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30 anos de sucesso na pecuária brasileira – CEPEA/B3

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Indicador do Boi: Uma História de 30 Anos de Sucesso

Este artigo irá explorar a trajetória do Indicador do Boi, criado há 30 anos pelo Cepea em parceria com a BM&F. A necessidade de substituir a entrega física dos contratos futuros de boi gordo levou à criação deste indicador, que se tornou referência no mercado brasileiro. Veremos como a imparcialidade, transparência e eficiência do Cepea foram fundamentais para o sucesso do Indicador ao longo dos anos.

Desafios da Entrega Física e a Busca por uma Solução

O artigo abordará os problemas enfrentados pela entrega física de animais nos contratos futuros de boi gordo, levando à necessidade de uma solução que garantisse transparência e eficiência nas transações. Exploraremos como o Cepea se destacou como a instituição ideal para desenvolver um indicador de preços que revolucionou o mercado.

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A Evolução do Mercado Futuro de Boi Gordo

Além disso, analisaremos a evolução do mercado futuro de boi gordo a partir da introdução do Indicador do Boi, destacando os marcos importantes e os impactos das mudanças nas operações. Veremos como o mercado se consolidou ao longo dos anos e as perspectivas para o futuro do setor.

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Desenvolvimento

Impulso certeiro ao mercado futuro do boi

Nos anos 1990, o Cepea foi fundamental para impulsionar o mercado futuro do boi gordo. A substituição da entrega física dos animais pela liquidação financeira trouxe inovação e qualidade para as negociações. Com a introdução do novo contrato, houve um aumento significativo no volume de negociações futuras na Bolsa, demonstrando a aceitação e confiança dos agentes no novo modelo. A estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real foi um fator-chave para o sucesso do mercado futuro, assim como a mudança da cotação do contrato para Reais, afastando os riscos cambiais e proporcionando mais transparência às operações.

Consolidação e Maturidade

Ao longo dos anos 2000, o mercado futuro de boi gordo apresentou um crescimento consistente e se consolidou como uma ferramenta dinâmica e eficaz para os agentes do setor pecuário. O número de contratos negociados cresceu significativamente, atingindo números recordes em termos de volume financeiro. A década de 2010 foi marcada por oscilações, mas o mercado futuro de boi gordo mostrou resiliência e se adaptou às mudanças, mantendo-se como uma opção viável para os investidores e participantes do mercado. Em 2021 e 2022, o mercado atingiu números impressionantes em termos de movimentação financeira, consolidando-se como uma importante ferramenta de negociação no segmento.

Novidades e Perspectivas Futuras

Com mais de três décadas de atuação, o Indicador do Boi do Cepea continua evoluindo e se adaptando às demandas do mercado. O recebimento do selo da Iosco em 2021 atesta a qualidade e governança do indicador, reforçando a confiança dos agentes no seu uso. O crescimento constante do mercado futuro de boi gordo indica uma tendência positiva para os próximos anos, com novas tecnologias e ferramentas sendo desenvolvidas para melhorar a eficiência e transparência das negociações. O Cepea mantém-se como uma fonte confiável e imparcial, comprometida em servir a sociedade e atender às necessidades do mercado.

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Consolidação e Maturidade

Após mais de 30 anos de atuação, o Indicador do Boi do Cepea se consolidou como uma referência essencial no mercado futuro brasileiro, proporcionando transparência, confiabilidade e estabilidade para os agentes envolvidos. Ao longo dos anos, o Cepea e a B3 têm aprimorado seus processos para garantir a qualidade e a governança do Indicador, recebendo reconhecimento internacional e adesão aos princípios da Iosco.

Com um crescimento contínuo no volume de contratos futuros de boi gordo negociados, o mercado alcançou patamares recordes de movimentação financeira, evidenciando a importância e a relevância dessa ferramenta para o setor pecuário brasileiro. O constante aprimoramento do Indicador e a adaptação às demandas do mercado demonstram o compromisso do Cepea em fornecer informações precisas e atualizadas para seus usuários.

O Futuro do Indicador do Boi:

Ao completar três décadas de história, o Indicador do Boi do Cepea está se preparando para novas evoluções, que incluem uma atualização na metodologia de cálculo e o lançamento de um novo aplicativo para informar sobre as negociações. Com parcerias estratégicas e um compromisso contínuo com a transparência e a imparcialidade, o Cepea continua a ser uma fonte confiável de dados para o mercado, mantendo sua tradição e relevância ao longo dos anos.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo




Análise do Indicador do Boi do Cepea

Análise do Indicador do Boi do Cepea

O que é o Indicador do Boi do Cepea?

O Indicador do Boi do Cepea é o valor oficial do boi no mercado futuro brasileiro e o referencial escolhido por inúmeros agentes. Ele foi criado para substituir a entrega física usada para a liquidação de contratos futuros de boi gordo.

Qual a importância do Indicador do Boi do Cepea?

