial reconhecer a importância de proteger e assistir aos animais durante os conflitos, a fim de evitar mais sofrimento e garantir sua sobrevivência.

A falta de proteção aos animais no conflito Israel-Hamas

No atual conflito entre Israel e Hamas, animais como jumentos, cavalos, vacas, ovelhas, cabras, galinhas, cães e gatos estão sofrendo as consequências, sendo mortos ou feridos sem receber a devida assistência. As vítimas animais não são contabilizadas diariamente como as vítimas humanas e raramente recebem proteção e cuidados adequados.

O impacto do conflito nos animais em Israel

Em Israel, muitos animais foram mortos nos ataques terroristas do Hamas, especialmente em fazendas e vilarejos próximos à Faixa de Gaza. As fazendas de pecuária leiteira, conhecidas por sua excelência na região, também foram alvo dos ataques. Além disso, várias fazendas foram incendiadas, causando ainda mais danos aos animais.

A situação dos animais em Gaza

Em Gaza, onde já ocorreram milhares de mortes humanas devido ao conflito, os animais também têm sofrido as consequências. A população de jegues é significativa na região e muitos deles têm sido mortos ou feridos nos bombardeios. Cães e gatos de rua também têm sido atingidos, enfrentando dificuldades para encontrar abrigo e alimentos.

Organizações que prestam assistência aos animais na região

Durante o conflito, a Sociedade Sulala tem sido a única entidade protetora de animais que realiza resgates na Faixa de Gaza. Eles contam com abrigo para cães, gatos e um burro, fornecendo cuidados essenciais aos animais afetados pelo conflito. No entanto, a falta de acesso à região e as restrições impostas pelo Exército dificultam o trabalho dessas organizações.

A necessidade de reconhecer os direitos dos animais durante os conflitos

Os tratados internacionais, por serem antropocêntricos em sua abordagem, não reconhecem as necessidades e os direitos dos animais durante os conflitos armados. É fundamental que sejam criadas medidas e políticas para proteger os animais em situações de guerra, garantindo que recebam a assistência necessária e sejam tratados com dignidade.

Perguntas e Respostas

1. Quais animais têm sido vítimas do conflito Israel-Hamas?

Jumentos, cavalos, vacas, ovelhas, cabras, galinhas, cães, gatos, entre outros animais, têm sido vítimas do conflito Israel-Hamas.

2. Qual é a situação dos animais em Gaza durante o conflito?

Os animais em Gaza têm enfrentado morte e ferimentos, especialmente os jegues, cães e gatos de rua.

3. Existe alguma organização que presta assistência aos animais afetados pelo conflito?

A Sociedade Sulala é a única entidade protetora de animais que realiza resgates na Faixa de Gaza durante o conflito.

4. Por que os animais não recebem a devida proteção durante os conflitos?

A proteção dos animais durante os conflitos é frequentemente negligenciada e não recebe a devida atenção devido à ênfase nos aspectos humanos dos conflitos armados.

5. Quais são os principais impactos dos conflitos armados nos animais ao longo da história?

A história mostra que os animais têm sido afetados por abusos, ferimentos ou morte durante os conflitos armados, resultando na diminuição de populações e até mesmo extinção de espécies.

Vítimas de tiroteios, bombardeios e fome, animais têm pouca assistência no conflito Israel-Hamas, escreve Bruno Blecher

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