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Agricultores Concluíram Obras em Aeroporto em 8 dias

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Agricultores Concluíram Obras em Aeroporto em 8 dias
Agricultores Concluíram Obras em Aeroporto em 8 dias

 

Poderia uma obra que se arrastava por anos ser concluída em apenas oito dias? Pois é, os agricultores da região de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, comprovaram que sim. Foi uma verdadeira força-tarefa para entregar o chefe do Aeroporto Regional de Santo Ângelo, Sepé Tiaraju.

Fomos saber como tudo começou e foi assim que chegamos ao Mauro Tschiedel que é Presidente da ACISA (Associação Comercial, Cultural, Industrial, de Serviços e Agrícola de Santo Ângelo). Em uma conversa inspiradora, Mauro contou um pouco sobre a novela do fim da obra e a decisão de unir agricultores e comunidade para fazer a construção sair do papel.

 

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“Não havia estrutura em uma das extremidades da cabeceira do aeroporto para que quando o vento não estivesse favorável, o avião pudesse descer por aquele lado. Assim, hoje o aeroporto de Santo Ângelo está homologado para descer um 737, mas apenas numa ponta.

Então pode ter dias que ele vai cair, ele vai tentar descer e não pode porque falta aquela estrutura e mais uma iluminação. Então a gente tentou ver via governo do estado fazer esse processo de construção, a licitação e se a gente falasse em quatro, seis meses, depende da empresa. começamos a conversar com o sindicato rural como poderíamos fazer isso.

O governo municipal tinha convênio com o estado permitindo obras civis no interior do aeroporto. Então, o que nós fizemos?

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Os agricultores querem instalar as máquinas, eles têm disponibilidade para processar as máquinas. Precisávamos do combustível e a prefeitura estava disposta. Assim, os dois primeiros pilares foram construídos ali.

Aí a Universidade Regional Integrada com o curso de engenharia falou: não, a gente faz a parte técnica, a gente acompanha esse processo. Então juntamos três ou quatro setores para que isso acontecesse”, detalhou Mauro.

A LONGA ESPERA

Quando falamos em longa espera, é porque a novela é muito antiga, se arrastando por mais de uma década. Portanto, ter terminado a obra tão rapidamente é uma vitória, afinal, a cidade corria até o risco de perder o aeroporto: “Esta obra, se bem me lembro, deveria ter sido feita em 2009, quando o processo começou. Mas vamos lá, que era 2015 já é uma pena, tínhamos o risco de que se isso não fosse feito, todo o aeroporto provavelmente seria fechado em 2023, quando o prazo que a ANAC havia dado para que essa estrutura tivesse que ficar pronta expirou. Então temos uma vitória”, explica Mauro.

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DESPESAS DE TRABALHO

Eram centenas de pessoas e dezenas de máquinas trabalhando para finalizar um trabalho tão esperado, mas além disso, a economia para entregar a nova cabeceira também foi muito grande:

“Acredito que 150, 170 pessoas eu não parei para contar, mas é algo ótimo. Muitas máquinas funcionando, estima-se que 100 máquinas foram doadas pela comunidade.

E a estimativa para este trabalho era de orçamentos entre antes da ascensão do diesel, entre R$ 800 mil a R$ 1,2 milhão. No início, foram gastos R$ 200 mil com combustível. Mas mesmo que eu tivesse gasto R$ 1 milhão e feito em oito dias, dez dias. Isso mostra que você consegue”, diz Mauro.

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PRÓXIMOS PASSOS

A cabeceira está pronta, mas agora precisa de mais uma etapa burocrática, para que esteja pronta para receber os voos: “Agora está finalizado, e qual a próxima fase?

Temos que aprovar e aí entra na fase de papel. Que você tem que dizer quanto tem, o tamanho, inclinação e enviar as provas para a ANAC. Depois vai para a ANAC e a ANAC vai autorizar”, disse Mauro.

ORGULHO DO TRABALHO

O trabalho da cabeceira é sinônimo de orgulho para todos os envolvidos, que provaram que quando se quer algo, se consegue: “Tínhamos 39 tratores trabalhando lá dentro.

Isso foi uma dança, nós brincamos que era uma dança. E aí a gente tinha uma comunidade que começou a ajudar, as esposas dos produtores rurais almoçavam à tarde.

As empresas doavam carne e arroz para o almoço, havia outras que faziam o almoço. Então foi realmente um esforço conjunto, algo que nos deixa orgulhosos. Para ver o que aconteceu porque as pessoas acreditam. Então a gente chama de cooperativismo, associativismo, união de pessoas, ainda existe. Ela é muito, muito forte”, explicou o presidente.

“Trabalhamos quinze dias com intervalo para chuva. Então, acho que ele trabalhou sete, oito dias no total”, acrescentou Mauro.

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AGRADECIMENTOS AOS AGRICULTORES

Por fim, o presidente da ACISA, Mauro Tschiedel, deixa um recado muito especial para quem participou dessa verdadeira força-tarefa que tirou um trabalho do papel:

“Temos muito a agradecer aos produtores, ao Sindicato Rural, é um orgulho para a região e que o Brasil pode copiar. Acho que temos que usar esse exemplo para outros lugares.

O que você pode fazer. Funciona? Ah, dá trabalho. Você tem que lidar com a burocracia? Sim, você tem que lidar com a burocracia. Você tem que entender como funciona?

Sim, você tem que entender. Mas se as pessoas quiserem, se o próprio ente público quiser ajudar nesse processo, também é importante. Então essa mensagem eu queria dizer, obrigado a todos, parabéns a todos, pois acho que fizemos algo que ninguém esperava em muito pouco tempo, não no trabalho, no trabalho sim, mas no legado que ele vai deixar. É inacreditável”, conclui Mauro

(Fotos e imagens: Acisa)

 



Fonte: Noticias Agricolas

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