O Indicador do Boi do Cepea cumpre o papel de reduzir incertezas e oportunismos no setor da pecuária. Ele fornece um parâmetro confiável de preço para a negociação de contratos particulares, garantindo imparcialidade e rigor na aplicação da metodologia.

Como o Indicador do Boi do Cepea impacta o mercado futuro do boi?

O Indicador do Boi do Cepea impulsionou os negócios futuros de boi gordo na Bolsa, permitindo a liquidação financeira dos contratos e eliminando a entrega física dos animais. Isso aumentou significativamente o volume de contratos negociados e trouxe mais estabilidade ao mercado.

Qual a evolução do Indicador do Boi do Cepea ao longo dos anos?

O Indicador do Boi do Cepea passou por diversas mudanças desde a sua criação, como a alteração para liquidação financeira, a mudança na moeda de cotação e a adesão aos princípios da Iosco. Atualmente, ele é uma ferramenta essencial no mercado futuro de boi gordo, movimentando bilhões de reais.

O que esperar do Indicador do Boi do Cepea para o futuro?

O Indicador do Boi do Cepea continua evoluindo e se modernizando. Em breve, haverá uma alteração na forma de cálculo do Indicador e a disponibilização de um novo aplicativo para informe de negociações. Com a parceria certa, o Cepea se mantém como uma fonte confiável e imparcial para o mercado.


Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Verifique a Fonte Aqui

Há 30 anos, o grupo de pesquisadores que formavam o Cepea já se destacava e foi o escolhido pela então BM&F para o desafio de criar um indicador de preços que substituísse a entrega física usada para a liquidação de contratos futuros de boi gordo.

 

Era preciso contar com uma instituição que fosse idônea, imparcial no trato das operações de compra e venda, que tivesse conhecimento científico para definir uma metodologia com reconhecimento internacional, familiaridade não só com a pecuária, mas com todo o setor em que este mercado se desenvolve, e ainda agilidade para a entrega diária de um indicador, garantindo sigilo de informação.

 

O Cepea atende desde então todos esses requisitos. Por 30 anos, independentemente de ocorrências como greve de trabalhadores da USP que impedisse acesso ao campus de Piracicaba, quedas de energia ou da rede telefônica, problemas de saúde dos membros da equipe ou incidentes de qualquer natureza, aconteça o que quer que seja, o Indicador do Boi do Cepea foi e continua sendo elaborado diariamente, com entrega rigorosa às 18h04 à Bolsa.  

 

O Indicador do Boi inicialmente chamado Esalq/BM&F, hoje o Cepea/B3, é o valor oficial do boi no mercado futuro brasileiro e o referencial escolhido por inúmeros agentes, não só da pecuária, como parâmetro confiável de preço para a negociação de contratos particulares. Pela imparcialidade do Cepea e rigor na aplicação da metodologia conhecida pelo mercado, o Indicador do Boi Cepea cumpre o papel de reduzir incertezas e oportunismos no setor.

 

A liquidação de contratos, que nos anos 1980 e início dos anos 1990 era realizada unicamente por meio da entrega física de animais, estava suscetível a uma série de entraves.  Grande parte dos pecuaristas tinha dificuldades em formar lotes que atendessem a todos os padrões especificados e exigidos pelo contrato. Compradores, por sua vez, alegavam que muitas vezes os lotes não tinham a qualidade esperada.

 

Essa perda na qualidade constantemente era associada ao transporte do animal até uma das praças para entrega: Araçatuba, Barretos, Presidente Prudente e São Paulo. Determinadas fazendas ficavam bem distantes e os animais perdiam peso. Além disso, as despesas com o transporte dos lotes de boi gordo eram pauta de discussão entre o vendedor e o comprador.

 

A assimetria de informação entre vendedores e compradores era tamanha que, ocasionalmente, os agentes que negociavam os contratos futuros iam fisicamente às regiões de entrega dos animais – quando não possível, contratavam pessoas para fazer essa verificação –, no intuito de monitorar o processo de chegada e conferência dos lotes. O objetivo era evitar ações oportunistas.

 

É nesse contexto que, no começo de 1994, a Bolsa suspende momentaneamente as negociações dos contratos futuros do boi gordo e, em maio daquele ano, disponibiliza um novo formato contratual, no qual a entrega de animais deveria ser feita em um único local: Araçatuba. Alguns novos processos foram estabelecidos – como protocolos nas realizações de jejum e pesagem dos animais, entre outros – e árbitros chegaram a ser contratados pela Bolsa, no intuito de resolver as disputas de compradores e vendedores nos momentos de entrega dos lotes.

 

Já atenta aos custos e entraves vindos da liquidação física dos contratos de boi gordo, a Bolsa, ainda em 1993, faz uma experiência inédita para a época: busca uma terceira parte que forneça um indicador de preço do boi gordo do mercado físico do estado de São Paulo. O objetivo era utilizar tal valor como referência para uma iminente liquidação financeira dos contratos futuros do boi gordo negociados na Bolsa.

 

Feitas algumas apurações, fica estabelecido que o Centro de Pesquisas vinculado à Universidade de São Paulo, o Cepea, que, ressalta-se, já vinha monitorando o mercado pecuário desde 1987, seria o responsável por fornecer à Bolsa o desejado índice.

 

O compromisso assumido com a cadeia de bovinos de corte brasileira colocou o Cepea, a Esalq e a Universidade de São Paula na vanguarda das pesquisas e como referência de estudos para o setor.

 

 

Impulso certeiro ao mercado futuro do boi

 

De maio de 1994 até quase o encerramento daquele ano, os contratos negociados na Bolsa ainda eram liquidados de forma física, com entrega dos animais em curral único estabelecido em Araçatuba.

 

Foi em 30 de novembro de 1994, que a então BM&F lança a negociação de um novo contrato, tendo como norma sua liquidação financeira, ou seja, sem a entrega física dos animais. O contrato envolvia ainda 330 arrobas de carne e exigia animais de 450 a 550 quilos, em dólar. As posições em aberto seriam encerradas, então, pela média aritmética simples dos últimos cinco Indicadores do “Boi Gordo ESALQ/BM&F” do respectivo mês.

 

As primeiras negociações futuras com a nova alteração no contrato começaram a ser realizadas em 16 de dezembro de 1994, envolvendo o vencimento Agosto/95. Um total de 207 contratos foram liquidados financeiramente no encerramento de agosto de 1995, ao preço médio de US$ 23,64/arroba, referência oferecida pelo Indicador do Boi Gordo ESALQ/BM&F.

 

O novo modelo de contrato prevendo a liquidação financeira impulsionou os negócios futuros de boi gordo na Bolsa. Em 1994, haviam sido negociados pouco mais de 5,6 mil contratos de boi gordo na BM&F; no ano seguinte, foram quase 39 mil.

 

A partir de 1996, os contratos futuros passaram a ter vencimento em todos os meses do ano. A estabilização monetária nacional, obtida com o Plano Real, a abertura comercial e a redução da intervenção do governo na economia alavancaram as negociações de futuros de boi gordo. Assim, o número de contratos negociados já se situava acima de 100 mil em 1996, atingindo patamar superior a 150 mil contratos no ano 2000.

 

No dia 26 de setembro de 2000, a Bolsa realiza um novo – e muito importante – ajuste no contrato futuro de boi gordo: a cotação da arroba deixa de ser em dólar norte-americano e passa a ser em Reais por arroba. A estabilidade do Real foi o principal motivo para essa alteração.

 

A cotação do contrato futuro do boi gordo em dólar deixava os operadores do mercado futuro (pecuaristas, intermediários, frigoríficos e outros) suscetíveis à variação cambial. Além disso, a formação do preço do boi gordo tem como fundamentos fatores domésticos, sendo influenciada sobretudo pela oferta e pela demanda. Essa mudança, portanto, permitiu melhor visibilidade aos agentes ativos na Bolsa. O primeiro contrato a ser negociado em Reais foi o de vencimento em Março/2001.

 

 

Consolidação e Maturidade

 

O mercado futuro de boi gordo com liquidação financeira se mostrou muito dinâmico entre 2004 e 2014, período de expressivo crescimento no número de contratos. Pode-se dizer que o mercado futuro de boi gordo se consolida nesta década.

 

Em 2004, foram negociados 225,2 mil contratos futuros de boi gordo, subindo para a casa dos 300 mil nos anos seguintes. Em 2007, já eram mais de 934 mil contratos, atingindo o recorde de 1,6 milhão em 2008.

 

Entre 2014 e 2018, observa-se certo declínio e, posteriormente, retomada e estabilização no número de contratos em aberto de boi gordo, com alta no último período, devido ao crescimento do mercado pecuário brasileiro. Por outro lado, em termos financeiros, houve expressiva evolução.

 

Em 2021, os contratos futuros do boi gordo movimentaram mais de R$ 65,133 bilhões na Bolsa (com opções de compra e venda), sendo 57% acima do ano anterior e o maior da década. 

 

Importante destacar que, em outubro de 2021, o Indicador Cepea/B3 recebeu o relatório de asseguração de adesão aos princípios da Iosco (“International Organization of Securities Commissions”). O recebimento desse selo atesta que os mais elevados padrões de qualidade e critérios de governança sugeridos pela Organização Internacional são implementados e seguidos pelo Cepea e pela B3 na elaboração e no cálculo do Indicador do boi gordo. 

 

Em 2022, mais um crescimento, e o mercado futuro chegou a movimentar R$ 65,515 bilhões. Em 2023, atingiram 781.145 mil contratos, o maior volume desde 2014, mostrando novamente o aumento do uso da ferramenta. Em valor, 2023 atingiu R$ 69,727 bilhões.

 

Ao completar três décadas, o Indicador se apresenta com novidades. Em breve, será anunciada uma alteração na forma de cálculo do Indicador e disponibilizado um novo aplicativo para informe de negociações. Com os parceiros certos, o Cepea honra sua raiz Esalq/Universidade de São Paulo e se mantém ano após ano com fonte confiável e imparcial, a serviço da sociedade.   

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